Universidade de Harvard Desenvolve 'Pinça Robótica' Que no Futuro Poderá Ajudar Humanos a Conquistar o Espaço.
Olá leitores e leitoras do BS!
Notícia veiculada ontem 03/02 no site
"Olhar Digital", destaca
que pinça robótica criada na Universidade de Harvard pode ajudar humanos
no futuro a Conquistar o Espaço. Na
verdade o projeto dessa universidade é ainda mais ambicioso, pois pretende
criar robôs que realizem tarefas de humanos no espaço e sejam multifuncionais. Entendam
melhor esta história lendo a matéria abaixo.
Brazilian Space
CIÊNCIA E
ESPAÇO
Esse Robô Pode Ajudar Humanos a Conquistar o Espaço
Desenvolvido em Harvard, projeto quer
criar robôs que realizem tarefas de humanos no espaço e sejam multifuncionais
Por Lucas Soares
03/02/2024 - 13h49
Via: Site Olha Digital - https://olhardigital.com.br
Crédito: Harvard SEAS
Os próximos anos serão decisivos para a
exploração espacial, com missões tripuladas à Lua, onde a NASA deseja estabelecer uma presença constante no espaço. Isso vai exigir o uso de
tecnologias que auxiliem a humanidade nesses lugares inóspitos e um robô que
está em desenvolvimento em Harvard pode ter um papel nisso.
Engenheiros da Escola de
Engenharia e Ciências Aplicadas (SEAS) de Harvard estão trabalhando em
tecnologias autônomas e resistentes para estarem ao lado dos humanos nos
habitats espaciais. Essas ferramentas podem ter necessidades que nem imaginamos
aqui na Terra.
“O que acontece se um meteorito violar o
habitat entre as missões e a tripulação não estiver lá para consertar?”,
questiona Justin Werfel, pesquisador sênior em robótica da SEAS. “Ou, se isso
acontecer durante um período com tripulação, os astronautas podem estar
ocupados com outras emergências. Da mesma forma, em situações mais rotineiras
há muitas tarefas de manutenção regulares que ocupam um tempo valioso dos
astronautas, desde a substituição de filtros até a limpeza de coisas. Eu
realmente gostaria que o habitat fosse capaz de lidar com o máximo possível
sozinho, o que significa que robôs fariam esse trabalho.”
Robôs Astronautas
Uma das principais dificuldades
enfrentadas pela equipe está em desenvolver máquinas multifuncionais, que podem
fazer funções de humanos. A maioria dos robôs industriais, como aqueles usados
para construir carros ou armazéns de estoque, são altamente especializados e
executam apenas algumas tarefas específicas. No espaço isso precisa ser
diferente.
“As mãos humanas podem se adaptar a
muitas funções, incluindo aquelas que necessitam de alta precisão, exigem
grandes forças ou aquelas que podem se beneficiar da conformidade”, disse Werfel.
“Este projeto tenta capturar um comportamento adaptável análogo para aumentar a
gama de tarefas possíveis com uma única garra.”
A equipe então desenvolveu o que chamam
de pinça com dedos feitos de elos, que podem ser reconfigurados para
alterar o número de articulações do dedo. O dispositivo possui três modos.
* No primeiro, os dedos são curtos e não
dobram, permitindo-lhes agarrar objetos com força e segurança;
* No segundo modo, os dedos ganham uma
articulação para permitir que a pinça realize a manipulação manual, permitindo
mover e girar objetos sem soltá-los;
* O último modo adiciona mais duas
articulações, permitindo que os dedos se adaptem passivamente ao formato de um
objeto e distribuam a pressão de contato, o que é útil para agarrar objetos
delicados ou de formato irregular.
De acordo com os pesquisadores, robôs
macios podem ser mais seguros para operar perto de humanos do que os rígidos
tradicionais, e podem deformar-se para se espremerem mais facilmente em espaços
apertados, mas a suavidade também significa que lhes falta a força necessária
para alguns dos trabalhos.
Por isso, o time trabalha em um braço
robótico que pode ser enrijecido quando necessário. Cada segmento consiste em
articulações moles, que individualmente possuem apenas uma pequena amplitude de
movimento, mas juntas podem dobrar o braço em 90 graus. Alguns atuadores
colocados ao longo da coluna e das articulações podem induzir endurecimento
localizado do corpo, o que permite ao braço pegar ou mover um objeto pesado
“Em vez de elevar o robô ao nível do humano,
pretendemos reduzir as tarefas ao nível do robô e construir algo que tanto os
robôs quanto os humanos possam operar facilmente”, disse Werfel.
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