Missão Peregrine: O Que Pode Ter Causado o 'Fracasso da Missão', Segundo o Que Foi Divulgado Pela Astrobotic ?
Olá leitores e leitoras do BS!
Trago agora uma matéria publicada ontem 26/01,
pelo site 'Canaltech, trazendo uma
analise do que pode ter ocorrido com a
Missão Peregrine, segundo o que foi divulgado pela Astrobotic. Confira abaixo.
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Momentos Finais da Sonda Peregrine: O Que Causou o
Fracasso da Missão?
Por Danielle Cassita
Editado por Patricia Gnipper
26 de Janeiro de 2024 às 11h00
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Imagem: Astrobotic Technology
O lander Peregrine, da Astrobotic, foi lançado à Lua em 8
de janeiro. A expectativa era grande: ele levava consigo 20 cargas úteis, e se
tudo corresse bem, poderia realizar o primeiro pouso lunar de uma espaçonave
norte-americana desde a Apollo
17. Entretanto, uma falha impediu que esta conquista se tornasse realidade.
Para recapitularmos: a espaçonave foi desenvolvida por
meio da Commercial Lunar Payload Services (CLPS), da NASA, iniciativa criada
para incentivar empresas privadas a criarem e operarem landers lunares para
levar cargas da agência espacial à Lua. Ela foi lançada no voo inaugural
do foguete Vulcan Centaur, da United Launch Alliance.
Passados mais de 50 minutos do lançamento, o Peregrine,
que era a carga útil primária da missão, foi liberado com destino à Lua. Cerca
de sete horas após o início da viagem ao nosso satélite natural, o lander
sofreu uma anomalia que prejudicou sua jornada: a Astrobotic declarou que os
sistemas de propulsão foram ativados com sucesso, mas a sonda não conseguiu se
estabilizar para apontar os painéis
para o Sol e carregar suas baterias.
Sonda Peregrine: O Que Aconteceu?
Inicialmente, a Astrobotic anunciou que a raiz do
problema poderia estar no sistema de propulsão do veículo, causando perda
intensa de propelente. Pouco depois, a empresa publicou uma foto tirada pela
câmera do Peregrine, mostrando danos nas camadas externas do isolante que o
revestia.
Depois, a companhia anunciou que o vazamento de
combustível estava prejudicando o sistema que alinha o lander. Felizmente, os
engenheiros da empresa foram rápidos e usaram os propulsores do Peregrine para
estabilizá-lo, conseguindo apontar seus painéis solares em direção ao Sol para
carregar as baterias. O problema, no entanto, é que o Peregrine tinha perdido
tanto propelente que já não poderia mais tentar pousar na Lua.
(Imagem: Reprodução/Astrobotic)
A partir dali, a Astrobotic tentou mantê-lo ativo para
aproveitar seus recursos ao máximo: foi assim que o lander ficou a mais de 300
mil quilômetros da Terra e ativou todas as suas 10 cargas úteis — duas delas,
inclusive, coletaram dados da radiação no ambiente ao redor do lander.
Próximos Passos
No dia 17, a Astrobotic declarou que o Peregrine iria
reentrar na atmosfera sobre a região do Pacífico sul, marcando o fim de sua
missão de dez dias. Segundo a empresa, a trajetória do lander foi ajustada para
garantir a segurança do processo. O Comando Espacial dos Estados Unidos confirmou
a reentrada do Peregrine no dia 18.
“Embora ainda seja cedo demais para entender a causa
principal por trás do incidente da propulsão, a NASA continua apoiando a
Astrobotic e vai contribuir para a análise dos dados de voo, identificando a
causa e desenvolvendo um plano para futuros voos comerciais e da CLPS com a
empresa”, declarou Nicola Fox. administradora associada na NASA.
Agora, a Astrobotic quer investigar os erros que
aconteceram e incorporar qualquer mudança ao Griffin, o outro lander que vai
desenvolver para a NASA. A empresa planeja organizar um comitê para analisar os
dados e confirmar a causa por trás do vazamento de propelente,
mas vale lembrar que pode levar tempo até as investigações serem finalizadas e
até descobrirmos o que, de fato, prejudicou a jornada do Peregrine à Lua.
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