Nova Imagem do 'Buraco Negro M87*' Revela Alteração Sutil em Seu Anel
Olá leitores e leitoras do BS!
Confira a notícia recente, publicada em 30/01 pelo site
'Canaltech', que destaca uma nova imagem do 'Buraco Negro M87*' - o primeiro
buraco negro a ser fotografado pela humanidade - revelando uma pequena
alteração em seu anel. Entenda melhor essa notícia conferindo a matéria abaixo.
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Nova Foto do Buraco Negro M87* Revela Mudança Sutil em
Anel
Por Daniele
Cavalcante
Editado por
Luciana Zaramela
30 de Janeiro de
2024 às 07h00
Fonte: EHT, Astronomy & Astrophysics
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Imagem: Colaboração EHT
Uma nova imagem do buraco
negro M87*, o primeiro a ser fotografado pela humanidade, reforçou as
descobertas de 2017 ao revelar a mesma aparência da foto original. Contudo,
uma pequena mudança ajudou a confirmar uma das previsões teóricas sobre o
objeto.
A primeira foto do buraco negro supermassivo M87*,
localizado no centro da galáxia Messier 87, a 55 milhões de anos-luz da Terra,
foi obtida pelo Event Horizon Telescope (EHT). A imagem “borrada” revela um
anel brilhante de matéria super aquecida ao redor da sombra do objeto,
exatamente como prevê a Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein.
Mais tarde, outros estudos utilizaram os mesmos dados
coletados pelo EHT para revelar mais detalhes, como as análises de luz
polarizada do anel brilhante. Foi assim que conseguiram informações sobre seu
campo magnético e o plasma ao seu redor.
Agora, usando observações do EHT realizadas em 2018, uma
equipe produziu um trabalho independente para determinar restrições na
estrutura do plasma e do campo magnético. Embora essas análises tenham sido
feitas nos primeiros estudos, a ciência exige que todos os resultados de uma
descoberta possam ser reproduzidos com outros conjuntos de dados.
(Imagem: Reprodução/Colaboração EHT)
À esquerda, a primeira imagem do buraco negro M87*, capturada em 2017; à direita, sua nova versão composta com dados de 2018. |
Para obter as imagens inéditas, o EHT conta com a
colaboração dos maiores observatórios já construídos, formando um telescópio
virtual do tamanho de nosso planeta. Para aumentar ainda mais a
sensibilidade e definição, eles integraram o Telescópio da Groenlândia ao
grupo.
A análise dos novos dados foram realizadas com oito
técnicas independentes e resultaram em uma imagem muito consistente com a de
2017. O diâmetro do anel permaneceu o mesmo no intervalo de um ano, exceto pela
posição da região mais brilhante ao redor dele — houve um deslocamento no
sentido anti-horário, comprovando a turbulência prevista anteriormente.
Segundo o Dr. Britt Jeter, pós-doutorando na Academia
Sinica Institute for Astronomy and Astrophysics em Taiwan, “a emissão do
turbulento e confuso disco de acreção em torno do buraco
negro fará com que a parte mais brilhante do anel oscile em torno de um
centro comum […] algo que podemos usar para testar as nossas teorias para o
campo magnético e o ambiente de plasma em torno do buraco negro”.
Os resultados foram publicados na Astronomy &
Astrophysics.
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