Segundo Astronomo Ligado à 'Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon)', o 'Flash de Luz' Que Rasgou os Céus do RS dia 21/02 Pode Ter Sido de Um Satélite Secreto

Olá leitores e leitoras do BS!
 
Ontem, 22/02, uma notícia foi veiculada no site "Olhar Digital" destacando que segundo o Astrônomo Marcelo Zurita, membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), o Flash de Luz que rasgou o céu do Rio Grande do Sul na madrugada de quarta-feira (21), pode ter sido de um Satélite Secreto. Entendam melhor essa história lendo a matéria abaixo.
 
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Flash de Luz Visto no RS Pode Ser Satélite Secreto, Diz Especialista
 
Para Marcelo Zurita, membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e colunista do Olhar Digital, objeto pode ser satélite não catalogado
 
Por Pedro Spadoni
22/02/2024 - 14h09
Atualizada em 22/02/2024 - 18h29
Via: Site Olha Digital - https://olhardigital.com.br
 
(Imagem: Rede Brasileira de Observação de Meteoros - Bramon)

Um objeto luminoso rasgou o céu do Rio Grande do Sul na madrugada de quarta-feira (21). Câmeras do Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon) em Santa Maria e Santo Ângelo capturaram o flash de luz, que pode ser um satélite secreto. Pelo menos, essa é a suspeita de Marcelo Zurita, membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), diretor técnico da Bramon e colunista do Olhar Digital.
 
Para Quem Tem Pressa: 
 
* Câmeras da Bramon em Santa Maria e Santo Ângelo (RS) flagraram um objeto luminoso cruzando o céu na madrugada de quarta-feira (21);
 
* Em entrevista ao Olhar Digital, Marcelo Zurita, da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), levantou a suspeita de que o objeto seja um satélite secreto não catalogado;
 
* Isso porque ele não foi identificado entre os mais de 30 mil objetos em órbita conhecidos;
 
* A identificação de objetos luminosos no céu geralmente se dá ao compará-los aos registros do catálogo. Porém, satélites secretos, justamente por serem secretos, não constam neste catálogo;
 
* Zurita enviou um relatório sobre o objeto luminoso a um grupo de observadores independentes de satélites, que compartilham dados sobre objetos observáveis, incluindo satélites secretos. Essa colaboração pode não só identificar o objeto como também atualizar os parâmetros orbitais de um satélite que, segundo ele, não tinha sido observado há mais de 50 dias.
 
Segundo Zurita, a suspeita de ser um satélite secreto se dá porque o objeto luminoso observado no Sul não consta entre os mais de 30 mil objetos em órbita catalogados, com trajetórias monitoradas – por exemplo: satélites operacionais, satélites desativados e lixo espacial. Conforme explicado pelo especialista, também presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), países como EUA, Rússia e China usam satélites secretos para espionagem, por exemplo.
 
Confira abaixo os vídeos obtidos pela Bramon:
 


Passagem de Satélite Secreto (?) 
 
Para a suspeita de Zurita fazer sentido, é preciso entender como a identificação de objetos no céu acontece. “Sempre que temos detecção de um objeto como esse, pegamos os dados astrométricos e procuramos no catálogo [de objetos em órbita conhecidos]. Na grande maioria das vezes, encontramos um objeto passando exatamente na posição e horário observados. Mas esse não foi o caso do objeto detectado na madrugada de quarta”.
 
Satélites secretos, justamente por serem secretos, não têm seus parâmetros orbitais divulgados. Sem esses parâmetros, não dá para rastreá-los, conforme explicado por Zurita. “E, mesmo que sejam rastreados por algum órgão, esses parâmetros não são divulgados nem atualizados”, acrescentou. Por isso, não constam neste catálogo que serve como base para identificar objetos luminosos ao cruzarem o céu.
 
“Como a gente não identificou de cara esse objeto, ele seria um satélite secreto. Hoje, eu já poderia dizer isso com grau de certeza bastante elevado. Agora, qual satélite é? A gente tem suspeita, mas preferimos ainda não divulgar.”
 
Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA) e membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) em entrevista ao Olhar Digital 
 
(Imagem: Rede Brasileira de Observação de Meteoros – Bramon)

Para investigar esta suspeita, Zurita recorreu ao grupo de observadores independentes de satélites, do qual faz parte. Os membros deste grupo compartilham entre si dados sobre todos os objetos observáveis. “Com os dados desses observadores, são calculados as órbitas de todos os objetos secretos que podem ser observados”, disse Zurita.
 
O especialista contou ao Olhar Digital que enviou a este grupo um relatório com os dados do objeto luminoso observado no Rio Grande do Sul, bem como suas suspeitas sobre ser um satélite secreto. “A partir desta observação, provavelmente a gente não só vai identificar que objeto é esse, mas também vai contribuir com a atualização dos parâmetros orbitais de um satélite secreto. Minha suspeita é que seja um satélite que não foi observado em órbita há mais de 50 dias.”

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