INPE Comemora 40 Anos de Recep. de Imagens de Satélite
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (17/05) no site do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destacando que o instituto estará comemorando 40 anos de recepção de imagens de satélite no dia 23/05.
Duda Falcão
INPE Comemora 40 Anos de
Recepção de Imagens de Satélite
Sexta-feira, 17 de Maio de 2013
Para comemorar os 40 anos de sua Estação de Recepção e Gravação,
instalada em Cuiabá (MT), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
realiza solenidade no dia 23 de maio. Com a presença do diretor Leonel Perondi,
o evento será às 9 horas no INPE de Cuiabá, que fica na Rua Hélio Ponce de
Arruda s/n°, Bosque da Saúde.
As operações na Estação de Recepção e Gravação (ERG) iniciaram no
dia 23 de abril de 1973 com o primeiro rastreio do ERTS-1, satélite que
originou a série Landsat. A ERG de Cuiabá foi a terceira estação terrena
instalada no mundo - a primeira foi nos Estados Unidos e a segunda, no Canadá.
Sua instalação é parte importante não só da história do INPE e do Brasil, mas
também dos países vizinhos e do próprio sensoriamento remoto por satélite.
Nessa estação é realizado o rastreio diário de satélites, o recebimento
de seus dados e a posterior entrega das informações brutas ao Centro de Dados
de Sensoriamento Remoto (CDSR), localizado no INPE de Cachoeira Paulista (SP),
onde as imagens são geradas e distribuídas aos usuários. Atualmente, a estação
de Cuiabá recebe dados dos satélites Landsat-7, Resourcesat-1, UK-DMC 2,
Terra/Aqua e série NOAA.
A infraestrutura para o recebimento dos dados de satélites é
fundamental para o sucesso de toda uma cadeia tecnológica que vai da construção
de satélites a sistemas para o processamento e distribuição dos dados aos
usuários, envolvendo pesquisa, inovação e geração de produtos e serviços.
O pioneirismo do INPE ao instalar essa estação permite hoje ao Brasil
comemorar 40 anos do recebimento dos dados e imagens que garantem a manutenção
e o desenvolvimento de estudos e atividades de reconhecimento internacional,
como os programas do Instituto que monitoram o desmatamento na Amazônia e as
queimadas em todo o país.
Trajetória
Em 1982, foi implantada em Cuiabá mais uma antena com dois canais,
bandas S e X. No final da década de 80 a estação recebeu equipamentos para
rastreio dos satélites Spot, Radarsat e Jers, já com tecnologia SMD.
A década de 90 foi marcada pela modernização da sala de operações e,
entre os fatos marcantes da história da estação, o técnico de operações Luiz Carlos
Nascimento destaca ainda a implantação da nova antena com três canais de banda
X já preparada para receber a série de satélites sino-brasileiros CBERS,
culminando com a recepção da primeira imagem do CBERS-1 (em 1999) em território
nacional realizada pela ERG.
“Um momento importante na década de 2000 foi uma grande atualização que
tornou a ERG totalmente automatizada e apta a rastrear qualquer satélite que
opera em banda X”, conta Luiz Carlos, que recorda ainda alguns desafios
enfrentados na história da estação. “O primeiro incidente de grave proporção
foi uma descarga elétrica ocorrida no dia 21 de dezembro de 1977, quando 70% da
estação foi danificada. O então diretor do INPE, Fernando de Mendonça, convocou
uma força tarefa e em poucos dias a estação estava novamente operacional. Foi
um orgulho para a equipe inpeana”.
A criação da ERG em Cuiabá está diretamente relacionada aos avanços
conquistados na área de sensoriamento remoto. Governo, cientistas e empresas
cada vez mais usam essa tecnologia em que o Brasil é um dos pioneiros no mundo,
por meio da atuação do INPE. O lançamento do primeiro satélite para observação
da Terra - o norte-americano ERTS-1, em 1972, cujos dados poucos meses depois
eram recebidos em Cuiabá - proporcionou um salto nos estudos sobre meio
ambiente e a dinâmica de ocupação e uso do solo.
A recepção e gravação das imagens de satélites permitiu ao INPE formar
um dos acervos mais antigos do mundo, que possibilita o acompanhamento das
mudanças ambientais, urbanas e hídricas ocorridas nas últimas décadas. Estão
disponíveis imagens de 100% do território nacional e 80% da América do Sul
(todo o Uruguai, Paraguai, Bolívia, Guianas, Suriname e parte do Chile, Peru,
Equador, Colômbia, Venezuela e Argentina).
Benefícios
Desde 2004, o INPE disponibiliza, via Internet e gratuitamente, o
catálogo com imagens que ajudam na formulação de políticas públicas em áreas
como monitoramento ambiental, desenvolvimento agrícola, planejamento urbano e
gerenciamento hídrico.
A política de acesso livre às imagens, uma iniciativa pioneira do INPE,
levou outros países a também disponibilizar gratuitamente dados orbitais de
média resolução. As imagens são fornecidas para qualquer usuário do mundo. Os
países da América do Sul que estão na abrangência das antenas de recepção do
INPE em Cuiabá são os mais beneficiados por esta política.
O fornecimento gratuito de imagens de satélite contribuiu para a
popularização do sensoriamento remoto e para o crescimento do mercado de
geoinformação brasileiro. Monitorar desmatamentos, queimadas, a expansão das
cidades, safras agrícolas, o nível de rios e reservatórios, entre outras
aplicações, é mais fácil e barato quando é possível uma observação ampla e
contínua da Terra, proporcionada por sensores remotos a bordo de satélites em
órbita.
Mais de um milhão de imagens já foram distribuídas pelo
INPE para cerca de 15 mil usuários, em mais de duas mil instituições públicas e
privadas, comprovando os benefícios econômicos e sociais da oferta gratuita de
dados. O download das imagens é feito a partir do endereço http://www.dgi.inpe.br/CDSR/
INPE mantém em Cuiabá infraestrutura para recepção de dados de satélites |
Sala de operações da estação |
Instalação da antena, em 1973 |
Equipe do INPE que atuou na instalação |
O INPE de Cuiabá, nos anos 1970 |
Fonte:
Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
Comentário:
O Blog BRAZILIAN SPACE parabeniza ao INPE por essa data histórica.
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