Marinha Escolhe Novo Projeto da Base na Antártida
Olá leitor!
Segue abaixo uma
matéria publicado hoje (20/05) no site do jornal “Folha de São Paulo” destacando
que após incêndio que destruiu
Base Brasileira na Antártida, a Marinha Brasileira escolhe novo projeto.
Duda Falcão
CIÊNCIA
Após Incêndio
Que Destruiu Base Brasileira
na Antártida, Marinha
Escolhe Novo Projeto
SIMON DUCROQUET
GIULIANA MIRANDA
DE SÃO PAULO
20/05/2013 -
03h34
Após o incêndio
que destruiu sua estação científica na Antártida e deixou dois militares mortos
em fevereiro de 2012, o Brasil aproveita a necessidade de reconstrução total
das estruturas para criar um complexo moderno.
Com investimento
estimado em R$ 72 milhões, a nova Estação Antártica Comandante Ferraz foi
escolhida em concurso organizado pela Marinha e pelo IAB (Instituto dos
Arquitetos do Brasil). O projeto vencedor é assinado por Fábio Faria, do
Estúdio 41, de Curitiba.
Inspirada em
outras bases do continente gelado, a nova estação investirá em energias
renováveis.
A base, que terá
19 laboratórios, vai ser construída em módulos que serão levados para a
Antártida. Se tudo der certo, a construção começará no próximo verão antártico
(novembro de 2013) e ficará pronta até 2015.
Simon Ducroquet
e Giuliana Miranda/Editoria de Arte/Folhapress
MODERNIZAÇÃO
Com a chancela
do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, os maiores especialistas do
país elaboraram um plano de ação para modernizar e racionalizar as pesquisas do
país na região.
Ao longo dos 30
anos de existência do Proantar (Programa Antártico Brasileiro), as verbas e a
atenção destinadas aos projetos científicos tiveram altos e baixos,
especialmente por conta de políticas governamentais.
O objetivo do
plano, que está em fase de consulta pública antes de passar pelo crivo do
ministério, é sobretudo integrar e modernizar as atividades de pesquisa,
aumentando a destinação de recursos e colocando o país em uma posição de
protagonismo na ciência antártica.
Pesquisas em
alta na academia, como os chamados testemunhos de gelo --que conseguem obter
informações sobre a atmosfera e o ambiente de milhares de anos atrás--, aparecem
com destaque no plano.
Relator do
projeto, o glaciologista Jefferson Simões, diretor do Centro Polar e Climático
da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), ressalta que é preciso
difundir a importância estratégica que os estudos da região têm para o Brasil.
"A
Antártida tem relação com o clima do Brasil, com a biologia, com vários
assuntos que fazem parte do dia a dia, inclusive com o pré-sal. É preciso
mostrar essa relevância", diz ele.
O plano de ação
pretende incentivar o uso das outras ferramentas de estudo de que o Brasil
dispõe na Antártida, além da estação: dois navios de pesquisa, o Ary Rongel e o
Almirante Maximiano, e o módulo de pesquisa Criosfera 1, a 2.500 km da base.
Os cientistas
também querem investir na formação de pesquisadores na área, além de garantir a
integração desses profissionais às atividades de ensino e pesquisa.
No entanto, para
que o plano possa sair do papel e atingir todos esses objetivos, será preciso
ampliar os investimentos na região.
Com média de
investimento de R$ 7,3 milhões por ano -- sem incluir os gastos logísticos--, o
Brasil só fica à frente da África do Sul, considerando o grupo dos Brics
(Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em relação à verba para a
Antártida.
A Rússia, que
lidera, investe diretamente em ciência cerca de US$ 13 milhões (R$ 23 milhões)
anuais.
Fonte: Site do Jornal
Folha de São Paulo - 20/05/2013
Comentário:
Pois é leitor, apesar do banana que temos no Ministério da Defesa, os programas
da Marinha vem avançando em uma velocidade incomum na história do Brasil desde
o governo LULA, aparentemente graças aos esforços do Comandante da Marinha, Almirante
Julio Soares de Moura Neto, no cargo desde março de 2007. Se bem lembro, foi
nesse mesmo ano que o Almirante Julio Soares, pegou o Lula pelo braço e o levou
ao Centro Experimental de Aramar para mostrar as atividades ali relacionas com
o Programa Nuclear da Marinha. A partir de então foi lançado o PROSUB em parceria
com a França e outros projetos de reaparelhamento da esquadra. Essa também foi à
estratégia do Almirante com relação ao Programa PROANTAR, quando sabiamente
pegou o LULA e grande parte de sua corte e os levou numa visita a então Estação
Comandante Ferraz, e a partir daí o PROANTAR começou a ter uma maior atenção do
governo, inclusive sendo premiado poucos meses depois com um novo navio de
pesquisa. Infelizmente as mudanças necessárias no PROANTAR não foram implantadas
a tempo de impedir o acidente que teve ao que parece erro humano e técnico, mas
a rapidez como esse problema foi resolvido mostra a força política que tem hoje
a Marinha junto ao Governo DILMA ROUSSEF. Para completar no final
de março o governo regulamentou normas
específicas para o apoio do BNDES ao “Programa de Obtenção de Meios de
Superfície – PROSUPER” (programa de construção de cinco navios-patrulha, cinco
fragatas e um navio de apoio logístico) que já vem sendo apoiado na Câmara pela
Frente Parlamentar da Construção Naval. Toda essa movimentação em torno da
Marinha, faz com que o Al. Julio Soares de Moura Neto exiba por onde passa um sorriso que rivaliza
com a o seu próprio uniforme. Já o Exercito segue a mesma linha, tendo obtido
do Governo DILMA ROUSSEFF o apoio para projetos importantes, e caminha também
avançando num ritmo sem exemplo na história do Brasil. Entretanto, o Comando da
Aeronáutica apesar de ter sido beneficiado com o “Projeto do Cargueiro KC 390”,
vem comendo o “Pão Que o Diabo Amassou”. Não podendo contar com o Ministro da
Defesa, que é um banana de uma nota só, ou seja, amém, o Comando da Aeronáutica
padece de uma atitude mais enérgica junto a Presidência da Republica, e por tabela
junto ao MPOG, para que Programas como FX-2 (vergonha internacional) e Espacial
tenham uma solução definitiva e efetiva. Entretanto, infelizmente não parece
que sob o comando do atual comandante, o Tenente-Brigadeiro-do-Ar Juniti Saito, essa atitude possa acontecer. O Blog BRAZILIAN SPACE parabeniza ao Al. Julio Soares de Moura Neto pela sua gestão, que certamente ficará na história da Marinha.
É bem como eu vico dizendo...
ResponderExcluirSe alguém quiser alguma coisa desse "governo" tem que pegar o mandão da vez pelo braço, levar lá e mostrar. Igual criança aprendendo a usar o pini... Deixa pra lá.
Mas realmente, parece existir na atualidade uma certa má vontade do "governo" para com a Aeronáutica, ou a falta de medidas mais "enérgicas" por parte da Aeronáutica em relação ao "governo".
Existem 3 ou 4 projetos no Brasil que dão raiva só de ouvir falar o nome, pelo total descaso com que foram e vem sendo tratados: o FX-2, o KC-390, o PEB como um todo, o VLS e o CBERS.
São assuntos que chegam a causar sensações físicas realmente desconfortáveis, e estão todos ligados direta ou indiretamente à Aeronáutica.
É necessário que os "altos escalões" parem, pensem e tomem alguma atitude.
Duda comentário perfeito e eu assino embaixo.
ResponderExcluirSobre o EB, devo acrescentar que ele pensa "com pragmatismo" e ve sempre q possível, seus pequenos programas andando bem. No caso da marinha, mesmo com programas de porte gigantesco, vemos -- com a ajuda de uma construtora -- seu programa de energia e submarinos nuclear andando a passos firmes, e não ha duvida que teremos uma boa familida de subnucs daq ha uns anos.
Agora a aeronautica é um caso a parte. Se diz q houve lobby frances, depois a frança nao apoiou o brasil na onu...os americanos o bem da verdade, entraram na short-list para nao ficar feio pra casa branca, e do jeito q a coisa vai, podem levar o programa com o apoio que a boing vem dando à embraer. Sobre os suecos, q poderíamos adquirir know-how no começo da idealização do gripen e/f o tempo ja passou. Sem contar que ouvi falar q o comandante da aeroanautica recebeu lobby da saab para ter o gripen como "melhor competidor"; a verdade é q o rafale hoje é o mais caro entre os tres, mas não tenho duvida q se o acordo for feito ou com a embraer/ ou avibras/ ou mectron a dassault vai transferir tecnologia, assim como no caso dos nossas subnucs. sairão caros, mas o know-how será imenso.
Se essas noticias sao verdadeiras, eu não sei. Só sei q o Saito infelizmente nao teve a minima participação no governo lula, e vamos ser sinceros, aquele q estava antes dele, ou n sei, vai q era ele mesmo na epoca de FHC, tbm nao tinha a minima voz no governo, pq esse f-x se arrasta desde àquela epoca.
Ahh..sobre o PEB..sem participação popular, sem alguma empresa de grande porte no meio, ou pelo menos gritos de nossa castigada comunidade cientifica, Duda meu amigo, sinto, mas será muito, muito dificil mesmo.
Abraços ao amigos!