Estudo Recente de 'Grupo Internacional de Pesquisadores' Aponta Que, o 'Oceano de Água Líquida Subterrâneo' Que se Acredita Exista da 'Lua Titã' do Planeta Saturno, é Inabitável
Olá leitores e leitoras do BS!
Uma notícia veiculada ontem 19/02 no site
"Olhar Digital", destaca que
um estudo recente de um grupo
internacional de pesquisadores, aponta que a maior lua do Planeta Saturno,
Titã, que abriga um oceano de água líquida subterrâneo, é
inabitável. Entendam melhor esta história lendo a matéria abaixo.
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CIÊNCIA E
ESPAÇO
Descoberta Sobre Maior Lua de Saturno Reduz Esperança de Encontrar
Vida no Sistema Solar
Uma pesquisa revelou que oceano de Titã,
a maior lua de Saturno, pode não ter as condições de habitabilidade que se
pensava
Por Mateus Dias
Editado por Bruno Capozzi
19/02/2024 - 11h58
Atualizada em 19/02/2024 - 20h48
Via: Site Olha Digital - https://olhardigital.com.br
Um grupo internacional de pesquisadores
pode ter acabado com a última esperança de encontrar vida extraterrestre no Sistema
Solar. Segundo eles, a maior lua de Saturno, Titã, que abriga um oceano de água líquida subterrâneo, é inabitável.
Para Quem Tem Pressa:
* Acredita-se que muitos dos satélite
dos gigantes gasosos possuem oceanos de água líquida abaixo da sua superfície;
* Dessa forma, eles acabam se tornando
alvo das buscas por vida fora do planeta Terra;
* Titã, a maior lua de Saturno,
provavelmente é uma das candidatas mais fortes, devido à sua superfície rica em
compostos orgânicos;
* No entanto, uma nova pesquisa revelou
que talvez ela não seja tão habitável assim.
Encontrar vida ou condições que a tornem
possível nas luas do Sistema Solar é uma área de interesse para muitos
cientistas e agências espaciais governamentais, como a NASA.
Isso porque se acredita que muitos desses mundos abriguem oceanos de água
líquida abaixo de suas superfícies. Em Titã, por exemplo, estima-se que a
quantidade de água seja 12 vezes maior que o volume dos oceanos da Terra.
“A vida como a conhecemos aqui na Terra precisa de água como solvente,
por isso planetas e luas com muita água são de interesse quando se procura vida
extraterrestre.”
Catherine Neish, astrobióloga e
principal autora do estudo, em comunicado
No novo estudo, publicado na revista Astrobiology,
os pesquisadores usaram dados de crateras de impacto para avaliar a
possibilidade de existir vida em Titã com base na quantidade de moléculas
orgânicas que poderiam ser transferidas da superfície para o oceano
subterrâneo.
A Superfície de Titã é Rica em Compostos Orgânicos
Quando cometas colidem com a superfície
rica em compostos orgânicos da lua Titã, ela acaba criando piscinas de água
líquida que se misturam com o material orgânico da crosta. O derretimento
causado pelo impacto acaba sendo mais denso que o gelo e afunda provavelmente
até o oceano subterrâneo do satélite.
Assim, foram analisadas as taxas de
impacto na lua para ser possível determinar quantos cometas de diferentes
tamanhos atingiram a superfície de Titã por ano. Dessa forma, os pesquisadores
puderam determinar quanto de matéria orgânica foi parar no oceano subterrâneo.
Essa investigação revelou que a quantidade
de moléculas orgânicas que vão para o oceano de Titã é muito baixa e
insuficiente para desencadear a formação de vida na lua. Cerca de apenas 7,5
mil quilos por ano de glicina, o aminoácido mais simples e que constitui as
proteínas da vida, vão parar abaixo da crosta congelada do satélite – massa
equivalente a de um elefante.
“Um elefante por ano de glicina num oceano 12 vezes o volume dos oceanos
da Terra não é suficiente para sustentar a vida. No passado, as pessoas muitas
vezes presumiam que água era igual a vida, mas negligenciavam o fato de que a
vida necessita de outros elementos, em particular o carbono.”
Catherine Neish
Se o oceano de Titã não é habitável,
existem poucas chances de que os oceanos das outras luas geladas sejam
habitáveis. Isso porque o maior satélite de Saturno é o que possui mais
compostos orgânicos em sua superfície.
No entanto, ainda há muito para
descobrir sobre Titã, principalmente sobre a sua composição. Assim, a missão
Dragonfly, que irá enviar um helicóptero para superfície da lua em 2028,
poderá revelar mais sobre a química pré-biótica e como os compostos orgânicos
se formaram naquele intrigante mundo.
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