Cientistas Consideram Lei de Licitações Um Entrave
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada dia (21/05) no site da
“Agência Câmara de Notícias” destacando que segundo os cientistas que estiveram
reunidos em Audiência Pública na Câmara Federal em Brasília, a “Lei de
Licitações” é um entrave para pesquisa.
Duda Falcão
Ciência e Tecnologia
Cientistas Consideram Lei de
Licitações Entrave Para Pesquisa
Reportagem - Vania
Alves
Edição – Regina Céli Assumpção
Agência Câmara de Notícias
21/05/2013 - 22:06
Luis Macedo /
Câmara dos Deputados
Helena Náder: por que o País tem regime
diferenciado de
contratações para a Copa,
mas não para a pesquisa científica?
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Representantes da
comunidade científica brasileira foram unânimes em afirmar que a Lei de
Licitações (8.666/93) é hoje um dos maiores entraves ao desenvolvimento da
pesquisa no País.
Reunidos em
audiência pública da comissão especial que analisa a proposta do Código de
Ciência e Tecnologia (PL 2177/11), dirigentes de entidades nacionais afirmaram que os
órgãos de controle desconhecem os detalhes da atividade científica e oferecem
diferentes leituras da legislação, causando grande insegurança jurídica.
O presidente do
Fórum de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia e professor da
Universidade Federal de Minas Gerais, Rúben Dario Sinisterra, afirmou que os
pesquisadores não são contra o controle, mas que, da forma como é feito hoje,
as instituições estão devolvendo dinheiro porque têm medo de ter problemas
legais. "Ninguém quer ser hoje diretor de núcleo de inovação tecnológica
nesse País. Ninguém, por causa do medo do Tribunal de Contas da União e da Controladoria-Geral
da União."
Flexibilização
das Contratações
O projeto propõe a
flexibilização das regras de contratações para a área de Ciência e Tecnologia.
Essa mudança foi defendida por todos os pesquisadores que advertiram que o
Brasil está competindo com gente do mundo todo, onde as regras são outras e
permitem a rapidez que é necessária hoje.
A presidente da
Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Helena Náder, questionou
porque o País tem um regime diferenciado de contratações (RDC) para obras da Copa do Mundo, mas engessa a
pesquisa científica. "É preciso um olhar diferenciado. Senão, esquece
ciência, esquece tecnologia e muito mais inovação. Vamos continuar comprando
pacotes, vamos continuar sem uma indústria verdadeira, nacional. E vamos comprar
da China!"
A única
participante que defendeu a manutenção da Lei de Licitações como o vetor da
fiscalização das contratações e compras foi a secretária de Controle Externo de
Desenvolvimento Econômico do Tribunal de Contas da União (TCU), Ana Paula da Silva.
Ela acredita que a lei pode ser modificada e adaptada às necessidades de
agilidade do setor.
A secretária
defendeu ainda a aproximação dos órgãos de controle da comunidade científica e
a atualização dos auditores e fiscais para evitar os casos de conflito de
interpretação da lei apontados pelos convidados. "A interpretação das
normas pode gerar algumas dúvidas para aqueles que estão operando o Direito,
mas a participação em seminários, a interação entre os órgãos de controle,
entre as procuradorias, isso tudo pode contribuir para um entendimento mais
convergente."
Relatório
O relator da
proposta, deputado Sibá Machado (PT-AC), afirmou que deve aproveitar em seu
parecer a sugestão de adotar o regime diferenciado de contratação para Ciência
e Tecnologia. “Na hora de fazer compras, o critério da 8.666 não é qualidade,
mas o princípio do preço. E na área de pesquisa não é isso que importa, o que
importa é qualidade."
A comissão ainda
vai realizar audiências públicas no Rio de Janeiro e em São Paulo antes de o
relator apresentar seu parecer. Ele acredita que os trabalhos estarão
concluídos até julho.
Íntegra da Proposta:
Fonte: Site da Agência Câmara de Notícias
Comentário: Pois é leitor, está ai imbróglio que impede o
desenvolvimento da ciência e tecnologia brasileira, mas como bem colocou em seu
artigo o ex-diretor do INPE, Gilberto Câmara (postado aqui no blog ontem), a
Lei de Licitações não é o único entrave
para o desenvolvimento desse setor, e eu iria mais além, pois todos estão se
esquecendo dá má vontade política para com o setor, claramente expressada com o
baixo orçamento do MCTI se compararmos com o que é investido nos outros países
do BRICS, situação que fica ainda mais clara se olharmos o ridículo orçamento
de 2013 da Agência Espacial Brasileira (AEB), enviado ao Congresso pelo governo
DILMA ROUSSEFF. Portanto leitor, ainda estamos muito longe para alcançamos o ideal
se levarmos em conta o gigantismo territorial e populacional de nosso país. Mas
enfim, essa é uma proposta que se aprovada irá ajudar, mas ainda estará longe
de uma mudança definitiva, já que para tanto precisará acontecer ainda uma profunda
mudança cultural na classe política brasileira. Outra coisa leitor, note como é interessantíssima a pergunta feita pela Dra. Helena Nader, presidente da SBPC.
" CIÊNCIA ESPACIAL É PARA LOUCOS.... NÃO GERAM VOTOS"
ResponderExcluirOutra tristêza é tecer comentário sobre a disparidade da lei de limitações (8.666/93).
A nossa futura presidente da AEB e da Nação, Dra. Helena Náder, com total sabedoria , contestou sabiamente sobre o regime diferenciado de contratações (RDC) para obras da Copa do Mundo e seus serviços, e sobre o diferenciamento de contratações para o exercício CRUCIAL para o BRASIL, na produção de CIÊNCIAS e TECNOLÓLOGIA.
Pessoal vejam só a resultante dos interesses políticos. O governo brasileiro facilitará o processo de visto de trabalho para estrangeiros que trabalharão na copa do mundo de 2014 e nas olimpíadas de 2016.
Não haverá muita burocracia e de EXPERIÊNCIA NECESSÁRIA PROFISSIONAL( E A CIÊNCIA FICA COMO?), no pedido de vistos para esses PROFISSIONAIS, o que muitas vezes consomem bastante tempo para serem obtidos.
SERÁ QUE OS ( DONOS DA RAZÃO E DA SABEDORIA), vão exigir FÔLHA CORRIDA e ANTECEDÊNTES CRIMINAIS?"
Importam-se "trabalhadores" sem qualificação do Haiti.
ResponderExcluirPretendem importar médicos com qualificação duvidosa de Cuba para suprir a falta de planejamento em educação, formação profissional e distribuição de recursos para a saúde desse "governo".
Some-se a isso um congresso de "briguinhas" com o judiciário associado a um executivo populista medíocre e uma constituição feita por legisladores para legisladores e... Pronto.
A Ciência e Tecnologia é agraciada com um orçamento ridículo e mesmo assim devolve parte do dinheiro, pois tem medo dos Tribunais de contas e sua caça às bruxas.
Sem mais palavras.