Cientistas do 'Harbin Institute of Technology' da China, Analisam Antigos Dados da Sonda Sonda Voyager 2 da NASA e Descobrem a Presença de Jatos Magnéticos no Planeta Júpiter
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo uma matéria publicada ontem (11/01) no
site “Olhar Digital”, destacando que cientistas da Harbin Institute
of Technology em Shenzhen, na China, alisaram antigos
dados da Sonda Voyager 2 da NASA, e descobriram a presença de jatos
magnéticos no gigante gasoso. Entendam melhor essa história pela matéria
abaixo.
Brazilian Space
CIÊNCIA E
ESPAÇO
Descoberta: Júpiter Tem Jatos Magnéticos
Cientistas descobrem jatos magnéticos em
Júpiter, revelando fenômeno comum em planetas, conforme reanálise de dados da
sonda Voyager 2
Por Ana Luiza Figueiredo
11/01/2024 - 15h58
Via: Site Olha Digital - https://olhardigital.com.br
Imagem: NASA's Goddard Space Flight
Center Images courtesy of NASA/JPL/SwRI
Em uma revelação surpreendente,
cientistas da Harbin Institute of Technology em Shenzhen reanalisaram dados da
sonda Voyager
2, que visitou Júpiter em 1979, e descobriram a presença de jatos
magnéticos no gigante gasoso. Esses jatos são rápidos fluxos de plasma que se
formam na região entre o campo magnético de um planeta e o vento solar, uma
corrente de partículas carregadas provenientes do Sol.
Este fenômeno, anteriormente observado
apenas na Terra e em Marte, agora é confirmado em Júpiter, o maior planeta do
Sistema Solar. Júpiter, com um campo magnético 20.000 vezes mais forte que o da
Terra, exibe uma magnetosfera tão extensa que começa a interagir com o vento
solar a 3 milhões de quilômetros do planeta. Os pesquisadores identificaram
evidências de três jatos magnéticos, e os resultados foram publicados no
periódico Nature Communications.
Um dos jatos se desloca em direção ao
Sol, enquanto os outros dois se afastam. Esses jatos se estendem a partir do
“bow shock,” a região onde o vento solar colide com o campo magnético de
Júpiter, aquecendo e desacelerando as partículas solares.
Comparando o tamanho desses jatos com o
tamanho do “bow shock” ao redor de Júpiter, Marte e Terra, os cientistas
constataram que a magnitude dos jatos está diretamente relacionada ao tamanho
do “bow shock.” Júpiter, com sua magnetosfera massiva, apresenta jatos
igualmente imponentes, enquanto Marte, com sua interação mais modesta com o
vento solar devido à ausência de um campo magnético global, exibe jatos de
menor porte.
Impacto da Descoberta
* Embora a descoberta de
jatos ao redor de um gigante magnético como Júpiter não seja revolucionária,
observações tentativas de fenômenos semelhantes também foram registradas ao
redor de Mercúrio.
* O menor planeta do Sistema
Solar possui um campo magnético bastante fraco, aproximadamente 1,1% do
campo magnético terrestre.
* Análises de dados da sonda
Cassini, uma missão internacional para Saturno, indicam que estruturas
semelhantes podem existir ao redor do segundo maior planeta do Sistema Solar.
* Apesar de os dados de
Mercúrio e Saturno não serem tão conclusivos, os cientistas acreditam que esse
comportamento do plasma é comum entre os planetas e que os jatos podem até
mesmo interagir com as luas dos gigantes gasosos.
* A lua Titã, por exemplo,
poderia atravessar essa região da magnetosfera de Saturno quando estiver no
lado iluminado do planeta.
* Contudo, detalhes mais
aprofundados desses comportamentos exigirão estudos adicionais.
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