Espaçonave Odysseus Infelizmente 'Tombou' Após Pouso Histórico na Lua
Olá leitores e leitoras do BS!
Uma notícia nada boa veiculada na madrugada de hoje 24/02 no site "Olhar
Digital", destacando que infelizmente o Espaçonave Odysseus da
empresa Intuitive Machines ‘tombou’ após o seu pouso histórico na Lua. Entendam melhor
esta história lendo a matéria abaixo.
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CIÊNCIA E
ESPAÇO
Odysseus Tomba Após Pouso Histórico na Lua
Apesar do ocorrido, espaçonave está em
boas condições e está se comunicando com a Terra
Por Rodrigo Mozelli
24/02/2024 - 03h47
Via: Site Olha Digital - https://olhardigital.com.br
(Imagem: Intuitive Machines)
A espaçonave Odysseus,
que fez história ao se tornar o primeiro veículo dos EUA a pousar suavemente na
Lua desde o Apollo
17 em 1972, está em boas condições, mas tombou logo após o pouso, segundo o
The New York Times.
O pouso aconteceu na noite de
quinta-feira (22) na região do polo sul lunar,
sendo marco significativo para a Intuitive Machines, empresa que a construiu.
Neste momento, a Odysseus está estável perto do local de pouso previsto e
continua se comunicando com o módulo de pouso,
apesar da posição inclinada causada pelo tombamento.
No entanto, o acidente fez com que as
antenas da espaçonave não fiquem apontadas diretamente para a Terra, limitando
a quantidade de informações que podem ser transmitidas neste momento.
“O veículo está estável perto ou no
local de pouso pretendido”, disse Steve Altemus, presidente-executivo da
Intuitive Machines, durante entrevista coletiva da NASA nesta sexta-feira (23).
“Temos comunicações com o módulo de pouso” e acrescentou: “Para começar, isso é
fenomenal”.
Problemas Após o Pouso
* Embora a Odysseus ainda não tenha
enviado nenhuma fotografia desde o pouso, engenheiros da Intuitive Machines
estão trabalhando incansavelmente para extrair o máximo de informações
possíveis da espaçonave tombada;
* Ainda não foram divulgados detalhes
completos sobre o acidente, mas os diretores da empresa relataram problemas
inesperados que poderiam ter condenado a missão;
* No entanto, graças a circunstâncias
fortuitas e ao trabalho frenético dos engenheiros, o pouso foi salvo e a
espaçonave permanece em condições de funcionamento;
* O incidente do tombamento abalou a
equipe, mas eles estão otimistas em relação às descobertas que ainda poderão
ser feitas a partir dos dados coletados pela Odysseus na Lua.
Quando a Odysseus chegou à Lua, era para
entrar em órbita circular a cerca de 100 km acima da superfície lunar. Mas
imprecisões na trajetória a colocou em órbita elíptica.
Além disso, uma queima adicionar do
motor colocou a espaçonave em órbita ainda melhor.
Depois disso, os engenheiros tentaram
entender o quão perto a Odysseus estava da superfície da Lua. Para isso, os
controladores de voo ligaram os localizadores de alcance de laser, que medes a
altitude da espaçonave durante o voo.
Só que os dados indicaram que um dos
lasers não disparou, e descobriu-se que os interruptores de segurança em ambos
os lasers estavam ativos quando a Odysseus partiu da Terra.
Não havia como acionar os interruptores,
nem mesmo via software, já que a espaçonave estava a mais de 320 mil km de
distância.
“Posso rir disso agora”, disse Altemus.
“Tim estava no console como diretor da missão e eu disse: ‘Tim, teremos que
pousar sem telêmetros a laser’”, afirmou. “E o rosto dele ficou totalmente
branco, porque foi como um soco no estômago, que íamos perder a missão.”
Enquanto pensavam em soluções, o Dr. Tim
Crain, CTO da Intuitive Machines, recordou-se de um importante backup da
Odysseus: o Navigation Doppler Lidar, que a NASA quer testar. O instrumento é
formado por três feixes de laser que medem a altitude e a velocidade da
espaçonave em sua descida. A ferramenta forneceria as leituras faltantes.
(Imagem: Intuitive Images via NASA TV)
“Parece fácil em retrospecto”, disse
Crain. Asim sendo, o que os engenheiros tiveram de fazer foi corrigir o
software da Odysseus para que o instrumento fornecesse as leituras ao
computador de orientação, navegação e controle.
“No desenvolvimento normal de software
para uma espaçonave, isso levaria um mês”, disse Crain. “Nossa equipe
basicamente fez isso em uma hora e meia.”
“Provavelmente demoraríamos cinco
minutos para pousar antes de percebermos que aqueles lasers não estavam
funcionando, se não tivéssemos tido aquele evento fortuito. Portanto,
serendipidade é absolutamente a palavra certa.”
Dr. Tim Crain, CTO da Intuitive Machines
E ainda surgiu mais um problema: as
modificações no software da Odysseus reiniciaram o computador da espaçonave. Em
teste simulado sofisticado, perceberam que a espaçonave sairia do curso. Por
isso, os controladores buscaram como reiniciar o computador sem condenar a
Odysseus.
“Tivemos que trabalhar febrilmente”,
disse Altemus. “Esse foi o que nos fez roer as unhas um pouquinho.”
Foram duas horas a mais para eles
terminarem e, no fim, (quase) tudo deu certo. Isso porque algo fez com que o
módulo de pouso descesse mais rápido do que se esperava, além de se mover
lateralmente a 3 km/h.
Uma das seis pernas de pouso pode ter
ficado presa na superfície, derrubando a espaçonave. “Podemos ter fraturado o
trem de pouso e tombado suavemente”, disse Altemus.
O pessoal da Intuitive Machines trabalha
para se comunicar, entre vários sistemas, com um pequeno sistema de câmeras que
deveria ter sido ejetado 30 metros acima do solo e fotografar o pouso.
Como não houve tempo hábil para
implantar a modificação da câmera no software corrigido, ela segue acoplada ao
Odysseus. Apesar do problema, Altemus afirmou que ela ainda pode ejetar a
câmera, que, por sua vez, poderia tirar algumas fotos da área.
A missão tem previsão de duração até o
fim de semana que vem, e há preocupação com a energia solar que a nave
receberá. “Sabemos que, neste local de aterrissagem, o Sol irá ultrapassar os
nossos painéis solares, em qualquer configuração, em aproximadamente nove
dias”, afirmou o Dr. Crain.
A Odysseus não foi projetada para
sobreviver às temperaturas noturnas na Lua, mas a espaçonave pode reviver
quando o Sol reaparecer.
“Veremos se nossos componentes
eletrônicos sobreviverão”, disse Crain. “Vamos dar uma olhada. Vamos ouvir.”
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