ANATEL Aprova Faixa de Freqüências para Sat. Ambientais
Olá leitor!
Segue abaixo mais uma notícia postada dia (27/01) no site da “Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL)” destacando que a agência aprovou a destinação da faixa de radiofreqüências de 26,55 GHz a 26,85 GHz ao Serviço Limitado Privado (SLP) em aplicações de exploração da Terra por satélite.
Duda Falcão
Agência Aprova Destinação de Faixa de
Freqüências para Satélites Ambientais
27 de janeiro de 2011
O Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) aprovou hoje a destinação da faixa de radiofreqüências de 26,55 GHz a 26,85 GHz ao Serviço Limitado Privado (SLP) em aplicações de exploração da Terra por satélite, para viabilizar a operação do Sistema NPOESS no País. As informações oferecidas pelo Sistema e disponibilizadas ao Brasil serão úteis para monitorar dados climáticos e meteorológicos, possibilitando às autoridades tomar ações de forma a evitar os efeitos de catástrofes naturais como as ocorridas recentemente no Brasil.
O Projeto NPOESS (National Polar-Orbiting Operational Environmental Satellite System) utiliza a nova geração de satélites ambientais de órbita polar dos Estados Unidos e foi desenvolvido para prover capacidade operacional de sensoriamento remoto a fim de obter, armazenar e disseminar dados meteorológicos, climáticos, terrestres, oceanográficos e geofísico-solares específicos aos centros de processamento de imagens global e regional.
O Sistema pertence à NOAA (National Oceanic & Atmospheric Administration), do Departamento de Comércio do governo dos Estados Unidos. O receptor no Brasil será operado pela Raytheon Espectro Serviços de Telecomunicações Ltda em colaboração com o INPE (Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais).
Atualmente, existe acordo entre INPE e NOAA com validade por 10 anos, podendo ser renovado, para acesso aos dados coletados pelo NOAA. O escopo do acordo compreende o compartilhamento de dados ambientais e produtos, a análise e disseminação de dados ambientais, a cooperação e utilização de infra-estrutura e o desenvolvimento de aplicações e pesquisa científica.
O Sistema prevê, inicialmente, a utilização de dois satélites NPOESS mais dois satélites por meio de cooperação internacional com a Europa e Japão. O primeiro satélite NPOESS tem lançamento previsto para 2014. Os satélites europeu e japonês já se encontram em órbita.
O projeto é composto por diversos receptores distribuídos globalmente (16 receptores em 15 localidades). Os dados são recebidos automaticamente e direcionados dos receptores para as centrais de alto desempenho. Após processados, os dados obtidos serão disponibilizados para a comunidade internacional de meteorologistas, cientistas e pesquisadores.
Os estudos sugeriram a localização de uma das estações no Brasil e, em discussões com a ANATEL, foi promovida a localização da estação em Euzébio (Ceará), em centro de pesquisa do INPE, que conta com estação de radiomonitoragem da Agência, devido à alta disponibilidade de dados e baixa latência exigidos pelo sistema. De acordo com os estudos, "a estação no Brasil fornecerá cobertura sobre a área do Oceano Atlântico, onde os furacões costumam se formar, e provê a melhor conectividade a partir do Nordeste do Brasil, cuja capacidade atenda aos valores de latência de dados exigidos".
O Sistema NPOESS se propõe a trazer informações para as seguintes áreas:
* monitoramento de tempestades e planejamento mais eficaz de evacuações;
* monitoramento da qualidade do ar, com observação da poluição em áreas urbanas e de partículas decorrentes de incêndios;
* monitoramento de ozônio, a fim de atender os requisitos do Protocolo de Montreal;
* suporte ambiental à agricultura;
* indústria de pesca e transporte marítimo (cor e temperatura do oceano, altura das ondas, medidas atmosféricas sobre o mar);
* observação ambiental, com medidas de áreas de seca e de precipitação e de vegetação;
* preservação de ecossistemas.
Durante o processo de elaboração da proposta de regulamentação, ficou assegurado o acesso dos dados do sistema pelo INPE, Marinha do Brasil e demais membros da comunidade científica brasileira.
Fonte: Site da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL)
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