O Laboratório de Pesquisa da USAF (AFRL) dos EUA Concedeu US$ 48 milhões à 'Varda Space' Para Testar Cargas Úteis em Cápsulas de Reentrada

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Crédito: Varda Space Industries/John Kraus
A Varda Space Industries completou sua primeira missão ao pousar sua cápsula em Utah no dia 21 de fevereiro, retornando produtos farmacêuticos produzidos em microgravidade.
 
Vocês lembram da Varda Space Industries já abordada aqui no BS algumas vezes? Pois então, no dia de ontem (02/11), o portal SpaceNews noticiou que a essa startup estadunidense garantiu um contrato de US$ 48 milhões do Laboratório de Pesquisa da Força Aérea dos EUA (AFRL) para testar cargas úteis militares nas cápsulas de reentrada da empresa.
 
Pois é entusiastas do espaço, notem o sucesso que essa startup estadunidense esta alcançando com uma ideia que saiu da cabeça do saudoso Paulo Morais Jr (a época servidor público junto ao atualmente sucateado Instituto de Aeronáutica e Espaço - IAE) lá no inicio da década de 90 do século passado, mas que a FAB e seus 'cabeças de ovo' fizeram de tudo para enterrar, infelizmente.
 
De acordo com a nota do portal, a Startup que é baseada na Califórnia e focada na manufatura no espaço, desenvolveu uma espaçonave de fábrica em órbita — um satélite compacto de 120 quilos projetado para produzir materiais de alto valor, como medicamentos, em condições de gravidade zero. Os materiais são retornados à Terra em uma cápsula construída com avançados materiais de proteção térmica desenvolvidos pela NASA para suportar a reentrada.
 
O contrato de quatro anos com o AFRL, anunciado em 26 de novembro, utiliza as cápsulas de reentrada da série W da Varda como plataformas para testar cargas úteis em velocidades hipersônicas. As espaçonaves são construídas sobre o ônibus de satélite Photon, da Rocket Lab.
 
Por meio de um acordo de parceria, o NASA Ames produziu o material de proteção térmica, chamado C-PICA (Ablator de Carbono Fenólico Imprenhado Conformado).
 
A primeira demonstração bem-sucedida da Varda foi concluída em fevereiro de 2024, quando sua espaçonave W-1 produziu um lote de ritonavir, um medicamento antirretroviral. A cápsula reentrou na atmosfera da Terra a 18.000 milhas por hora antes de pousar com precisão em um local específico.
 
Forças Militares Recorrem a Veículos Comerciais de Reentrada
 
O contrato com o AFRL reflete o crescente interesse militar por veículos de reentrada para aplicações como testes hipersônicos. Velocidades hipersônicas apresentam desafios significativos de engenharia, especialmente em proteção térmica, navegação e desempenho de sensores.
 
Cápsulas comerciais de reentrada dariam à Força Aérea um ambiente operacional para testar subsistemas de veículos em condições reais de voo. Essa abordagem é mais econômica do que voos tradicionais de teste hipersônico, que frequentemente dependem de aeronaves experimentais especializadas e caras.
 
O novo contrato baseia-se na colaboração anterior da Varda com a Força Aérea. Em 2023, a empresa obteve financiamento para adaptar suas cápsulas para testes hipersônicos.
 
A próxima missão da Varda, W-2, está programada para o início de 2025. Essa missão foi projetada para demonstrar o veículo Varda Hypersonic Testbed. A cápsula transportará uma carga útil espectrométrica desenvolvida pelo AFRL, chamada OSPREE (Sensing Óptico de Plasmas no Ambiente de Reentrada), para coletar dados críticos durante a descida atmosférica.
 
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