Grupo Interrnacional de Pesquisadores Desenvolvem Metodologia Para Determinar Habitabilidade de Novos Planetas
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo uma notícia publicada ontem (21/10) no site “Sputnik Brasil”, destacando que um novo estudo de um grupo internacional
pesquisadores propõem um novo método para avaliar as condições necessárias de suporte de vida a longo prazo
em ‘planetas’ e ‘luas’. Entendam melhor essa notícia pela matéria abaixo.
Brazilian Space
CIÊNCIA E
SOCIEDADE
Cientistas Desenvolvem Metodologia Para Determinar
Habitabilidade de Novos Planetas
01/01/2024 -
12:59
Fonte: site Sputnik Brasil - https://sputniknewsbrasil.com.br
Foto / M. Weiss/Center for Astrophysics / Harvard &
Smithsonian
Um novo estudo visa investigar os fatores geofísicos e
biológicos com o objetivo de estimar a habitabilidade a longo prazo em planetas
fora do nosso Sistema Solar e mundos oceânicos.
Um grupo internacional de pesquisadores propôs um novo
método para avaliar as condições necessárias de suporte de vida a longo prazo
em planetas e luas, tendo em conta uma maior variedade de
fatores de quantificação, informou na sexta-feira (29) o Instituto de Tecnologia da
Califórnia (Caltech), nos EUA.
Desde que o primeiro exoplaneta foi descoberto, há pouco mais de 25 anos, já foram
identificados aproximadamente 5.000 objetos astronômicos, variando em tamanho, desde aqueles semelhantes a Mercúrio
até aqueles com massa várias vezes superior a Júpiter, com períodos orbitais
abrangendo desde menos de um dia até várias décadas.
A descoberta de novos corpos celestes abre possibilidades
de encontrar ambientes potenciais que permitam a existência de vida.
Contudo, caracterizar estes planetas e determinar a sua habitabilidade é uma
tarefa complexa.
Em primeiro lugar, a definição de habitabilidade se
refere à vida como algo semelhante ao que encontramos na Terra, juntamente
com um dos seus constituintes básicos: a água. Em segundo lugar, a vida é
considerada um evento de superfície que poderia potencialmente modificar a
composição atmosférica, se presente.
Planetas com água líquida subterrânea e protegidos por
uma camada de gelo podem ser considerados habitáveis. Embora estes
fatores sejam obviamente importantes, também é fundamental caracterizar a
habitabilidade a longo prazo dos mundos oceânicos e dos exoplanetas.
Em um novo estudo publicado
recentemente na revista Nature Astronomy, cientistas propõem investigar
fatores geofísicos e biológicos para estimar a habitabilidade
"sustentada" de um objeto astronômico. Segundo os autores da pesquisa, esses
elementos incluem uma ideia de como a energia e os nutrientes fluem em um
planeta.
"O tempo é um
fator crucial na caracterização da habitabilidade", dizem os cientistas.
"Leva tempo para que a evolução ocorra" em planetas candidatos a acolher
vida, uma vez que "ser habitável por um milissegundo ou um ano não é
suficiente", acrescentam eles. É por isso que estimam que
"compreender a habitabilidade de um planeta requer uma perspectiva
diferenciada que exige que astrobiólogos e geofísicos conversem entre si".
No caso da lua gelada de Saturno, Encélado, para os especialistas,
embora sejam conhecidas as suas propriedades geoquímicas, que permitem
descrever a sua habitabilidade como "instantânea", é necessário
compreender as suas qualidades geofísicas. Desta forma, a idade do seu
oceano subterrâneo ou como o calor e os nutrientes fluem entre o núcleo, o
oceano interior e a superfície poderiam ser melhor conhecidos.
"Este artigo
discute a importância de incluir capacidades geofísicas em futuras missões em
mundos oceânicos, como está atualmente planejado para a missão Europa Clipper à
lua de Júpiter, Europa", conclui o cientista Steven Vance, coautor do
estudo.
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