Europa Quer Desenvolver Nave Própria Para Levar Astronautas à ISS
Olá leitores! Olá leitoras!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (16/02) no
site ‘Olhar Digital’ destacando que finalmente
a Europa quer desenvolver sua nave própria para levar astronautas à Estação
Espacial Internacional (ISS).
Ou galera da Europa, cá para nós, já havia passado e
muito de se tomar essa decisão, até porque vocês têm recursos financeiros, humanos e tecnologia mais
que suficiente para alcançar este objetivo, e não é de hoje.
E o curioso nisso tudo caros leitores, é que enquanto na Europa a galera pensa em dar o rumo ao seu Programa Espacial que já deveria ter dado há pelo menos uma década, na 'Republica das Bananas', o seu descolado
da realidade Ministro da C&T afirmou em recente entrevista que em sua gestão o Programa Espacial de seu país deu ‘Saltos de Algumas Décadas’, enfim...
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Ciência e Espaço
Europa Quer Desenvolver Nave Própria Para Levar Astronautas à ISS
Por Rafael Arbulu
16/02/2022 - 18h43
Fonte: Site Olhar Digital - https://olhardigital.com.br
Embora a Europa não seja nenhuma estranha ao espaço, o que ela não tem é
uma nave própria para levar seus astronautas para fora da Terra, como em viagens para a
Estação Espacial Internacional
(ISS) ou outros trajetos. Isso, contudo, pode mudar, se um manifesto da
Associação de Exploradores Espaciais da Europa seguir adiante.
Historicamente, europeus estão viajando ao espaço desde
1978, quando o alemão Sigmund Jahn subiu a bordo de uma nave russa Soyuz em direção à estação
espacial Salyut 6. Entretanto, a agência
espacial europeia (ESA) sempre dependeu de parcerias externas para o
transporte dessas viagens – ora com acordos com os russos para uso da Soyuz,
ora com acordos com norte-americanos, como é o caso da SpaceX com sua nave Crew Dragon, que levou o
astronauta alemão Mathias Maurer na última entrega de tripulantes à ISS.
(Imagem: SpaceX/Divulgação)
Apesar de ter um programa espacial bastante desenvolvido, a Europa ainda não conta com uma nave própria, dependendo totalmente de veículos terceirizados, como a Crew-Dragon (foto), da SpaceX. |
Embora Maurer e seus antecessores tenham somente elogiado
os veículos onde viajaram, o desejo do novo manifesto político é o de que o
Velho Continente acelere seus investimentos no programa espacial, a fim de
garantir que a Europa continue sendo uma das principais potências na exploração
além-Terra – junto da NASA
(EUA) e Roscosmos
(Rússia).
“Ainda que a Europa esteja à frente de muitos projetos
espaciais, tal qual os de observação da Terra, ciências espaciais e navegação,
ela ainda deixa a desejar em domínios estratégicos de transporte e exploração
do espaço”, diz trecho do documento. “O Produto Interno Bruto [PIB] da Europa é
comparável ao dos Estados Unidos, e mesmo assim, o investimento conjunto na
exploração do espaço não chega nem mesmo a um décimo do orçamento da NASA”.
O tom ríspido não vem à toa: a NASA conta com um dos mais
conhecidos veículos de transporte espacial trabalhando a seu favor – a já
mencionada Crew Dragon, da SpaceX. Mais além, a agência americana deve agregar
ao seu “elenco” a nave Starliner
(Boeing), e cápsula Orion
(desenvolvimento próprio) e até mesmo a Starship – também da
SpaceX, embora esta venha
passando por adiamentos repetidos em sua estreia.
Mais além, a Rússia sempre contou com a Soyuz e agora
temos a China, com a linha Shenzhou
e os foguetes Long March.
Finalmente, a India pretende testar – dentro de dois anos – um
veículo reutilizável com capacidade de transporte de carga e astronautas.
Enquanto isso, a Europa ainda não tem uma nave própria, apesar de inúmeros
progressos em outros campos.
O ponto é: a Europa ainda é poderosa na exploração
espacial? Sim, mas quem está atrás dela, está reduzindo a diferença – bem
rapidamente. E embora as viagens “de carona” em veículos de outras agências
tenham sido bem-sucedidas, diversos especialistas europeus argumentam que o uso
contínuo deste recurso servirá apenas para enriquecer seus concorrentes (a ESA
paga, por exemplo, para usar as naves da SpaceX – se não com dinheiro, por meio
de parcerias variadas).
“Se perdermos essa oportunidade única de desafiarmos o status
quo, precisaremos continuar a buscar transporte espacial humano de outros
atores, sem nenhuma garantia de que nossas demandas e valores sejam uma
prioridade”, diz outro trecho. “Seremos sempre os clientes pagantes, em uma
posição de fraqueza, repetindo erros do passado cometidos em outros domínios
estratégicos, que nos deixaram dependentes de atores externos para nossas
necessidades de energia
ou desenvolvimento de tecnologia
de informação. A nossa falta de ação traria mais impacto à competitividade
industrial europeia: o dinheiro do contribuinte europeu seria usado para
avançar a indústria espacial estrangeira”.
Embora nada tenha sido oficialmente declarado, é provável
que o manifesto encontre amplo apoio na ESA. O recém-empossado diretor da
agência – Josef Aschbacher – vem fazendo lobby para maiores investimentos no
programa espacial europeu. Um investimento dessa linha certamente contemplará
também o desenvolvimento de estruturas próprias de transporte. Em outras
palavras: naves e cápsulas próprias.
Isso, e a posição de Aschbacher em relação à crescente
hegemonia da SpaceX não
é das mais amistosas.
E é importante ressaltar que, paralelamente, a União
Europeia (UE) recentemente
divulgou uma nova proposta de investimentos na indústria aeroespacial que
pede por ampliação de estruturas de exploração, observação, telecomunicações e
outros pilares da indústria. A UE não citou, expressamente, “construção de uma
nave própria” como um de seus objetivos, mas é bem provável que os documentos
acabem “conversando” entre si em algum momento.
Enquanto a Europa não conta com uma nave própria, a sua
agência espacial se prepara para participar da missão Crew-4, da
qual a astronauta italiana Samantha Cristoforetti, que assumirá a posição de
comandante de uma…nave Crew Dragon.
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