Estudo de Pesquisadores da USP e da UFABC Aponta Que Terremoto, Causado Por Queda de Meteorito Há Milhões de Anos, Formou Estruturas Geológicas na Região de São Paulo
Olá leitores e leitoras do BS!
Notícia veiculada ontem 06/02 no site
"Olhar Digital", destaca
que um estudo realizado por Pesquisadores
da USP e da UFABC aponta que um terremoto, causado pela queda de
um meteorito há milhões de anos, formou estruturas geológicas na região
de São Paulo. Entendam melhor esta história lendo a matéria abaixo.
Brazilian Space
CIÊNCIA E
ESPAÇO
Meteorito Causou Estrago Devastador Há milhares de Anos em SP
Estudo revela que a queda de um
meteorito em São Paulo causou tremor comparável à bomba atômica lançada pelos
EUA sobre Hiroshima em 1945
Por Pedro Spadoni
Editado por Lucas Soares
06/02/2024 - 10h06
Atualizada em 06/02/2024 - 11h27
Via: Site Olha Digital - https://olhardigital.com.br
(Imagem: Diogo Moreira/Governo de São
Paulo)
Um terremoto, causado pela queda de um meteorito
há milhões de anos, formou algumas estruturas geológicas da região onde hoje
fica São
Paulo (SP). O impacto causou tremor maior que 5,5 na escala de Richter –
quase a energia liberada pela bomba atômica lançada pelos EUA sobre Hiroshima
em 1945. É o que uma dupla de professores – um da USP e outro da UFABC –
descobriu.
Para Quem Tem Pressa:
* Pesquisadores da USP e da UFABC
descobriram que um terremoto, causado pela queda de um meteorito há milhões de
anos, formou estruturas geológicas na região de São Paulo;
* O impacto, com magnitude superior a
5,5 na escala de Richter, é comparável à energia liberada pela bomba atômica
lançada pelos Estados Unidos sobre Hiroshima em 1945;
* A queda do meteorito, estimada entre
2,5 e cinco milhões de anos atrás, criou uma cratera de 3,6 quilômetros de
diâmetro no sul de São Paulo, onde hoje ficam os bairros Colônia e Vargem
Grande. A Cratera de Colônia foi identificada a partir de fotos aéreas e
imagens de satélite;
* A pesquisa, conduzida durante a
pandemia de Covid-19, mapeou rochas e sedimentos na área da Cidade
Universitária da USP, parte de uma bacia sedimentar que se estende pela região
metropolitana;
* Os pesquisadores pretendem datar esses
sedimentos para estabelecer uma correlação direta com o evento do impacto,
sugerindo que a Bacia de São Paulo pode ser mais jovem do que se pensava.
A queda do meteorito, ocorrida entre 2,5
e cinco milhões de anos atrás, abriu uma cratera de 3,6 quilômetros de diâmetro
no extremo sul da cidade. “Se acontecesse hoje, não sei se sobraria algum
edifício em pé”, disse o professor Renato Henrique-Pinto, do Instituto de
Geociências (IGc) da USP em entrevista ao jornal da universidade.
Há Uma Cratera (Escondida) em SP
(Imagem: buradaki/Shutterstock)
O fenômeno resultou na formação da
Cratera de Colônia, descoberta apenas na década de 1960 por meio de fotos
aéreas e, posteriormente, imagens de satélite. Este estudo pioneiro em São
Paulo, publicado na Science Direct, documenta vestígios de abalos sísmicos de
grandes magnitudes.
Durante a pandemia de Covid-19, os
professores Renato Henrique-Pinto, da USP, e Mauricio Martinho dos Santos, da
Universidade Federal do ABC (UFABC), começaram a mapear as rochas e sedimentos
na Cidade Universitária da USP, parte de uma bacia sedimentar que abrange toda
a Região Metropolitana, sem a necessidade de financiamento significativo.
A motivação para o estudo veio da
curiosidade sobre o subsolo de São Paulo. Os geólogos investigaram outras
rochas expostas em parques e praças da cidade e calcularam tanto a direção
quanto o tamanho das ranhuras para estimar o nível do abalo. Eles concluíram
que o epicentro era a cratera, gerada por um evento de grande magnitude. E a
análise revelou uma “bagunça” nas camadas de sedimentos.
Desafios e Próximos Passos
Atualmente, sedimentos cobrem a cratera.
Essa cobertura forma a planície onde ficam os bairros de Colônia e Vargem
Grande. O estudo destaca a dificuldade de investigação em São Paulo devido à
cobertura de asfalto e concreto, onde afloramentos rochosos expostos são raros.
Este desafio limita a análise dos traços do tremor no subsolo, que não foram
amplamente estudados até então.
Os pesquisadores planejam datar os
sedimentos depositados para estabelecer uma correlação direta com a cratera,
apesar das dificuldades apresentadas pelos métodos tradicionais de datação.
Este trabalho sugere que a Bacia de São Paulo pode ser mais jovem do que se
pensava, com estruturas formadas entre o final do Plioceno e o início do
Pleistoceno – cerca de 2,5 milhões de anos atrás.
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