ACS, um Projeto Desastroso para o Brasil

Olá leitor!

A Associação Aeroespacial Brasileira (AAB), da qual sou associado, vem realizando desde 30 de junho workshops sobre o Programa Espacial Brasileiro (o próximo ocorrerá hoje (24/11). Veja a nota: “AAB Divulga Programação do Quarto Workshop Sobre o PEB”).

Em seu segundo workshop direcionado ao “Acesso a Espaço”, ocorrido em 15/09, os profissionais reunidos chegaram a duas principais conclusões que eu resumo abaixo:

* A Alcântara Cyclone Space (ACS) não possui sustentabilidade econômica como uma empresa no mercado internacional de serviços de lançamento de satélites; o Governo brasileiro terá que continuar a arcar com os seus custos operacionais após a implantação da infra-estrutura. Há ainda grandes incertezas técnicas, operacionais e de segurança quanto à viabilidade de sua implantação.

* Há necessidade urgente de uma estratégia e de um planejamento nacional para um programa de desenvolvimento de lançadores que considere as diferentes iniciativas em andamento pelo setor civil e militar. Caso isto não seja feito haverá considerável desperdício de recursos públicos orçamentários e humanos nos próximos anos e por um longo prazo.

Caso o leitor queira conhecer todas as conclusões desse workshop clique aqui.

Abaixo, trago também para você as apresentações de três dos palestrantes participantes desse evento:

IAE - Programas e Projetos de Foguetes Suborbitais e Lançadores de Satélites - Brig Eng Francisco Carlos Melo Pantoja (IAE/Diretor)

ACS - Ciclone IV & Parceria com NSAU/Yuzhnoye/Yuzhmash - Wagner Santilli (ACS/ Gerente de Relações Institucionais) e Carlos A. T. Moura (ACS/ Vice-Diretor Técnico)

Visão Empresarial para o Acesso ao Espaço no Brasil - José Carlos Argolo (SYGMA/ Diretor)

Para nós do blog "BRAZILIAN SPACE" a opção apresentada pelo diretor da SYGMA só vem aumentar ainda mais a 'falta de foco', quando os esforços deveriam estar sendo concentrados em torno do acordo já em vigor com os russos.

Já com relação a ACS, em nossa opinião é preciso que o Ministério Público Federal (MPF) se mexa para impedir a concretização desse acordo antes que o pejuizo financeiro seja ainda maior ou que venha envolver algum acidente. A comunidade cientifica do país atuante na área é contra esse acordo por considerá-lo danoso, arriscado e sem atrativos para nossa sociedade, e caso venha acontecer algo de grave, vocês serão os responsavéis, e as instituições juridicas desse pais terão de se movimentar para colocar na cadeia todos os envolvidos, sejam presidentes, ministros e servidores que apoiam ou em algum momento apoiaram esse desastroso acordo.

Duda Falcão


Fonte: Associação Aeroespacial Brasileira (AAB)

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