Descoberta Surpreendente Pode nos Fazer Repensar a Origem da Lua
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (03/07) no
site do “Olhar Digital” destacando que Descoberta Surpreendente pode
nos fazer repensar a Origem da Lua.
Duda Falcão
CIÊNCIA E ESPAÇO
Descoberta Surpreendente Pode nos Fazer Repensar a Origem
da Lua
Análise de dados do satélite Lunar Reconaissance Orbiter
indica que o fundo de crateras contém mais metais, como ferro e titânio, do que
se pensava
Por Rafael Rigues
Olhar Digital
Fonte: Science Alert
03/07/2020 - 11h07
Um estudo realizado por cientistas da Universidade do Sul
da Califórnia, nos EUA, pode nos levar a questionar as atuais teorias que
explicam a formação da Lua. Dados obtidos pelo instrumento Miniature Radio
Frequency (Mini RF) do satélite Lunar Reconaissance Orbiter (LRO), em órbita lunar, apontam
que a concentração de metais como ferro e titânio em crateras na superfície de
nosso satélite natural é maior que o esperado.
A quantidade de metal na Lua é uma das pistas que os
astrônomos usam para tentar explicar sua origem. A hipótese mais aceita é que
ela surgiu da colisão da Terra com um protoplaneta chamado Theia, 4,5
bilhões de anos atrás.
Um problema com esta teoria é que a superfície da Terra
tem uma concentração de óxido de ferro menor do que a da Lua, o que é algo que
os cientistas vêm tentando explicar há algum tempo. Se ambos têm a mesma
origem, a concentração deveria ser similar.
O Mini RF foi criado para procurar gelo dentro de crateras lunares, e para isso mede a constante dielétrica,
uma propriedade elétrica do solo. Os cientistas perceberam que o valor medido
aumenta quanto maior a cratera, até um tamanho de 5 km de diâmetro, quando se
estabiliza.
Imagem: NASA
Descoberta foi feita durante a busca por gelo dentro de
crateras na Lua.
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Análises posteriores feitas com outros instrumentos e
espaçonaves mostram que isso ocorre porque quanto maior a cratera, mais metal
ela contém, provavelmente porque sua profundidade é maior. Isso sugere que há
muito mais metais debaixo da superfície, que é relativamente pobre nestes
elementos.
Os dados foram obtidos no hemisfério norte da Lua, e mais
pesquisas estão sendo feitas para determinar se a correlação entre o tamanho
das crateras e a quantidade de metal se repete no hemisfério sul.
Uma possível explicação é que a Lua foi criada de
material extraído muito mais profundamente da Terra do que se pensava, ou que
estes metais extras sejam resultado de uma superfície lunar derretida, que
gradualmente se resfriou.
"Nosso sistema solar tem mais de 200 luas. Entender
o papel crucial delas na formação e evolução dos planetas que orbitam pode nos
dar uma melhor compreensão de como e onde condições capazes de sustentar vida
fora da Terra podem se formar, e com o que ela pode se parecer", diz Essam
Heggy, pesquisador que liderou o estudo.
Fonte: Site Olhar Digital - https://olhardigital.com.br
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