Equipe de Astrônomos Descobrem Anã Branca Com 'Cicatriz de Metal' Que Se Comporta Como Uma Espécie de 'Zumbi Cósmico'
Olá leitores e leitoras do BS!
Uma notícia veiculada na ontem 27/02 no site
"Olhar Digital", destacou um
equipe de astrônomos usando o Very Large
Telescope(VLT) descobriu ume estrela ‘Anã
Branca’ com uma cicatriz de metal que se comporta como uma espécie de Zumbi Cósmico, consumindo planetas ao
seu redor. Entendam melhor esta
história lendo a matéria abaixo.
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CIÊNCIA E
ESPAÇO
Estrela Canibal Com Cicatriz de Metal é Descoberta Por Astrônomos
Astrônomos encontraram cicatriz
"impressa" em estrela anã branca; marca é resultado da ingestão de
outros planetas, revela pesquisa
Por Gabriel Sérvio
27/02/2024 - 11h24
Via: Site Olha Digital - https://olhardigital.com.br
Imagem:
Nazarii_Neshcherenskyi/Shutterstock
Uma estrela morta marcada por
detritos planetários foi descoberta por astrônomos. A cicatriz
de metal apareceu na superfície de uma anã branca que se
comporta como uma espécie de zumbi cósmico, consumindo planetas ao seu redor.
O que Foi Descoberto
* A cicatriz na superfície da
anã branca, apelidada de WD 0816-310, foi detectada por uma equipe de
astrônomos na região desértica do Atacama, norte do Chile.
* A equipe usou o VLT (Very
Large Telescope) para descobrir as origens da cicatriz de metal da estrela, que
tem aproximadamente o tamanho da Terra e uma massa próxima à do Sol.
* O VLT é uma instalação do
European Southern Observatory (ESO) equipada com o maior conjunto de
telescópios ópticos do mundo em uma única localização.
* A descoberta é a primeira de
um anã branca com cicatriz, originada pela “ingestão” de planetas e asteroides.
“É bem-sabido que algumas anãs brancas estão canibalizando
pedaços dos seus sistemas planetários. Agora descobrimos que o campo magnético
da estrela desempenha um papel fundamental neste processo, resultando numa
cicatriz na superfície”
De Onde Veio a Cicatriz de Metal?
Segundo Jay Farihi, membro da
equipe e Professor da University College London (UCL), a marca de metal se
originou de um fragmento planetário com cerca de 500 quilômetros de diâmetro,
tamanho que corresponde ao segundo maior asteroide já visto no nosso Sistema
Solar.
Como Nascem as Estrelas Anãs
Brancas?
* As anãs brancas nascem quando
esgotam o suprimento de combustível necessário para a fusão nuclear acontecer
nos núcleos.
* À medida que este processo
termina, o mesmo acontece com a energia que tem sustentado cada estrela contra
o impulso da sua própria gravidade durante milhões de anos.
* Isso resulta no colapso do
núcleo estelar. As camadas externas, onde a fusão nuclear ocorre, “incham”
dezenas ou centenas de vezes a largura original, iniciando a fase de gigante
vermelha da vida de uma estrela.
* A fase de gigante vermelha
tem vida curta, já que as camadas externas continuando a esfriar e se
dispersar.
* O processo deixa para trás
uma nebulosa de gás e poeira que cercava o núcleo, que agora se transformou em
uma anã branca.
Estas anãs brancas podem então
agregar mais corpos nos seus sistemas, como planetas e asteroides próximos não
destruídos na fase de gigante vermelha. Os astrônomos inclusive já observaram
anãs brancas poluídas por metais, algo que ocorre quando os corpos se aproximam
demais das estrelas mortas.
A nova observação, entretanto,
é diferente. O material agregado parece ter se concentrado em apenas uma
região, como se fosse uma cicatriz, em vez de aparecer disperso pela superfície
da estrela. Além disso, as alterações estão sincronizadas com o campo magnético
da estrela WD 0816-310, o que sugere que a sua cicatriz metálica fica em um dos
polos.
“Esta cicatriz é uma mancha concentrada de material
planetário mantida no lugar pelo mesmo campo magnético que guiou os fragmentos
em queda. Nada assim foi visto antes.”
John Landstreet, membro da
equipe e professor da Western University, em comunicado.
Para chegar a estas conclusões,
os astrônomos utilizaram um instrumento chamado Redutor Focal/Espectrógrafo de
Baixa Dispersão (ou FORS2, na sigla em inglês). Conhecido como “o canivete
suíço” da astronomia, ele permitiu não só observar a anã branca, mas também
medir o seu campo magnético. Foi isso que levou às pistas de que a estrela
tinha uma cicatriz.
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