A Startup Americana 'Relativity Space', Já Contratada Pela NASA, Deve Adotar Propulsores Mais Poderosos Antes do Esperado

Olá leitores! Olá leitoras!
 
Por Duda Falcão
 
Segue abaixo uma interessante notícia postada ontem (23/02) no site ‘Olhar Digital’ destacando que a startup americana ‘Relativity Space’, empresa que já tem contrato com a NASA para levar ao espaço um satélite de natureza desconhecida, entre outros clientes, deverá adotar seu propulsores mais poderosos antes do esperado.

 
Pois é amigos leitores e leitoras, confesso que como estava afastado disto tudo, eu ainda não havia ouvido falar desta startup americana da área de foguetes, mas veja vocês como o universo americano é bem diferente do brasileiro, e como fica cada vez mais é fácil para se atuar neste setor lá na terra do TIO SAM. 
 
Reparem que somente bem recentemente (na semana passada) foi criado um edital para desenvolvimento de um foguete por startups brasileiras (será mesmo? Tenho ainda minhas duvidas) e mesmo assim para o desenvolvimento de um Foguete de Capacitação (treinamento), coisa que já deveria ter acontecido há muito tempo, e não só agora as portas de uma eleição. 
 

Vale lembrar também que, neste momento, pelos menos para aqueles brasileiros de verdade que realmente se importam com o avanço das atividades espaciais no Brasil, a grande expectativa gira em torno da realização da ‘Missão JOSHUA’ da startup espacial brasileira ‘Acrux Aerospace Technologies’, missão esta que visa levar experimentos brasileiros e de outros países há pouco mais de 30km de altitude e com recursos próprios, como justamente ocorreu recentemente com o desenvolvimento e lançamento do 'Picosatélite PION BR-1' da startup brasileira PION Labs, então lembrados?
 
 
Pois então, no Brasil as coisas não ocorrem como nos EUA, porém nossos jovens empreendedores não esmorecem com as dificuldades, sendo o 'PION BR-1' e esta 'Missão JOSHUA' (missão esta que o BS também planeja acompanhar seu lançamento, fiquem atentos) grande exemplos do potencial desses jovens brasileiros. 
 
Vejam abaixo, por exemplo, a mensagem deixada pelo jovem Calvin Trubiene (CEO da PION Labs), logo após o lançamento bem sucedido do seu pequeno satélite, direto de Cabo Canaveral (EUA). 
 

Ciência e Espaço 
 
Relativity Space Deve Adotar Propulsores do Terran R Antes do Esperado 
 
Por Rafael Arbulu
23/02/2022 - 16h15
Fonte: Site Olhar Digital - https://olhardigital.com.br 
 

Apesar da Relativity Space estar em pleno desenvolvimento do pequeno motor Aeon 1 para levantar seu primeiro foguete – o Terran 1 -, a empresa não pretende ficar na “linha básica” por muito tempo, e vai adotar o motor Aeon-R, que virá a ser usado no mais poderoso foguete Terran R. 
 
Isso, segundo o CEO e co-fundador da empresa, Tim Ellis, que disse em entrevista ao Ars Technica que a empresa vê o Terran 1 como “uma plataforma de desenvolvimento”, e não como um produto propriamente dito. 
 
(Imagem: Relativity Space/Divulgação)

A Relativity Space vem se tornando cada vez mais conhecida pelo seu desejo de construir seus foguetes por meio de impressão 3D, o que promete baratear muito o custo de desenvolvimento e montagem de um veículo do tipo. O Terran 1, seu primeiro trabalho, será levantado por nove motores Aeon 1 – cada motor com 1,25 tonelada métrica de capacidade de carga.
A Relativity Space segue o desenvolvimento de seu primeiro foguete, o Terran 1, mas já ambiciona objetivos maiores.
 
Entretanto, a primeira missão deste foguete não terá nenhum cliente, com seu foco concentrado na análise do funcionamento dos componentes (por alguma razão, porém, o CEO recusa-se a chamá-la de “teste”).
 
A segunda missão, no entanto, já conta com a NASA como contratante: a Relativity Space levará um satélite de natureza desconhecida, enquanto a terceira também conta com um cliente ainda não divulgado.
 
Depois dessas três missões, a empresa vai passar a usar o Terran 1 com propulsores Aeon-R. Ao invés de nove pequenos, será um propulsor de alta capacidade, com capacidade de carga de pouco mais de 136 toneladas. A ideia é que esse upgrade faça do foguete um veículo de pequeno porte, mas alto desempenho.
 
De acordo com Ellis, a ideia de construir um foguete com uma configuração inicial inferior pode parecer equivocada, mas para o CEO, isso foi importante para que a Relativity Space aprendesse todos os pequenos processos de propulsão mais cedo, e quando a empresa partisse para um modelo de desempenho superior, os erros poderiam ser minimizados.
 
Mais além, o Terran-R – o foguete maior que a empresa ainda vai construir – contará não só com o propulsor Aeon-R, mas também terá o primeiro e o segundo estágios completamente reutilizáveis, o que a colocará em competição direta com o hegemônico Falcon 9 da SpaceX. Segundo Ellis, desde o anúncio do Terran-R, a empresa já fechou um contrato para ele, e outras companhias têm “bom potencial” de fechar negócio.
 
Olhando por esse lado, é de interesse da Relativity Space anular as possibilidades de erro o quanto antes.
 
A primeira missão do foguete Terran 1 “definitivamente” sairá em 2022, disse Ellis, embora não tenha se comprometido com uma data exata.

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