Novo Estudo de Pós-Doutoranda Faz Descoberta Capaz de Mudar Nossa Compreensão Sobre a 'Presença de Água na Lua'
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo uma matéria publicada ontem (16/01) no
site “Olhar Digital”, destacando que uma pós-doutoranda conduziu
um novo estudo que levou a uma descoberta capaz de mudar nossa compreensão sobre a
presença de água na Lua. Entendam melhor essa história pela matéria abaixo.
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CIÊNCIA E
ESPAÇO
Água na Lua: Parece Que a Ciência Estava Errada
Uma pós-doutoranda conduziu um estudo
que levou a uma descoberta capaz de mudar nossa compreensão sobre a presença de
água na Lua
Por Leandro Costa Criscuolo
Editado por Bruno Capozzi
16/01/2024 - 15h44
Atualizada em 16/01/2024 - 17h46
Via: Site Olha Digital - https://olhardigital.com.br
Imagem: Dima Zel/Shutterstock
Uma pós-doutoranda conduziu um estudo
que levou a uma descoberta capaz de mudar nossa compreensão sobre a presença de
água na
Lua. As informações coletadas mostram que a crosta lunar, que constitui a
superfície do satélite natural, foi enriquecida em água há mais de 4 bilhões
anos. O estudo, que está na revista Nature
Astronomy, contraria o conhecimento prévio que tínhamos sobre o tema.
Tara Hayden, a pós-doutoranda que fez a
descoberta, estudou uma rocha que ela classificou como proveniente da Lua. Em
sua análise, ela acabou identificando, pela primeira vez, um dos fosfatos
minerais mais comuns, a apatita, na amostra da crosta lunar.
Crédito: Tara Hayden
A pesquisa levou a conclusões
interessantes. Existem agora evidências de que a crosta lunar possui uma
quantidade de água bem maior do que se imaginava anteriormente. A novidade está
sendo considerada como um marco que abrirá novas portas no que diz respeito ao
estudo da história da Lua.
“A descoberta de apatita na crosta lunar
pela primeira vez é incrivelmente emocionante – pois agora podemos finalmente
começar a juntar peças de um estágio antes desconhecido da história lunar.
Descobrimos que a crosta inicial da Lua era mais rica em água do que
esperávamos, e os seus isótopos estáveis e voláteis revelam uma história
ainda mais complexa do que conhecíamos antes”, comentou Hayden.
Até pouco tempo atrás, as amostras de
rochas lunares analisadas eram as coletadas nas missões Apollo. Agora, objetos
coletados mais recentemente estão revelando outras informações sobre a evolução
do astro, expandindo o conhecimento humano sobre o assunto. Inicialmente, as
amostras da Apollo eram consideradas “pobres em volatilidade”, mas o material
analisados nos últimos anos apresenta outros aspectos.
Análise de 2008 usou amostras da Apollo
Amostras coletadas nas missões Apollo,
no entanto, também foram capazes de levar a descobertas relacionadas à presença
de água no satélite natural.
* Em 2008, o pesquisador Alberto Saal,
junto de outros cientistas, percebeu a presença de quantidades significativas
de água e outros fluidos nas esferas de vidro da coleção de amostras da Apollo.
* O feito atual representa, portanto,
quinze anos de reanálise das amostras coletadas na Apollo.
* As amostras recém-descobertas nos dão
a ideia de uma quantidade ainda maior de água em toda a superfície da Lua.
Hayden fez a descoberta enquanto
estudava para seu pós-doutorado, na Western University, do Canadá. Ela
identificou o que parecia apenas uma amostra rochosa, como, na verdade, algo
vindo da Lua. Além da identificação, a amostra provou conter informações
valiosas sobre a presença de água em nosso satélite natural.
“As descobertas de Tara são super
emocionantes e irão contribuir para a nossa estratégia de amostragem para a
missão Artemis III, onde esperamos identificar e recolher amostras de algumas
das primeiras crostas da Lua”, disse Gordon “Oz” Osinski, do departamento de
Ciências da Terra da Western University.
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