Projeto Alfa Crux começa a desenvolver estação de solo que vai fazer rastreamento e controle do nanossatélite

 Olá, leitor!


Segue abaixo uma notícia publicada no site da Agência Espacial Brasileira (AEB) sobre o projeto de um CubeSat em desenvolvimento pela UnB.

Denominado de Projeto Alfa Crux, a ideia é atender as necessidades de missões espaciais civis e/ou militares para o País.

Saudações,

Rui Botelho
(Brazilian Space)


Projeto Alfa Crux começa a desenvolver estação de solo que vai fazer rastreamento e controle do nanossatélitete


Foto: Alfa Crux – Conceito CubeSat 1U - Projeto busca garantir o desenvolvimento técnico-científico e acadêmico, com a geração de conhecimento nos mais diversos campos de aplicação de nanossatélites e avanços tecnológicos da área espacial.

O Projeto Alfa Crux, que consiste em uma missão espacial e desenvolvimento de um sistema de comunicação de pesquisa para a sociedade civil e militar, construído por estudantes da Universidade de Brasília (UnB), avança mais uma etapa e está na fase de aquisição de componentes de solo. A expectativa é que a estrutura e operacionalização da estação de solo para rastreamento e controle do nanossatélte esteja pronta até o início de 2021.
A missão Alfa Crux condiz com tendência mundial da indústria espacial de construção e desenvolvimento de satélites de pequeno porte e, ainda, proporciona que os envolvidos adquiram conhecimentos em tecnologias aeroespaciais. O projeto conta com o apoio da Agência Espacial Brasileira (AEB), autarquia vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), e da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF).
O coordenador de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da AEB, Rodrigo Leonardi, ressaltou que o cenário de CubSats no Brasil está cada vez mais diversificado. “Hoje existem vários projetos e missões de satélites de pequeno porte ocorrendo em diferentes organizações brasileiras, como universidades, institutos de pesquisa, startups e indústria. A AEB apoia iniciativas como essas, pois são importantes na formação de competências para o setor espacial e com grande potencial de oferecer soluções de qualidade para usuários nacionais”, afirmou.
De acordo com o coordenador do Alfa Crux e professor da UnB, Renato Alves Borges, a missão do Alfa Crux foi motivada pelas necessidades de comunicação em banda estreita e pelas necessidades nacionais que são apontadas em documentos estratégicos, como o Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE), que estabelece diretrizes e ações do Programa Espacial Brasileiro e o Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE), para atender às necessidades estratégicas das Forças Armadas e da sociedade brasileira.
Ao falar da importância do projeto, Renato Borges destacou que o Alfa Crux contribui com o fortalecimento e trajetória do Brasil no seguimento de satélites de pequeno porte, além de intensificar a atuação do País no setor espacial. “Esses projetos quebram grandes paradigmas, conseguem executar missões que antes eram desempenhadas por satélites de grande porte e ainda contribuem com a capacitação de profissionais, que no futuro serão os cientistas e pesquisadores responsáveis pela área espacial”, destacou.
Foto: Coordenador do Alfa Crux trabalhando no circuito de simulador de campo magnético terrestre no laboratório da UnB.
A equipe do Projeto Alfa Crux é formada por 14 integrantes, seis professores e oito estudantes dos cursos de Engenharia da UnB. O Projeto Alfa Crux também recebe o apoio da coordenadora do Serpens-1, nanossatélite do Programa “Sistema Espacial para Realização de Pesquisa e Experimentos com Nanossatélites”, Chantal Capeletti.
Após a operacionalização da estação de solo, o coordenador do projeto prevê o desenvolvimento de tecnologias de controle de atitude de pequenos satélites por atuação magnética, ou seja, estudar, implementar e validar, no simulador de pequenos satélites desenvolvido no Laboratório de Simulação e Controle de Sistemas Aeroespaciais da UnB, algoritmos de determinação e controle de atitude, assim como aquisição e testes de hardware. A expectativa é que o lançamento do nanossatélite seja realizado no final de 2021.
O lançamento será em órbita baixa, possivelmente órbita heliossíncrona com altitude de 500 km, sendo equipado com dispositivos eletrônicos para comunicação na banda UHF, controle e gerenciamento de dados, e sistema de potência.
Desde a idealização do projeto foram produzidos seis artigos científicos, além de uma defesa de mestrado de um membro da equipe, e diversas ações de divulgação, como mesas redondas. A análise da missão Alfa Crux já obteve divulgação nacional e internacional em reuniões e organizações científicas, proporcionando a iteração do grupo com diversos setores da sociedade e academia.

Acordo de cooperação técnica

A AEB assinou, no dia 13 de agosto de 2019, o memorando de entendimento com a UnB e a FAPDF, que estabelece a cooperação técnica e desenvolvimento do projeto Alfa Crux.  O memorando de entendimento foi assinado pelo presidente da AEB, Carlos Moura, a reitora da UnB, Márcia Abrahão e o presidente da FAPDF, na época, Alexandre André dos Santos.

Sobre a AEB

A Agência Espacial Brasileira é uma autarquia vinculada ao MCTI, responsável por formular, coordenar e executar a Política Espacial Brasileira. Desde a sua criação, em 10 de fevereiro de 1994, a Agência trabalha para viabilizar os esforços do Estado Brasileiro na promoção do bem-estar da sociedade, por meio do emprego soberano do setor espacial.

Coordenação de Comunicação Social - CCS


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