Terremotos na Lua: Desafios Para Futuras Missões Espaciais
Olá leitores e leitoras do BS!
Confira a notícia recente, veiculada em 30/01 no
site "Olhar Digital", que
destaca um estudo recente publicado no ‘The
Planetary Science Journal’, revelando que Terremotos no Polo Sul da Lua podem representar um
obstáculo para futuras missões a este satélite
natural da Terra. Entendam melhor esta questão lendo o artigo abaixo.
Brazilian Space
CIÊNCIA E
ESPAÇO
Terremotos no Polo Sul da Lua Podem Atrapalhar Futuras Missões
No novo estudo, os pesquisadores
investigaram como os terremotos lunares podem afetar a superfície do satélite
Por Mateus Dias
Editado por Lucas Soares
30/01/2024 - 08h33
Via: Site Olha Digital - https://olhardigital.com.br
(Crédito: NASA/USGS)
A Lua está esfriando, o que acaba acarretando seu
encolhimento, e como uma uva desidratada se transforma em passa, a superfície
lunar está se tornando enrugada. A consequência disso são terremotos e deslizamentos de terra, investigados em uma
nova pesquisa.
No estudo publicado recentemente no The Planetary Science Journal,
pesquisadores liderados por Thomas R. Watters, cientista sênior do Centro de
Estudos da Terra e Planetários do Museu Nacional do Ar e do Espaço,
investigaram os efeitos que os terremotos lunares podem ter na superfície da
Lua. O foco principal foi no polo Sul lunar, isso porque a região é de
grande interesse para o futuro da exploração humana e robótica no satélite.
Para Quem Tem Pressa:
* Os terremotos e deslizamentos de terra
na Lua acontecem porque sua superfície é pouco compactada;
* Apesar deles não serem tão poderosos,
os tremores podem durar horas, o que pode deixar a situação preocupante;
* Essas investigações foram realizadas
visando garantir a segurança de equipamentos que serão enviados para o polo Sul
lunar nos próximos anos.
Terremotos na Lua
Durante as investigações descobriu-se
que algumas das encostas superficiais no polo sul lunar são vulneráveis ao
desmoronamento devido aos tremores. Essa região, assim como toda a Lua, foi
bombardeada por asteroides e cometas ao longo de bilhões de anos, fazendo com
que o material ficasse pouco compactado e favorecendo a ocorrência de tremores
e deslizamentos de terra.
Os terremotos lunares, ou lunamotos, se
iniciam entre 50 e 220 quilômetros abaixo da superfície lunar e eles não são
tão poderosos. O mais forte originado no polo Sul até hoje atingiu a magnitude
de apenas 5,7. No entanto, eles podem durar horas, o que pode tornar a situação
preocupante para missões futuras que têm o polo sul lunar como destino, como a
Artemis 3.
(Crédito: NASA/LRO/LROC/ASU/Smithsonian
Institution)
Os pontos magentas representam os possíveis epicentros de fortes terremotos no polo Sul lunar e os pontos azul claro os locais onde poderão acontecer o pouso da Artemis 3. |
“Nossa modelagem sugere que terremotos superficiais capazes de produzir
fortes tremores de solo na região polar sul são possíveis a partir de eventos
de deslizamento em falhas existentes ou da formação de novas falhas de empuxo.
A distribuição global de falhas de impulso jovens, o seu potencial para serem
ativas e o potencial para formar novas falhas de impulso a partir da contração
global em curso devem ser considerados ao planejar a localização e estabilidade
de postos avançados permanentes na Lua.”
Thomas R. Watters, em comunicado
Os pesquisadores esperam agora dar
continuidade nas investigações para entender as áreas da Lua que podem
apresentar maior perigo sísmico. O objetivo é garantir que equipamentos e infraestruturas
estejam seguros durante suas estadias na superfície lunar.
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