Astrônomos Encontraram o 'Buraco Negro' Mais Antigo Já Observado, Que Desafia 'Teoria do Big Bang' e Que Está Engolindo Sua Galáxia Hospedeira

Olá leitores e leitoras do BS!
 
Pois então, no dia de ontem (18/01) foi postada uma notícia no site Inovação Tecnológica destacando que Astrônomos encontraram o Buraco Negro mais antigo já observado, quase tão antigo quanto o próprio Universo, e descobriram que ele está engolindo sua galáxia hospedeira, devendo assim levá-la à extinção. Entendam melhor essa história pela matéria abaixo.
 
Brazilian Space 
 
ESPAÇO
 
Buraco Negro Mais Velho Já Observado Desafia Teoria do Big Bang
 
Redação do Site Inovação Tecnológico
18/01/2024
Fonte: Site Inovação Tecnológica - https://www.inovacaotecnologica.com.br
 
[Imagem: NASA/ESA/P. Oesch/Yale University]
O buraco negro está localizado na galáxia GN-z11, cerca de 100 vezes menor do que a Via Láctea.
 
Buraco Negro Mais Antigo Já Visto 
 
Astrônomos encontraram o buraco negro mais antigo já observado, quase tão antigo quanto o próprio Universo, e descobriram que ele está engolindo sua galáxia hospedeira, devendo levá-la à extinção.
 
As imagens do telescópio espacial Webb mostram que o buraco negro existia apenas 400 milhões de anos após o Big Bang, o que coloca esta observação em linha com várias outras que estão questionando o próprio modelo cosmológico padrão, já que fica difícil explicar como um buraco negro poderia ter surgido tão precocemente na história do Universo.
 
Os astrônomos acreditam que os buracos negros supermassivos, encontrados no centro de galáxias como a Via Láctea, precisam de bilhões de anos para atingir seu tamanho característico. Para acomodar o tamanho deste buraco negro recém-descoberto na teoria, contudo, é preciso supor que, ou os buracos negros podem "nascer grandes", por algum mecanismo ainda não imaginado, ou que eles podem engolir matéria a uma taxa cinco vezes superior à que a teoria diz ser possível.
 
De acordo com o modelo cosmológico padrão, os buracos negros supermassivos formam-se a partir de restos de estrelas mortas, que entram em colapso e podem formar um buraco negro com cerca de 100 vezes a massa do Sol. Se crescesse da forma esperada, este buraco negro recém-detectado levaria cerca de um bilhão de anos para atingir o tamanho observado. No entanto, o Universo ainda não tinha nem metade disso quando este buraco negro já existia.
 
"É muito cedo no Universo para ver um buraco negro desta massa, por isso temos de considerar outros modos de formação," disse Roberto Maiolino, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.
 
Bibliografia: 
 
Artigo: A small and vigorous black hole in the early Universe
Autores: Roberto Maiolino, Jan Scholtz, Joris Witstok, Stefano Carniani, Francesco D’Eugenio, Anna de Graaff, Hannah Übler, Sandro Tacchella, Emma Curtis-Lake, Santiago Arribas, Andrew Bunker, Stéphane Charlot, Jacopo Chevallard, Mirko Curti, Tobias J. Looser, Michael V. Maseda, Tim Rawle, Bruno Rodríguez Del Pino, Chris J. Willott, Eiichi Egami, Daniel Eisenstein, Kevin Hainline, Brant Robertson, Christina C. Williams, Christopher N. A. Willmer, William M. Baker, Kristan Boyett, Christa DeCoursey, Andrew C. Fabian, Jakob M. Helton, Zhiyuan Ji, Gareth C. Jones, Nimisha Kumari, Nicolas Laporte, Erica Nelson, Michele Perna, Lester Sandles, Irene Shivaei, Fengwu Sun
Revista: Nature
DOI: 10.1038/s41586-024-07052-5

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