Grupo de Pesquisadores da 'UFRN' e do 'ITA' Trabalham no Desenvolvimento de um 'Drone" Que no Futuro Poderá se Transformar Numa Ferramenta Para Exploração Espacial em Outros Planetas
Olá leitores e leitoras do BS!
Pois é leitor, segue agora uma curiosíssima notícia postada
ontem (15/01)
no site ‘Natal em Foco’ destacando que um grupo de inventores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN) e do Instituto Tecnológico da
Aeronáutica (ITA) criou um ‘Drone’
que pode ser no futuro uma ferramenta para a Exploração
Espacial de Outros Planetas. Entendam melhor essa notícia pela matéria
abaixo,
Espetacular, parabéns aos pesquisadores envolvidos nesse
projeto, pena que essa iniciativa está sendo conduzida no Brasil, com poucas
chances de avançar como Drone Espacial na atual conjuntura em que vivemos nesse Território de Piratas. Enfim... Tomara eu esteja errado.
Brazilian Space
DRONE - TECNOLOGIA - UFRN
Pode ir Até Marte: Drone Desenvolvido na UFRN Pode Ser
Ferramenta Para Exploração em Outros Planetas
Publicado em: 15/01/2024 - 5h59
Fonte: Wilson Galvão – Agência de Inovação da Reitoria/UFRN
Via: Site Natal em Foco - https://natalemfoco.com.br
O mecanismo concilia as características de uma asa
voadora e um multirrotor com apenas um conjunto motopropulsor coaxial, ora
funciona como um avião, ora como um helicóptero
Tendo como principal diferencial ser equipado com uma tecnologia
híbrida para a geração de energia, a qual permite sua utilização em grandes
distâncias como uma possível locomoção até o planeta Marte, um grupo de
inventores da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte (UFRN) e do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA)
criou um drone.
O mecanismo tem capacidade autônoma que concilia as
características de uma asa voadora e um multirrotor com apenas um conjunto
motopropulsor coaxial, ou seja, ora funciona como um avião, ora utiliza a
lógica de funcionamento de um helicóptero, mas usando o mesmo conjunto de
motores no voo.
Alysson Nascimento de Lucena identifica que somente essas
duas características já conferem ao equipamento, tecnicamente um Veículo Aéreo
Não Tripulado Híbrido (Vant), a capacidade de decolagem e pouso vertical pelo
multirrotor e de deslocamento para longas distâncias em voo horizontal com
sustentação pela asa. “Contudo, nesse projeto desenvolvemos uma tecnologia híbrida
para a geração de energia, que pode ser tanto por células fotovoltaicas que
cobrem a superfície superior da asa quanto pelo conjunto motopropulsor, também
híbrido, capaz de gerar empuxo durante o voo ou gerar energia quando em
repouso”, situa o hoje pós-doutorando no Programa de Pós-graduação de
Engenharia Eletrônica e Computação no Instituto Tecnológico da Aeronáutica
(ITA).
Ainda segundo o pesquisador, o que dá capacidade ao
conjunto motopropulsor para gerar energia é o controle de passo das hélices de
cada motor. Esse comando permite, quando a aeronave estiver em repouso,
posicionar uma pá perpendicularmente à direção do vento, enquanto a pá oposta
está paralela, proporcionando melhor aproveitamento na geração de energia
eólica.
“Esse Vant nos coloca em uma nova categoria de aplicação,
a de longas distâncias por vários dias, devido a essa capacidade de recarregar
a matriz energética. O tempo de operação está condicionado à vida útil da bateria e
ela pode ser eficiente por anos. Essa característica nos possibilita operar em
outros planetas, como Marte, bastando existir a oferta de ventos ou raios
solares”, frisa Alysson Lucena.
Luiz Marcos Garcia Gonçalves, orientador do projeto
quando do seu início, então vinculado aos programas de Pós-graduação em
Engenharia Elétrica e de Computação da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte (UFRN), explica que os dispositivos enviados para outros
planetas normalmente geram energia somente por células fotovoltaicas. Nesse
caso, o acúmulo de poeira é um problema que implica a diminuição da sua
eficiência com o tempo.
Ele lista alguns exemplos. Um deles foi enfrentado pela
Nasa, em 2021, quando a sonda InSight deixou de receber a energia necessária
devido ao acúmulo de poeira nos painéis fotovoltaicos. Outra situação aconteceu
recentemente, quando o Vant Ingenuity ficou sem contato com a base na Terra
devido ao mesmo problema.
“A nossa tecnologia permite o recarregamento por meio das
células fotovoltaicas e por energia eólica durante o tempo em que a
aeronave permanece em repouso, evitando a falha da missão por falta de energia.
Além disso, durante o voo vertical, o fluxo de ar incidente nos painéis
fotovoltaicos que cobrem a asa atua fazendo uma faxina na poeira”, pontua o
professor do Departamento de Engenharia de Computação e Automação.
Além dos dois, o desenvolvimento da tecnologia contou com
as contribuições intelectuais de Neusa Maria Franco de Oliveira e Raimundo
Carlos Silvério Freire Júnior. O depósito de pedido de patente aconteceu no mês
de dezembro e recebeu o nome: Veículo aéreo não tripulado com
sustentação híbrida e conjunto motopropulsor híbrido com hélice de passo
variado para operação em atmosfera terrestre e não terrestre.
A tecnologia está na fase de elaboração do primeiro
protótipo, mais precisamente no desenvolvimento do conjunto motopropulsor, que
vai necessitar de usinagem de alta precisão para evitar folgas e vibrações.
Paralelamente, os inventores estão trabalhando no sistema autônomo de controle
da aeronave. Esses dois sistemas são os mais complexos para o projeto. Quando
dominados, será o momento de os ensaios de voo ocorrerem.
“Os conhecimentos que estão sendo adquiridos no
desenvolvimento do Vant híbrido no pós-doutorado em que estou agora serão muito
importantes para a aeronave entrar em operação. Outro projeto em
desenvolvimento com potencial de inovação é um Vant com asas de geometria
variável”, destaca Alysson Lucena. O pós-doutorado citado é feito sob
orientação da professora Neusa Franco e é fruto de uma chamada pública da
Agência Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), ligada ao Ministério da
Ciência, Tecnologia e Inovação.
Uma Mão Cheia de Patentes
Uma caminhada nordestina, recheada pela ânsia de criar,
pelo voluntarismo e pela resiliência. As contribuições de Alysson na área da
inovação aeroespacial dentro da UFRN merecem algumas linhas adicionais. Com
outras quatro patentes depositadas, das quais duas já tiveram seu mérito
analisado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) e foram
concedidas definitivamente, ir para São José dos Campos, cidade no estado de
São Paulo que responde por mais de 90% da cadeia produtiva da indústria
aeroespacial e de defesa no Brasil, pareceu ser o caminho natural. Ainda que
típica, uma via que enseja sacrifícios a Myrtz Lucena e Gabriel Lucena, esposa
e filho do pesquisador.
Foto: Cícero Oliveira
“Estou também
trabalhando na Equatorial Sistemas, uma empresa do Grupo Akaer Engenharia, na
qual estamos desenvolvendo um Vant híbrido VTOL com peso total de decolagem de
200 kg, que usará hidrogênio para a matriz energética. Esse projeto tem grande
potencial inovativo, é uma subvenção da Finep e ocorre sob orientação de César
Ghizoni, referência mundial na área aeroespacial, com frequentes palestras e
consultorias na UFRN, tendo, inclusive, participado de fóruns para o Parque
Tecnológico Augusto Severo, em Macaíba. Nisso tudo, fazendo uma alegoria com
minha área, o suporte familiar é o motor que propulsiona minhas atividades e
que mantém meu voo estável”, fala o engenheiro mecânico de formação.
Para ele, a
Universidade tem papel fundamental nessa trajetória, sobretudo no
patenteamento, pois, além de proporcionar o conhecimento para o desenvolvimento
de novas tecnologias, oferece total apoio para que tudo seja feito de forma
rápida e eficiente. “O processo é longo e necessita de pessoas especializadas e
competentes e a UFRN nos oferece um trabalho de excelência por meio da sua
Agência de Inovação (Agir), apoiando todas as etapas, desde a busca por
anterioridade, passando pela produção de texto e figuras, depósito e
acompanhamento, até chegarmos a concessão”, finaliza o inventor.
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