Astrônomos Chineses Descobrem a Menor Estrela Já Observada
Olá leitores e leitoras do BS!
Ontem dia 20/02, foi publicado no site Inovação Tecnológica uma interessante notícia
destacando que Astrônomos Chineses
descobriram a menor estrela que se conhece. Entendam melhor essa
história pela matéria abaixo.
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Astrônomos Descobrem a Menor Estrela Já Observada
Redação do Site
Inovação Tecnológica
20/02/2024
Fonte: Site
Inovação Tecnológica - https://www.inovacaotecnologica.com.br
[Imagem: Jingchuan
Yu/Beijing Planetarium]
A estrela maior à esquerda representa a estrela subanã quente, e a menor à direita representa a estrela anã branca. |
Menor Estrela Conhecida
Astrônomos
chineses descobriram a menor estrela que se conhece.
Ela está em um
sistema binário muito compacto, catalogado como TMTS J0526, com um período
orbital ultracurto de apenas 20,5 minutos, localizado a cerca de 2.760 anos-luz
da Terra.
O binário é
formado por uma estrela anã branca de carbono-oxigênio, com uma massa de cerca
de 0,74 massa solar, associada a uma estrela ainda menor, com uma massa de
cerca de 0,33 massa solar - Jie Lin e seus colegas da Universidade Tsinghua a
descreveram como uma "subanã quente".
Esta subanã tem
um raio apenas sete vezes maior que o raio da Terra, representando a estrela
com o menor volume conhecido.
Com um período
orbital tão pequeno, este binário está prestes a se tornar uma fonte de ondas
gravitacionais, que deverão ser emitidas quando as duas estrelas finalmente se
fundirem. Essa é uma informação importante para os futuros observatórios
espaciais, como LISA, TianQin e Taiji, que poderão fazer observações sem
precedentes no campo da astronomia de ondas gravitacionais.
A descoberta
valida hipóteses teóricas sobre a possibilidade de formação de uma estrela
subanã quente muito pequena a partir da mesma fonte de material - os astrônomos
chamam essa fonte de "segundo canal de ejeção do envelope comum". As
teorias afirmam que esse segundo canal pode formar estrelas na faixa de 0,32 a
0,36 massa solar, o que torna esta subanã recém-descoberta, com 0,33 massa
solar, não apenas a menor já observada, como também uma das menores possíveis.
Fusão de Hélio
A distribuição de
massa dessas estrelas, que são formadas pela ignição de um núcleo de hélio não
degenerado, contrasta fortemente com as bem conhecidas estrelas subanãs quentes
(com cerca de 0,45 massa solar) que surgem da ignição de hélio em um núcleo
degenerado.
Quando o estoque
de hidrogênio de uma estrela não é mais suficiente para suportar a fusão
nuclear, a energia da estrela passa a vir da fusão de hélio, que forma
elementos mais pesados, como oxigênio e carbono. Estrelas maiores passam por
esse processo sem degenerar o núcleo. Já as menores, por volta de 0,5 massa
solar, não têm uma temperatura suficiente no núcleo para a ignição do hélio.
Mas pode ocorrer um processo chamado flash de hélio, como parece ter ocorrido
neste caso.
Os modelos
teóricos sugerem que tais sistemas (subanã quente + anã branca) podem evoluir
para binários extremamente compactos com períodos orbitais ultracurtos (tão
curtos quanto 20 minutos) devido à radiação das ondas gravitacionais. Antes
desta descoberta, não havia nenhuma evidência observacional de tais sistemas
binários separados com estas propriedades.
A estrela maior e
mais brilhante do binário (a estrela visível) sofre uma deformação devido às
forças gravitacionais das marés exercidas pela outra companheira mais compacta
e mais fraca (não visível).
Bibliografia:
Artigo: A
seven-Earth-radius helium-burning star inside a 20.5-min detached binary
Autores:
Jie Lin, Chengyuan Wu, Heran Xiong, Xiaofeng Wang, Péter Németh, Zhanwen Han,
Jiangdan Li, Nancy Elias-Rosa, Irene Salmaso, Alexei V. Filippenko, Thomas G.
Brink, Yi Yang, Xuefei Chen, Shengyu Yan, Jujia Zhang, Sufen Guo, Yongzhi Cai,
Jun Mo, Gaobo Xi, Jialian Liu, Jincheng Guo, Qiqi Xia, Danfeng Xiang, Gaici Li,
Zhenwei Li, WeiKang Zheng, Jicheng Zhang, Qichun Liu, Fangzhou Guo, Liyang
Chen, Wenxiong Li
Revista: Nature Astronomy
DOI: 10.1038/s41550-023-02188-2
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