LISA: ESA Aprova Desenvolvimento de 'Missão Espacial' Que Usará 'Feixes de Laser' Para Medir Ondas Gravitacionais no Espaço
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue agora uma notícia veiculada dia (26/01) no site
"Olhar Digital", destacando que a Agência Espacial Europeia (ESA) aprovou
a Missão Laser Interferometer Space Antenna (LISA), que será o primeiro
experimento para medir ondas gravitacionais no espaço. A construção da missão
espacial multimilionária começará em 2025, com lançamento planejado para
2035. Entenda melhor essa notícia pela matéria a baixo.
Brazilian Space
CIÊNCIA E
ESPAÇO
Naves Com Laser Miram Ondas Gravitacionais no Espaço; Entenda
As naves integram o Laser Interferometer
Space Antenna (LISA), primeiro experimento para medir ondas gravitacionais no
espaço
Por Pedro Spadoni
26/01/2024 - 15h54
Via: Site Olha Digital - https://olhardigital.com.br
(Imagem: MaIII Themd/Shutterstock)
A Agência Espacial Europeia (ESA) aprovou o
primeiro experimento para medir ondas gravitacionais no espaço: o Laser
Interferometer Space Antenna (LISA). A construção da missão
espacial multimilionária começará em 2025, com lançamento planejado para
2035.
Para Quem Tem Pressa:
* A Agência Espacial Europeia (ESA)
aprovou o experimento LISA para medir ondas gravitacionais no espaço, com
construção em 2025 e lançamento previsto para 2035;
* O LISA usará feixes de laser para
detectar ondas gravitacionais, criadas por eventos cósmicos como fusões de
buracos negros supermassivos, e medir distâncias de luz laser entre massas no
espaço com precisão extremamente alta;
* O LISA será composto por três naves
espaciais, que voarão em formação triangular em órbita ao redor do Sol. Cada
nave conterá um cubo de ouro e platina, usado para medir as ondas
gravitacionais;
* A missão deve ampliar a capacidade da
ciência de observar fenômenos cósmicos, ondas gravitacionais do início do
Universo e fenômenos astronômicos nunca observados.
O laser usará feixes de laser, que
percorrerão 2,5 milhões de quilômetros no Sistema Solar, para detectar
ondulações gigantescas no espaço-tempo causadas por fusões entre buracos negros
supermassivos, por exemplo.
Ondas Gravitacionais na Mira (Laser)
(Imagem: NASA)
O experimento envolve medir a distância
que a luz laser percorre entre duas massas, milhões de quilômetros distantes,
com precisão de um trilionésimo de metro. Tudo isso enquanto nada além do
próprio espaço-tempo afeta o movimento das massas.
Para entender o experimento, vamos
dividí-lo em duas partes:
* O LISA consistirá em três naves
espaciais idênticas, que lembram modelos de histórias de ficção-científica.
Cada nave terá um cubo flutuante de ouro e platina; e voarão em formação de triângulo
equilátero em órbita ao redor do Sol.
* O experimento usará lasers para medir
a distância entre os cubos em cada nave com tamanha precisão que poderá
detectar quando ondas gravitacionais – ondulações sutis causadas por corpos
maciços em aceleração – esticam o espaço-tempo entre eles na escala de
picômetros.
A “mira” do laser será sensível a ondas
gravitacionais com comprimentos de onda entre 300 mil e três bilhões de
quilômetros. Embora fazer medições tão precisas à distância seja desafiador, é
mais fácil no espaço do que na Terra, segundo Karsten Danzmann, diretor do
Instituto Max Planck de Física Gravitacional, em entrevista à revista Nature.
A parte difícil é tornar a tecnologia robusta o suficiente para todas as
eventualidades.
Importância e Contexto
O LISA poderá observar ondas
gravitacionais de frequência muito mais baixa do que as detectadas na Terra.
Assim, vai dar para detectar fenômenos como buracos negros orbitando entre si.
Esses são mais massivos e distantes do que os observados pelo Observatório de
Ondas Gravitacionais por Interferômetro a Laser (LIGO), que detectou ondas
gravitacionais pela primeira vez em 2015.
Além da fusão de buracos negros
supermassivos, o laser conseguirá medir sinais de sistemas em estágios iniciais
de colisão e até fenômenos completamente novos, como estrelas anãs brancas
colidindo. Espera-se que também detecte um zumbido de fundo de ondas
gravitacionais criadas no Universo primitivo e talvez sinais dos primeiros
buracos negros.
A China também planeja lançar um
detector de ondas gravitacionais baseado no espaço nos anos 2030. As equipes do
Taiji e do LISA esperam que as missões se sobreponham, complementando-se numa
“rede de detectores de ondas gravitacionais no espaço”.
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