Rovers Impressos em 3D Desafiam Estudantes no Treinamento de Exploração de Marte da 'ESA Academy'
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Imagem: Space Daily
No dia de ontem (07/11), o portal Space Daily noticiou que estudantes universitários participaram de um curso prático de treinamento da ESA Academy no Centro Técnico ESTEC da ESA, na Holanda, na semana passada, onde trabalharam com rovers impressos em 3D para desenvolver habilidades de navegação autônoma. Seis equipes foram desafiadas a programar seus rovers para detectar e se mover em direção a uma bola azul em um ambiente simulado de Marte.
De acordo com a nota do portal, os estudantes receberam rovers ExoMy, máquinas impressas em 3D modeladas a partir do rover Rosalind Franklin da ESA. Esses dispositivos contavam com seis rodas, uma câmera e um computador Raspberry Pi, sendo todos os componentes de hardware e software de código aberto, complementados por guias detalhados de montagem.
"Este Workshop de Robótica da ESA Academy 2024 envolveu 30 estudantes universitários com formação em engenharia ou robótica, de 14 Estados membros da ESA e do Canadá", disse o engenheiro de robótica da ESA, Marti Vilella Ramisa. "O objetivo foi apresentá-los ao design e operação de um rover impresso em 3D, inspirado no rover ExoMars Rosalind Franklin, que será lançado ainda nesta década."
O workshop de quatro dias combinou palestras e sessões práticas. Os estudantes ampliaram seus conhecimentos ao melhorar e depurar o Sistema Operacional de Robôs ROS 2, principalmente codificado em Python. As atividades iniciais incluíram uma visão geral de robótica e uma introdução ao rover ExoMy, seguidas de simulações e testes de controle manual em um terreno similar ao de Marte, usando um controle de videogame sem fio.
Os participantes exploraram diferentes modos de locomoção do rover e seus algoritmos, implementando dois novos modos em seu ExoMy para melhorar a manobrabilidade. Utilizando a câmera embutida, as equipes capturaram e marcaram imagens da bola alvo para treinar uma rede neural para a detecção automática por meio de Aprendizado de Máquina.
"A tarefa culminante foi integrar locomoção e reconhecimento de imagem para localizar e se aproximar autonomamente da bola, apesar de sua posição desconhecida", acrescentou Marti. "Foi algo complexo, mas altamente gratificante, pois todas as equipes enfrentaram o desafio e superaram as expectativas."
Os estudantes apresentaram seus projetos finais e receberam avaliações, além de transcrições do curso e certificados. Essas conquistas podem ser convertidas em créditos do Sistema Europeu de Transferência e Acúmulo de Créditos (ECTS) nas universidades de origem.
Mais cursos de treinamento e informações sobre os programas da ESA Academy podem ser encontrados aqui.
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