Revista T&D: Um Alento Para os Foguetes Nacionais
Olá
leitores e leitoras do BS!
Com data de
publicação de ontem (13/01), o site da 'Revista Tecnologia & Defesa'
apresentou uma matéria destacando o ‘Edital do Veículo Lançador de Pequeno Porte
(VLPP)', recentemente firmado com dois consórcios de empresas. Este tema tem
sido amplamente divulgado pelo BS e pela mídia em geral. Segue abaixo o
conteúdo completo do artigo para mais detalhes."
Contudo
entusiastas do BS, ao analisarmos a matéria, percebemos que se trata
essencialmente de uma reprodução do conteúdo previamente publicado na época
pelo site da nossa Piada Espacial (AEB). O artigo se concentra principalmente
no consórcio liderado pela CENIC, ressaltando implicitamente o apoio logístico
tanto da Força Aérea Brasileira (FAB) quanto da própria AEB. Em suma, a
matéria parece seguir de perto o que já foi divulgado anteriormente pela AEB,
dando ênfase ao consórcio mencionado.
Brazilian
Space
ESPACIAL -
INDÚSTRIA
Um Alento Para os Foguetes Nacionais
Por Redação Tecnologia
& Defesa
Jan 13, 2024
Fonte: Agência Espacial Brasileira
Via: Revista Tecnologia & Defesa - https://tecnodefesa.com.br
Dois grupos
de empresas brasileiras foram selecionados pela Financiadora de Estudos e
Projetos (FINEP), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI),
para desenvolver veículos lançadores de pequeno porte (VLPP), que possibilitem
o lançamento de nano e microssatélites em órbita baixa. O objetivo do edital da
FINEP, em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB), é desenvolver
foguetes, com uma capacidade de até 30 kg de carga útil.
Essa ação
tem o objetivo de trazer o apoio da iniciativa privada para o cumprimento de um
marco de fundamental importância para o Programa Espacial Brasileiro (PEB): ter
um veículo lançador doméstico capaz de, a partir de um centro de lançamento
nacional, colocar em órbita um satélite também brasileiro.
O contrato,
de R$ 189 milhões, tem um prazo estimado de 36 meses e sua assinatura foi
anunciada em 13 de dezembro último, em parceria com Agência Espacial Brasileira
(AEB). O Termo de Outorga de Subvenção Econômica tem apoio financeiro da FINEP
e do MCTI, e utiliza recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (FNDCT) destinados para o PEB.
Um dos
grupos selecionados é formado pelas empresas CENIC, Concert Technologies,
PlasmaHub, ETSYS e Delsis. “Esta é uma oportunidade única para a iniciativa
privada e a indústria aeroespacial nacional agregar valor ao Programa Espacial
Brasileiro”, destacou Ralph Correa, sócio-diretor da CENIC.
De acordo
com o especialista, para que o Brasil tenha autonomia e projeção internacional
na área aeroespacial, precisa dominar a fabricação de satélites e foguetes,
além de ter um Centro de Lançamento, conforme previa a Missão Espacial Completa
Brasileira (MECB). “No Brasil, já temos o Centro de Lançamento de Alcântara e
Barreira do Inferno. Também o desenvolvimento de satélites pelo Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), pelo Instituto Tecnológico de
Aeronáutica (ITA) e outras instituições e empresas que dominam essa
técnica. Entretanto, veículos nacionais capazes de lançar tais satélites, nós
ainda não temos. Essa é uma oportunidade ímpar, que pode proporcionar um
impacto fortemente positivo na nossa economia”, destacou.
O setor
aeroespacial é uma peça chave para o desenvolvimento de qualquer país e, no
Brasil, tem um papel ainda mais estratégico, uma vez que o setor aéreo já
possui uma relevância internacional e o setor espacial tem potencial para
decolar junto. Estima-se que, a cada R$ 1 investido, o setor espacial retorne
entre R$ 10 e R$ 20 para a economia do País, seja na forma de salários, de
impostos, de faturamento, ou de crescimento de valor agregado das empresas.
Analistas
da Morgan Stanley estimam que o mercado atual da indústria espacial saltará dos
atuais US$ 350 bilhões para mais de US$ 1 trilhão em 2040, por meio das
iniciativas de NewSpace, envolvendo centenas de empresas de todos os portes,
que estão reduzindo drasticamente o custo de satélites e de seus lançamentos.
“Não é
qualquer país que possui a capacidade de colocar satélites em órbita. O Brasil
está numa posição privilegiada e isso tem um poder enorme de atração de novos
investimentos e tecnologias. A oportunidade está aí e pode nos trazer
benefícios em escala”, avaliou Ângelo Fares, presidente da Concert
Technologies.
Ralph
Correa, da CENIC, entende que outro grande benefício do investimento no setor
aeroespacial é a criação de um ambiente de negócios propício para empresas que
trabalham com tecnologia, com desdobramentos na criação de “spin-offs”, no
desenvolvimento de novos produtos e na formação de mão de obra qualificada.
Isso, sem contar os grandes avanços proporcionados no entendimento das mudanças
climáticas e do meio ambiente, entre outros.
“Ter
autonomia no lançamento de satélites significa oferecer avanços na área da
saúde, da indústria, da energia, da agricultura e em diversos outros setores.
Praticamente todas as empresas, atualmente, utilizam de recursos provenientes
de satélite, como, por exemplo, sinal de GPS e internet”, disse ele.
“Esse é um
marco importante no PEB, em que iremos promover a autonomia principalmente na
tecnologia e acesso ao espaço, permitindo que, no futuro, o Brasil integre o
seleto grupo de nações que tem acesso ao espaço, e também, obviamente é um
fortalecimento da nossa indústria nacional para o desenvolvimento dos sistemas
espaciais de que a nação tanto necessita”, ressaltou o diretor de Gestão
de Portfólio da AEB, Rodrigo Leonardi.
Solenidade de celebração das empresas contratadas em editais da FINEP do setor aeroespacial e por meio de financiamento reembolsável (MCTI). |
Empresas Selecionadas:
1. Cenic: Coordenação
do projeto, engenharia de sistemas e desenvolvimento da estrutura primária
completa do veículo;
2. Concert Technologies: Sistema de controle – sistemainercial de navegação / computador
de missão / eletrônica de controle;
3. PlasmaHub: Banco
de controle de lançamento/Eng. Aeroespacial / projetos / montagem de módulos /
integração de redes elétricas;
4. Delsis: rede
elétrica de telemetria / aquisição e processamento de dados do banco de
controle; e
5. ETSYS: rede
elétrica de serviço-suprimento de energia / atuação dos pirotécnicos / rede elétrica
de segurança.
Características do foguete:
* Capacidade
total em órbita baixa: até 30 kg;
* Diâmetro:
1 metro;
* Altura:
12 metros; e
* Massa de
decolagem: 9,9 toneladas.
Etapas de Operação Pós-Lançamento:
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