Uma Visão do Foguetemodelismo no Brasil
Olá leitor!
O professor Claus Wehmann da Universidade Federal do
Ceará (UFC) acabou de me enviar os primeiros resultados do mapeamento e catalogação
das Equipes de Foguetemodelismo do Brasil. Veja abaixo na íntegra.
Duda Falcão
Uma Visão do Foguetemodelismo no Brasil
Estamos realizando um trabalho de catalogação das equipes
de foguetemodelismo do Brasil. O objetivo é determinar a disseminação destas
equipes no território nacional, determinar suas características de complexidade
e dificuldades encontradas, permitindo assim que se possamos sugerir uma
política de apoio mais adequada ao desenvolvimento desta atividade. Estamos criando um mapa da distribuição no território nacional.
Também queremos saber o tempo de existência, os apoios e
financiamento, além do interesse em competições (nacionais e internacionais) e
o grau de complexidade dos projetos.
Com a ajuda dos professores Canalle da UERJ e Marchi da
UFPR, que disponibilizaram os dados de equipes que participaram da mobfog e
festival de Curitiba (Reunimos dados de xxx equipes espalhadas pelo Brasil),
além da resposta ao nossos formulário, divulgado pelos blog brasilianspace e
defesaTV, e contatos direto com algumas equipes ( informações mais detalhadas
de 30 equipes).
Apresentamos aqui os primeiros resultados.
Com relação a distribuição geográfica, vemos um
predomínio nas regiões sul e sudeste ( mais que 70%).
Mais de 80% das equipes são filiadas a instituição de
ensino superior. Sendo mais de 3/4 delas ligadas a instituições públicas.
A esmagadora maioria das equipes usa propulsão sólida.
Algumas equipes mais antigas e com acesso a laboratório ou infraestrutura das
instituições filiadas, já investiram em propulsão híbrida e até líquida. No
entanto, são singularidades no universo foguete modelista.
Quanto ao apogeu alcançado pelos projetos das equipes,
que responderam o formulário, a maioria está abaixo de 1 km (18).
Acerca do financiamento de atividades da equipe, dessas,
praticamente 100% relatam investimento próprio como o principal meio de
financiamento. Dentre os métodos citados: 6 equipes citaram Vaquinha, e 14
citaram investimento próprio por pagamento de mensalidade, por ajuda dos
membros, por venda de produtos relacionados ao projeto, por parte do professor.
Um ponto importante, alguns grupos de SP e RJ recebem
patrocínio externo ou da Universidade, destacamos:
✓Grupo de Foguetes do Rio de
Janeiro (GFRJ) tem apoio financeiro direto da FAPERJ apoio também da UERJ;
✓Projeto Júpiter recebe
apoio financeiro do Fundo patrimonial da Escola Politécnica da USP, além disso,
recebem apoio de mais 15 patrocinadores com concessão de descontos ou doações
em peças, softwares etc;
✓ITA Rocket Design recebe
apoio financeiro direto da FIESP e de uma associação de ex alunos do ITA
(ITAex);
✓FHO Rocket Design relatou
que a Universidade financia a atividade.
Questionamos se as equipes teriam interesse no apoio da
agência espacial brasileira (AEB), mesmo que não financeira, pedimos para
sugerir projetos.
Segue algumas sugestões das equipes.
Os projetos que podem ser divididos em 4 grupos:
✓Projetos de Sondagem: A s
equipes apresentariam projetos de foguetes que seriam utilizados sobrevoando áreas para recolher informações
ou para implantar objetos (uma equipe apresentou proposta de reflorestamento).
✓Projetos de Combustível: As equipes têm interesse no desenvolvimento de
foguetes de propulsão Híbrida e Líquida. Também há equipes interessadas em
apresentar motores que operem com certos combustíveis.
✓Projetos Educacionais:
Levando o conhecimento e o desenvolvimento Aeroespacial pelas Universidades e
pelas instituições de Ensino médio e fundamental, realizando eventos e
palestras, além de oficinas que implementariam a fabricação de foguetes de
baixo custo.
✓Projetos de Lançamento: Que a AEB fornecesse espaço
para as equipes efetuarem lançamento dos seus foguetes, como acesso às bases de
lançamento etc.
Gostaríamos de agradecer a todas as equipes que
participaram voluntariamente da concessão de dados para realização da pesquisa.
É de suma importância que possamos apresentar esses resultados sempre em busca
de melhorar o cenário aeroespacial dentro das Instituições de Ensino e
pesquisa. Se sua equipe gostaria de fazer parte desses números, solicitamos que
preencha o formulário abaixo:
FORMULARIO: https://forms.gle/wVWgTsJE4qSc8fDu5
Parabéns prof. Claus pelo trabalho e ao Duda pela sua divulgação.
ResponderExcluirOlá Prof. Marchi!
ExcluirNão há o que agradecer, não podia deixar de divulgar.
ABS
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Parabéns pela matéria Brazilian Space.
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