Astrônomo Brasileiro Participa de Desenvolvimento do Maior Telescópio do Mundo
Olá leitores! Olá leitoras!
Por Duda Falcão
Segue abaixo uma notícia publicada dia (20/02) no site “R7”,
destacando que apesar de termos sido expulsos do projeto do Telescópio Extremamente Grande (ELT na sigla em inglês) por falta de
pagamentos, o astrônomo brasileiro ‘Thiago
Signorini Golçaves’ da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) continua participando do desenvolvimento
do Maior Telescópio do Mundo.
Pois é leitor,
note que hoje mais cedo eu havia postado outra noticia (veja aqui) sobre um astrofísico
brasileiro que está liderando o ‘Cherenkov Telescope Array (CTA)’, uma iniciativa
que terá mais de 100 telescópios ligados em rede e será o maior observatório
de fontes extremas de energia do mundo (como os raios gama),
e agora em notícia publicada no mesmo dia desta do CTA, outro astrônomo patrício
se destaca no maior projeto do mundo de observação ótica do universo.
Simplesmente
espetacular e mais uma prova da competência de nossos pesquisadores dessa espetacular
Comunidade Astronômica Brasileira, que mesmo tendo de passar por vexames
e dificuldades como ocorreu nesta história da expulsão do Brasil desse projeto ELT,
continuam motivados e sempre mostrando serviço e fazendo valer cada centavo que
a Sociedade Brasileira investe neles.
Quiçá estes
exemplos e do Nanomirax da CRON, sirvam para quem sabe desabrochar de
vez o desenvolvimento da chamada ‘Astronomia Espacial’ no país, área
ainda muito aquém no Brasil e que terá neste nanosat da CRON, o
primeiro exemplo de uma missão espacial astrofísica realizada nesta Republica das
Bananas, graças ao experimento em desenvolvido para este satélite pela equipe do Dr. João Braga,
do 'Laboratório de Astrofísica de Altas Energias' da Divisão de
Astrofísica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). (saiba um pouco mais sobre esta história clicando aqui)
TECNOLOGIA E CIÊNCIA
Astrônomo Brasileiro Participa de Desenvolvimento do
Maior Telescópio do Mundo
Com custo
estimado em R$ 7,5 bi, instrumento terá espelho de 39 m de diâmetro e será
construído no deserto do Atacama, no Chile
Por Lucas Ferreira, do R7
20/02/2022 - 02h18
Atualizado em 20/02/2022 - 02h18
Fonte: https://noticias.r7.com
Reprodução/ESO ELT
Um consórcio internacional envolvendo dezenas de países
está por trás da construção de um novo telescópio, que promete ser o maior já
construído pela humanidade. Com espelho de 39 metros de diâmetro, o Telescópio
Extremamente Grande (ELT, na sigla em inglês) tem orçamento estimado em 1
bilhão de euros (R$ 7,5 bilhões).
Neste projeto audacioso da comunidade científica
internacional, um astrônomo brasileiro tem função determinante para as futuras
descobertas sobre a formação e o desenvolvimento de galáxias.
O astrônomo da UFRJ Thiago Signorini Golçaves lidera um
grupo de 70 cientistas do mundo todo que trabalha no desenvolvimento de uma das
câmeras do ELT. Com o auxílio de computadores, o brasileiro e sua equipe
simulam o que o telescópio poderá ver quando pronto, no final desta década.
“A gente vai simular as observações, então vamos
processar tudo em computador simulando o que o telescópio poderá ver usando o
design [de espelhos] que temos. Vamos tentar casar com o que queremos ver”,
conta Gonçalves ao R7.
O objetivo do ELT para a comunidade científica será
estudar os processos físicos por trás da formação de astros e galáxia. Com o
telescópio será capaz desenvolver pesquisas que ajudem a entender como planetas
se comportam ao redor de estrelas além do Sol.
Atualmente, os telescópios operacionais possuem espelhos
de 10 metros de diâmetro. Entretanto, a próxima geração destes equipamentos
contará com projetos equipados com espelhos de 24 metros e 30 metros de
diâmetro, além dos 39 metros do ELT.
“Existe um certo mito de que os telescópios espaciais
resolvem tudo. Os telescópios terrestres têm capacidade que os telescópios
espaciais não têm. Por exemplo, se a gente pensa no tamanho do espelho do James
Webb, que tem 6,5 metros, e compara com o ELT, que vai ter quase 40 metros,
você não consegue colocar um equipamento desse tamanho no espaço.”
Atmosfera Inimiga da Observação
Fonte: NASA
Se a atmosfera da Terra é o que permite ter vida neste
planeta, ela pode ser inimiga dos astrônomos na observação. Gonçalves compara a
atmosfera como o fundo de uma piscina cheia, deixando turvo o que está do lado
de fora — neste caso, os astros.Para reduzir os efeitos da atmosfera, os astrônomos
constroem os telescópios em locais altos e com pouca humidade. O ELT, em
específico, será erguido no deserto do Atacama, no Chile — local tradicional
para a instalação de instrumentos como este.
Um outro lugar do mundo, pouco usual para se pensar na
existência de telescópios, é o Havaí. As grandes montanhas vulcânicas aliadas a
humidade rasteira, tornam o arquipélago de ilhas americanas perfeitas para os
astrônomos.
“O Havaí tem vulcões que são muito altos, então você tem
essa vantagem. [...] Embora você pense que o Havaí é só praia e muito húmido, a
humidade sempre fica muito baixa. Então o topo do vulcão fica acima dessa
humidade e é um bom lugar para observação.
”Os avanços tecnológicos também ajudaram a driblar a
atmosfera, uma vez que os grandes telescópios atuais funcionam como câmeras
digitais, que tiram fotos e enviam os registros aos computadores. Não é mais
necessário aproximar o olho do equipamento para observar o espaço.
Participação do Brasil no ELT
Reprodução/ESO ELT
Em 2010, o Brasil assinou um contrato com o consórcio do
ELT para financiar a construção do telescópio. Entretanto, sem pagamentos, o
país foi expulso do grupo que investe na instalação do equipamento.
Com a saída brasileira do consórcio, o tempo garantido de
utilização do equipamento para astrônomos do país foi reduzido, já que o comitê
que gere o ELT dará preferência para projetos de nações que financiaram o
telescópio.
Apesar do Brasil estar fora oficialmente, Gonçalves e
outros astrônomos brasileiros cumprem papéis importantes no desenvolvimento do
telescópio. E este atual trabalho do professor da UFRJ permitirá que ele tenha
amplo acesso ao ELT quando pronto.
“As pessoas que participam da construção do telescópio
têm direito a usá-lo por 100 noites. Serão projetos enormes, muito ambiciosos,
vamos poder fazer observações prolongadas de galáxias, então esses projetos
serão de altíssimo impacto”, conclui Gonçalves.
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