Robótica de Enxame: Robôs Unidos Jamais Serão Vencidos
Olá leitor!
Segue abaixo uma interessante nota postada hoje (22/05)
no site “Inovação Tecnológica” destacando que uma equipe de pesquisadores da “Universidade
do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)” está trabalhando no desenvolvimento da
tecnologia conhecida como “Robótica de Enxame”, que consiste no desenvolvimento
de robôs pequenos e simples para agirem em conjunto com objetivo de realizar
tarefas complexas em diversas áreas, inclusive nas áreas espacial e astronômica.
Duda Falcão
Robótica
Robótica de Enxame: Robôs Unidos
Jamais Serão Vencidos
Com informações da FAPERJ
22/05/2012
Os Kilobots representam uma plataforma barata e simples para o teste de comportamentos colaborativos e sincronizados em grandes enxames de robôs capazes de agir socialmente [Imagem: Michael Rubenstein |
Ação Grupal
Inspirada nas características de insetos que vivem em
grupos, como as abelhas e as formigas, a chamada "robótica de enxame"
trabalha com robôs pequenos e simples, que agem em conjunto para realizar
tarefas complexas.
Essas tarefas podem ser participar de um jogo de futebol
de robôs, por exemplo. Mas, no futuro, também poderão consistir em coletar
contaminantes químicos ou radioativos, partícula por partícula, depositando-os
em local seguro.
A equipe da pesquisadora Nadia Nedjah, da Universidade do
Estado do Rio de Janeiro (UERJ), está aprimorando esta tecnologia.
Para explicar seu trabalho, ele recorre ao exemplo das
formigas que, embora não tenham um cérebro muito desenvolvido, não sendo
individualmente muito inteligentes, nem tenham uma boa visão, conseguem
realizar trabalhos complexos, como encontrar e usar o menor caminho do ninho à
comida ou a construção de pontes vivas.
"Para isso, as formigas interagem entre si e com o
ambiente ao redor", explica Nadia.
Inteligência Coletiva
Essa "inteligência de enxame" - ou de bando, ou
de colônia - emprega o mesmo princípio para descobrir soluções inovadoras para
problemas do dia-a-dia: "Trouxemos esta adaptação para a inteligência artificial", diz a pesquisadora.
Assim, o grupo não está tão interessado no hardware, mas
na inteligência coletiva que pode emergir da atuação conjunta dos robôs.
Para isso, o grupo, que conta também com pesquisadores da
UFRJ e da UFRRJ, desenvolve cálculos matemáticos, ou algoritmos, para
determinar a ação dos robôs, considerando o ambiente externo e a tarefa a ser
executada.
Esses algoritmos servem para criar programas que,
inseridos nos robôs, passam a determinar sua atuação.
Dotados com diferentes tipos de sensores, os robôs são capazes de avisar quando encontram o
que procuram - partículas contaminadas, sobreviventes sob escombros etc. - e só
param a busca quando alcançam seu objetivo - ou quando acaba sua bateria.
Os pesquisadores brasileiros querem dar
inteligência também aos
[Imagem: Harvard
Microrobotics Lab]
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Robôs em
Equipe
Uma das
grandes vantagens da robótica de enxame é que não é necessário controle remoto
nem nenhum tipo de comando centralizado: os programas criados controlam todas
as ações do grupo de robôs, que trocam
informações para minimizar o trabalho.
"Dependendo
da situação, podemos fazer com que os robôs andem em fila, se locomovam como em
um cardume de peixes, ou se dividam em grupos para atuar em tarefas diferentes,
mas colaborando entre si e se harmonizando para uma única finalidade. Alguns
algoritmos permitem que os robôs formem uma ponte, assim como as formigas fazem
para atravessar um terreno acidentado, com buracos maiores do que elas", explica.
A pesquisadora
ainda ressalta que a equipe está trabalhando para criar situações em que as
máquinas redistribuam suas tarefas no caso em que um dos robôs venha a falhar
no meio de uma missão.
Diversos
testes já foram realizados em laboratório, todos eles bem-sucedidos. Entre
eles, encontrar focos de contaminação radioativa em uma sala - simulados por
pontos de luz - ou realizar seleção e separação de lixo.
No primeiro
caso, os robôs foram programados para parar somente depois de encontrarem os
focos luminosos; no segundo, os robôs foram munidos de sensores para
identificar diferentes tipos de lixo, como o papelão, e programados para
separá-los do resto.
Os enxames de robôs marinhos estão sendo
projetados para fazer
ciência ou para
encontrar caixas-pretas de aviões
que caiam no mar. [Imagem:
SIO]
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Robôs Voadores
A equipe está
começando agora a criar algoritmos para um tipo diferente de máquina: os robôs
voadores.
"Poderíamos
aplicar essas máquinas para a supervisão de desmatamento em grandes áreas, como
a Amazônia. Os robôs sobrevoariam um local específico e, ao avistar áreas
desmatadas, avisariam uns aos outros até que a informação chegasse ao
computador [central] que estivesse monitorando a tarefa", explica.
De acordo com
a pesquisadora, outras possibilidades de aplicação da robótica de enxame
incluem o mapeamento de locais de difícil acesso, a ajuda para detectar o
transporte de substâncias proibidas em bagagens em aeroportos, e futuras
explorações de outros planetas.
"Vamos
continuar trabalhando no desenvolvimento da inteligência de enxame até que
possamos colocá-la em prática. Tudo isso vai ajudar muito nas situações mais
difíceis de nosso cotidiano", finaliza.
Fonte: Site Inovação Tecnológica
Comentário: Não tinha conhecimento que brasileiros vinham trabalhando nessa tecnologia no país, e da mesma forma, acredito que muitas pessoas e pesquisadores espalhados através do Brasil também não. A divulgação que pesquisadores da UERJ vem trabalhando nessa tecnologia pode despertar o interesse de parcerias entre essa equipe da UERJ com outras equipes brasileiras onde essa tecnologia possa ser útil em seus projetos, e ai estão incluídos pesquisadores envolvidos com as atividades astronômicas e espaciais brasileiras e suas instituições.
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