Segundo o Site 'ExtremeTech', a Blue Origin Estaria Adquirindo o Controle Acionário da United Launch Alliance (ULA)
Olá leitores e leitoras do BS!
Pois então amigos, segue agora uma curiosa notícia divulgada
pelo site ExtremeTech e
postada ontem (15/12) no Brasil pelo site ‘Meio Bit’, destacando que a empresa Blue Origin estaria próxima de adquirir o controle da United Launch Alliance (ULA). Será
verdade? Entendam melhor essa história pela matéria abaixo.
Brazilian Space
Brazilian Space 15 anos
Espaço que inspira, informação que conecta!
MEIO BIT -
ENGENHARIA
Blue Origin Estaria Prestes a Concluir Compra da ULA
ULA seria
integrada à Blue Origin, permitindo companhia de Jeff Bezos concorrer com a
SpaceX... e ir de verdade para o espaço, finalmente
Por Ronaldo Gogoni
26/02/2024 às
8:10
Fonte: ExtremeTech
Via: Site Meio Bit - https://meiobit.com
A ULA (United Launch Alliance) pode ter encontrado
seu comprador: a Blue Origin, companhia aeroespacial de Jeff Bezos,
teria despontado como a única finalista das negociações, mas nenhuma das partes
envolvidas comenta absolutamente nada sobre a transação.
O interesse de Bezos na empresa do parceiro comercial
Tory Bruno é evidente: a Blue Origin está para trás na corrida espacial, e a
adição da ULA a permitirá concorrer, se não de igual para a igual, ao menos
mais de perto com a SpaceX de Elon Musk.
(Crédito: Divulgação/United Launch
Segundo o site Ars Technica, a venda não foi
propriamente concluída, o que aconteceu, na verdade, foi uma redução no número
de interessados: a Blue Origin agora é a única noi páreo, após a Cerberus, uma
companhia de capital privado, se retirar da disputa.
A ULA teria iniciado
a procura por um comprador em março de 2023, algo que só foi parcialmente
confirmado meses depois, quando seu CEO Tory Bruno disse que seu futuro dono
"colheria os frutos" das diversas transformações pelas quais a
empresa passou, desde sua fundação em 2006, por uma série de motivos.
Uma joint venture entre a Boeing e a Lockheed
Martin, a ULA nasceu direcionada à NASA e ao Departamento de Defesa dos Estados
Unidos, para suprir os meios necessários a missões científicas e de Segurança
Nacional, incluindo missões confidenciais. Ela também é parte, com Boeing (não
pergunte), Aerojet Rocketdyne e Northrop Grumman, da joint que
desenvolve o SLS,
enquanto responde de forma independente pelas plataformas Delta, Atlas (do Starliner)
e Vulcan Centaur.
O problema, a ULA teve problemas para crescer, com
Lockheed e Boeing, especialmente a segunda, puxando o pé uma da outra para
manter os gastos controlados, e a pressão da SpaceX e seus designs
reutilizáveis, bateu forte em seus foguetes originalmente descartáveis; o
Vulcan supostamente suporta uma conversão, mas isso vai levar tempo.
Melhor para Elon Musk.
Quando as conversas sobre a venda da ULA começaram a
circular, muitos apontaram para três principais candidatos a comprá-la, um
deles sendo a própria Lockheed, que poderia adquirir os 50% da Boeing e assumir
o controle sozinha, mas ao que parece, ela nunca fez parte do páreo; outra cotada
foi a Amazon, visto que ela já investe no Vulcan visando a expansão de sua rede
de satélites de internet Kuiper, para concorrer com a StarLink.
Porém, era sabido que a Blue Origin, hoje a empresa xodó
de Jeff Bezos, era a líder na disputa pela compra da ULA, principalmente porque
o careca reconhece que ela ficou para trás na corrida espacial, nunca mandou
nem um parafuso para o Espaço de verdade, e só tem ganhado
contratos por birra.
Agora, é hora de mostrar serviço.
(Crédito: Jeff Bezos/Instagram)
Dave Limp (esq.), CEO da Blue Origin, e Jeff Bezos observam o New Glenn devidamente montado na plataforma de lançamento no Cabo Canaveral, Flórida, em foto de 21/02/2024. |
O motor BE-4 da Blue Origin foi justificado com o
lançamento do primeiro Vulcan Centaur, em janeiro de 2024, ainda que o lander Peregrine
tenha dado chabu (zica Navajo pega,
afinal), a Blue Origin agora precisa de escala e pessoal qualificado, e a ULA
possui ambos.
Ao mesmo tempo, Bezos garantiria para si todos os
suculentos contratos militares confidenciais com agências como o NRO e a Força
Espacial, que recentemente dividiu
trabalhos entre a SpaceX e a empresa de Tory Bruno, que em outros tempos,
levaria tudo sozinha.
Ainda assim, a adição da ULA daria à Blue Origin maior
confiabilidade, principalmente para projetos mais sensíveis, de pesquisa e
defesa, especialmente o segundo caso, em que Elon Musk ainda não consegue
cravar os pés com firmeza, principalmente porque ninguém
no Congresso vai com a cara dele. Até porque, Bezos é mais dado ao bom e
velho lobby político, se isso lhe permitir conseguir o que quer, ao contrário
de Musk, completamente avesso à prática.
As evidências estão por todos os lados: primeiro, alguns
profissionais sêniores da ULA estão de saída, no que eles estão procurando
empregos em novas paragens; segundo, Bezos vendeu US$ 2,4 bilhões em ações da
Amazon, e anunciou a intenção de se desfazer de uma quantia entre US$ 8 bilhões
e US$ 9 bilhões adicionais, nos próximos meses. Especula-se que a companhia
aeroespacial seja vendida por um valor entre US$ 2 bilhões e US$ 3 bilhões, e a
grana extra seria dedicada a investimentos posteriores.
Claro, os envolvidos não soltaram um pio sobre. Blue
Origin, Boeing, Lockheed Martin, ninguém comenta absolutamente nada, mas fontes
próximas dizem que o negócio deve ser fechado, e oficialmente anunciado, entre
março e abril de 2024.
Em termos de sinergia, as plataformas Vulcan Centaur e
New Glenn, este reutilizável desde o início, poderão ser dedicados a projetos
distintos, enquanto a Blue Origin se beneficiará da adição de profissionais,
contratos, bases da Força Espacial na Flórida (Cabo Canaveral) e Califórnia
(Vanderberg), e tecnologias
que podem ser usadas em projetos futuros, como o lander lunar. E uma
Blue Origin/ULA mais preparada e com mais capital significa maior concorrência,
que pode beneficiar todo mundo.
Claro, Elon Musk não deve estar curtindo de qualquer
forma.
Comentários
Postar um comentário