O 'Telescópio Espacial James Webb' Ajuda Cientistas a Entender o "Entranho Rabo' Descoberto no 'Sistema Estelar Beta Pictoris'
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo uma matéria publicada ontem (14/01) no
site “Olhar Digital”, destacando que uma equipe de cientistas descobriu,
por meio do Telescópio Espacial James Webb (JWST), um rastro de poeira
no ‘Sistema Estelar Beta Pictoris’ no formato de um rabo de gato. Entendam
melhor essa história pela matéria abaixo.
Brazilian Space
CIÊNCIA E
ESPAÇO
Telescópio James Webb Ajuda Ciência a Entender ‘Rabo’ de Sistema Estelar
Equipe de cientistas descobriu um rastro
de poeira no sistema estelar Beta Pictoris por meio de observações com o James
Webb
Por Pedro Spadoni
14/01/2024 - 12h29
Atualizada em 14/01/2024 - 12h49
Via: Site Olha Digital - https://olhardigital.com.br
(Imagem: YouTube/Space Telescope Science
Institute)
Uma equipe de cientistas descobriu, por
meio do Telescópio
Espacial James Webb (JWST), um rastro de poeira no sistema estelar
Beta Pictoris no formato de um rabo de gato. Significa que algo traumático
ocorreu por lá no século 20. Agora, a equipe investiga o que causou esse
rastro.
Para Quem Tem Pressa:
* Cientistas, utilizando o Telescópio
Espacial James Webb (JWST), descobriram um rastro de poeira no sistema estelar
Beta Pictoris. Esse fenômeno indica que um evento traumático ocorreu no sistema
no século 20;
* A equipe usou o JWST, em colaboração
com a NASA e outras agências espaciais, para revelar detalhes antes
inacessíveis sobre o sistema estelar, localizado a 63 anos-luz da Terra;
* A equipe sugere que uma colisão
cósmica, ocorrida em algum momento dos últimos 100 anos, pode ter causado o
rastro de poeira. Observações anteriores já haviam indicado a existência de
dois discos de detritos no sistema, supostamente formados por colisões entre corpos
celestes menores;
* As observações do JWST revelaram
diferenças de temperatura entre os discos e a cauda de poeira, sugerindo
composições distintas. A quantidade de poeira na cauda é comparável a um grande
asteroide do cinturão principal, espalhado por uma vasta extensão.
Algo ocorrido no século passado pode
parecer assunto velho. Mas em termos de Universo (cuja idade beira 14 bilhões
de anos), saber que um grande evento cósmico aconteceu durante a vida de alguns
terráqueos é fascinante para os astrônomos. Principalmente porque dá para
estudá-lo.
Pesquisa e o Sistema Estelar
A equipe usou o poderoso observatório
espacial infravermelho, em colaboração com a NASA e agências espaciais da Europa
e Canadá, para encontrar detalhes até então nunca detectados. Isabel Rebollido,
do Centro de Astrobiologia na Espanha, é a autora principal do estudo, que será
publicado no periódico científico Astronomical Journal.
“Embora tenham sido feitas observações
anteriores do solo nesta faixa de comprimento de onda (luz), elas não tinham a
sensibilidade e a resolução espacial que agora temos com o Webb, então elas não
detectaram essa característica”, explicou Rebollido, em comunicado à imprensa.
Beta Pictoris, estrela com pelo menos
dois planetas em órbita, está a cerca de 63 anos-luz da Terra na constelação do
sul Pictor. Está perto do nosso planeta a ponto de ser visível a olho nu no céu
do Hemisfério Sul.
Observações anteriores de telescópios de
Beta Pictoris revelaram que o sistema possui dois discos de detritos causados
por colisões entre asteroides, cometas e outros pequenos corpos semelhantes a
planetas. Acredita-se que planetas se formem em tais discos.
O Que Aconteceu em Beta Pictoris?
Com a modelagem computacional, os
pesquisadores do Webb levantaram a hipótese de um evento cósmico, ocorrido em
algum momento nos últimos 100 anos, ter produzido o cacho empoeirado. “Algo
acontece – como uma colisão – e muito pó é produzido”, disse Marshall Perrin,
coautor do estudo. “No início, o pó segue na mesma direção orbital que sua
fonte, mas depois começa a se espalhar.”
A luz da estrela empurra as partículas
de poeira menores para longe da estrela mais rapidamente, acrescentou Perrin,
enquanto os grãos maiores não se movem tanto, criando um longo rastro de
poeira. Este se estende desde a porção sudoeste do disco secundário de
detritos.
As observações pelo Webb também
revelaram diferenças de temperatura entre os dois discos, provavelmente
indicando que são compostos por substâncias diferentes. Na luz visível, o
material que compõe o disco secundário e a cauda de poeira é escuro. Mas com a
visão infravermelha do Webb, ele brilha.
Levando em consideração o brilho da
cauda, a equipe estimou a quantidade de poeira nela como equivalente a um
grande asteroide do cinturão principal, disperso por 16 bilhões de quilômetros.
Uma colisão recente dentro dos discos de
detritos do sistema também pode explicar um recurso anteriormente detectado
pelo Atacama Large Millimeter Array em 2014. O telescópio
observou um aglomerado de monóxido de carbono perto do rastro em formato de
cauda. Como a radiação de uma estrela deve destruir o monóxido de carbono em
cerca de um século, essa concentração de gás ainda existente pode ser evidência
do mesmo evento.
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