Satélite Chinês de "Limpeza Espacial" Flagrado no Espaço
Olá leitores! Olá leitoras!
Vejam abaixo que notícia curiosa foi postada ontem (15/02)
no site “DW.com”. Segundo este site, uma empresa privada americana denominada
de ‘ExoAnalytic Solutions’, empresa está que costuma rastrear o posicionamento
de satélites utilizando uma ampla rede global de telescópios ópticos, flagrou
no espaço o 'Satélite Chinês SJ-21' saindo de sua órbita habitual e capturando o ‘Satélite
Compass-G2’ que estava desativado, para assim mais tarde, abandoná-lo em uma
órbita a 300 quilômetros de distância.
Curioso não? A China já tem essa tecnologia? Pelo visto
sim, e é bom americanos, russos, europeus e outras nações sérias do mundo
ficarem bem atentas, pois a China demonstra está avançando cada vez mais rápido em
todas áreas da tecnologia e das pesquisas espaciais e astronômicas.
Aproveitamos para agradecer publicamente ao Prof. Alysson Diogenes da Universidade Positivo (UP) de Curitiba-PR pelo envio desta curiosa notícia.
Brazilian Space
Ciência - China
Satélite Chinês de "Limpeza Espacial" Flagrado no Espaço
Por Esteban Pardo
15/02/2022, há 11 horas
Fonte: Site DW - https://www.dw.com/pt-br
Um satélite chinês foi flagrado enquanto capturava um
outro satélite desativado para, mais tarde, abandoná-lo em uma órbita a 300
quilômetros de distância, onde os objetos têm menos chances de colidirem com
veículos espaciais.
O evento bastante raro, registrado no final de janeiro,
foi apresentado em um seminário online realizado pelo Centro de Estudos
Internacionais e Estratégicos e pela Secure World Foundation.
O registro foi feito pela ExoAnalytic Solutions, uma
empresa privada americana que rastreia o posicionamento de satélites utilizando
uma ampla rede global de telescópios ópticos.
O satélite chinês SJ-21 foi visto em 22 de janeiro ao
sair de seu local habitual e se dirigir até o satélite desativado Compass-G2.
Alguns dias mais tarde, o SJ-21 se acoplou ao G2 e modificou sua órbita.
Nos dias seguintes, o satélite-rebocador começou a tomar
rumo oeste e, em 26 de janeiro, os dois objetos se separaram e o G2 foi
abandonado, segundo as imagens de vídeo da ExoAnalytics.
O satélite chinês Compass-G2, ou BeiDou-2 G2 é um
instrumento dos sistemas BeiDou-2 de navegação por satélite, mas deixou de
funcionar logo após ser lançado ao espaço em 2009. Por mais de dez anos, a
carcaça metálica vagou ao redor da Terra junto a outros milhões de objetos.
Após a operação, o SJ-21, lançado em outubro de 2021,
retornou a sua órbita geoestacionária (GEO), acima da Bacia do Congo. A
GEO ocorre quando um objeto orbita ao redor da Terra sobre o equador na mesma
velocidade da rotação do planeta. Autoridades chinesas ainda não confirmaram a
ocorrência do aparente "reboque espacial".
Tecnologias Para Coleta de Lixo Espacial
Vários países também lançaram iniciativas ou desenvolvem
tecnologias para recolher lixo espacial.
O Japão lançou em março de 2021 a missão ELSA-d,
projetada para testar a captura de detritos e tecnologias de remoção. A Agência
Espacial Europeia (ESA) planeja lançar sua própria missão em 2025.
Entretanto, autoridades dos Estados Unidos já expressam
preocupação com os satélites chineses capazes de remover objetos no espaço.
James Dickinson, que chefia o Comando Espacial dos EUA, disse em abril do ano
passado que essas tecnologias "podem ser usadas no futuro em sistemas para
capturar outros satélites".
Um relatório de 2021 da Secure World Foundation afirma
que há fortes evidências de que tanto a China quanto a Rússia estariam
desenvolvendo tecnologias para destruir sistemas espaciais.
O documento, entretanto, ressalta que as autoridades
chinesas permanecem "consistentemente alinhadas aos propósitos
pacíficos" das atividades espaciais, e que não há provas de que a
China tenha realizado as chamadas "operações contraespaciais".
Desde o início das atividades espaciais nos anos 1960,
mais de 6 mil lançamentos transportaram mais de 50 mil objetos para a órbita
terrestre, segundo a Rede de Vigilância Espacial dos EUA.
De acordo com a ESA, mais de 30 mil objetos artificiais
orbitam nosso planeta, dos quais apenas 5 mil estão em funcionamento. Esse
total corresponde apenas aos objetos suficientemente grandes para serem
rastreados.
A agência europeia afirma que aproximadamente 300 milhões
de objetos de tamanho menor se deslocam no espaço a velocidades de até 30 mil
quilômetros por hora.
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