Cientistas Usando o 'Telescópio Espacial James Webb' Detectam 'Atividade Inesperada' na Região do Cinturão de Kuiper
Olá leitores e leitoras do BS!
Uma notícia veiculada ontem 17/02 no site
"Olhar Digital", destacando
que cientistas usando o Telescópio Espacial James Webb
detectaram atividade inesperada na
região do Cinturão de Kuiper, cinturão este que fica localizado além dos
planetas conhecidos do nosso Sistema Solar. Entendam melhor esta
história lendo a matéria abaixo.
Brazilian Space
Brazilian Space 15 anos
Espaço que inspira, informação que conecta!CIÊNCIA E
ESPAÇO
Telescópio James Webb revela surpresa nas profundezas do Sistema
Solar
Por meio do telescópio, cientistas
detectaram atividade inesperada no Cinturão de Kuiper, além dos planetas
conhecidos do Sistema Solar
Por Pedro Spadoni
17/02/2024 - 18h06
Atualizada em 17/02/2024 - 18h10
Via: Site Olha Digital - https://olhardigital.com.br
(Imagem: NASA)
Cientistas detectaram, por meio do
Telescópio Espacial James Webb, atividade inesperada na região do Cinturão de
Kuiper, localizado além dos planetas conhecidos do Sistema
Solar. Esta área, conhecida por abrigar mundos gelados como o planeta anão
Plutão, é caracterizada por milhões de objetos congelados, anteriormente
considerados “mortos”.
Para Quem Tem Pressa:
* O Telescópio Espacial James Webb
revelou atividade química inesperada nos objetos do Cinturão de Kuiper,
sugerindo que estes corpos celestes gelados, incluindo Eris e Makemake, podem
ser mais dinâmicos do que anteriormente considerado;
* Pesquisas indicam que o metano
congelado na superfície de Eris e Makemake foi recentemente transformado,
apontando para a existência de interiores quentes que podem expelir líquidos ou
gases para a superfície, contrariando a visão de que seriam simples relíquias
geladas;
* A presença de núcleos quentes e a
possibilidade de oceanos sob as crostas geladas desses objetos levantam a
hipótese de condições adequadas para vida, similarmente às luas geladas do
Sistema Solar, embora ainda não haja evidências disso;
* Os resultados incentivam a ideia de
missões futuras ao Cinturão de Kuiper, sugerindo que esses mundos gelados
possuem características geológicas ativas e potencialmente habitáveis.
O Telescópio Espacial James Webb,
operando a quase dois milhões de quilômetros da Terra, foi utilizado para
observar os objetos do Cinturão de Kuiper, revelando que estes corpos celestes
podem não ser tão inativos quanto se pensava. O telescópio, equipado com
câmeras especializadas, focou nos dois maiores objetos conhecidos do cinturão,
Eris e Makemake.
Descoberta Inesperada
(Imagem: Sergey Nivens/Shutterstock)
Christopher Glein, cientista do
Southwest Research Institute, liderou a pesquisa, publicada na revista
científica Icarus. A investigação descobriu sinais de atividade
química nos objetos gelados, contrariando a crença anterior de que seriam
relíquias primordiais e inalteradas do início do Sistema Solar.
Os resultados mostraram que o metano
congelado encontrado nas superfícies de Eris e Makemake foi “cozido” mais
recentemente. Isso indica interiores quentes capazes de impulsionar líquidos ou
gases para a superfície. Essas descobertas sugerem que, sob as crostas geladas,
podem existir oceanos, de forma parecida às luas geladas como Europa, que
orbita Júpiter.
Glein destacou que esses núcleos quentes
podem ser fontes de água líquida sob as superfícies geladas. Isso levanta a
fascinante possibilidade de que tais mundos gelados, localizados a bilhões de
quilômetros da Terra, possam abrigar condições adequadas para o desenvolvimento
de vida. No entanto, não há evidências disso até o momento.
Próximos Passos
Os achados sugerem que uma missão a
essas fronteiras cósmicas poderia ser valiosa. A missão New Horizons da NASA a
Plutão já revelou um mundo complexo com uma topografia diversificada, marcada
por geleiras e montanhas de gelo de água.
Glein conclui que, à luz dessas
descobertas, o Cinturão de Kuiper se revela muito mais dinâmico do que se
imaginava, com mundos que possuem características geológicas ativas. Ele propõe
que não é cedo demais para começar a pensar em enviar uma sonda espacial para
explorar outro desses corpos celestes. E sugere que seremos surpreendidos pelas
maravilhas que nos aguardam.
Comentários
Postar um comentário