Brasil Voltará a Ter Imagens Rápidas para Meteorologia
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria publicada hoje (06/03) no jornal “O Estado de São Paulo” destacando que o Brasil voltará a ter imagens rápidas para meteorologia a partir de abril.
Duda Falcão
País Voltará a Ter Imagens Rápidas para Meteorologia
Herton Escobar
06/03/2010
Após três meses tendo de se contentar com imagens de satélite a cada 30 minutos, a meteorologia brasileira voltará a receber imagens do espaço com periodicidade máxima de 15 minutos, graças ao lançamento de um novo satélite americano. O aparelho GOES 15 entrou em órbita na noite de anteontem, o que permitirá deslocar um satélite mais antigo, o GOES 12, para observação exclusiva da América do Sul.
Os serviços de previsão e monitoramento do tempo no Brasil estão vulneráveis desde o início de dezembro, quando o GOES 10, que prestava serviços para esta parte do continente, foi desativado. Sobrou para o GOES 12 observar os dois hemisférios. Com isso, a periodicidade das imagens dobrou de 15 para 30 minutos, com risco de chegar a 3 horas, no caso de eventos climáticos extremos na América do Norte.
A expectativa é de que em abril o GOES 12 passe a olhar só para o Sul. "É uma situação mais confortável, mas é um satélite que já venceu sua vida útil, então não sabemos quanto tempo poderemos contar com ele", avisa Carlos Frederico de Angelis, do INPE. O Brasil não tem satélite meteorológico próprio.
Fonte: Jornal O Estado de São Paulo - 06/03/2010
Comentário: Um alivio para o país e para os gestores da AEB/MCT/INPE e do governo, que por falta de competência permitiram que isso acontecesse. No entanto, ainda é uma situação paliativa e que só em abril voltará ao normal. Na realidade o governo brasileiro e seus órgãos precisam é deixar de chororó pelos jornais e meios de comunicação do país e meter a mão na massa. O Brasil precisa urgentemente de um satélite meteorológico, um satélite geoestacionário de telecomunicações civis e militares e mais satélites de coletas de dados para atender o surrado “Sistema Brasileiro de Coleta de Dados” que ainda hoje é atendido pelos velhos satélites SCD-1 e 2, desenvolvidos que foram na época da antiga Missão Espacial Completa Brasileira (MECB) nos anos 80 e 90.
Comentários totalmente desnecessários!!!
ResponderExcluirSaber as condições atmosféricas na América do Sul é estratégico para a economia americana, uma vez que Argentina e Brasil são um dos maiores produtores de grãos do mundo, afetando as cotações em Chicago quando ocorre algo positivo ou negativo em termos de clima para nossos produtores. O USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) depende de dados meteorológicos para emitir relatórios sobre a produção de grãos ao redor do mundo. Vão eles ficar sem imagens de satélite da América do Sul ?
O que é fato:
(1) O satélite GOES-10 FOI desativado.
(2) As imagens foram substituídas pelo satélite GOES-12.
(3) A diferença é que as imagens do GOES-12 são de 30 em 30 minutos e não mais 15
em 15, o que, sinceramente, não faz muita diferença num país como o Brasil que tem boa cobertura de radares meteorológicos.
(4) A órbita do GOES-12 é mais alta que o do GOES-10.
(5) Mesmo se houver problema com todos os satélites americanos, ainda existem os satélites da ESA (Eumetsat) em outra órbita.
(6) Se houver problema com o GOES-12, existe o satélite de back-up (Noaa-17)
(7) Os únicos países que operam satélite meteorológico são os Estados Unidos, Japão, China, Russia e a Europa em um tudo(ESA).
Síntese: Não perdemos cobertura de satélite e não haverá (e não houve) prejuízo à previsão do tempo, hoje fundamentalmente realizada com modelos matemáticos.
Olá Dona. Ivone Abrantes
ResponderExcluirAgradeço pela sua pronta intervenção, mas me permita discordar das suas colocações quando diz que os meus comentários foram desnecessários.
Vejamos então:
1 - O satélite GOES-10 FOI desativado. R: Bem dona Ivone, evidentemente isso ocorreria mais cedo ou mais tarde e o que acontece é que a AEB/MCT/INPE não se planejou adequadamente para quando isso ocorresse.
2 - As imagens foram substituídas pelo satélite GOES-12. R: É verdade que elas foram Dona Ivone, mas antes disso acontecer o país passou por perda da qualidade de informações nos parâmetros anteriores justamente por falta de um planejamento adequado.
3 - A diferença é que as imagens do GOES-12 são de 30 em 30 minutos e não mais 15 em 15, o que, sinceramente, não faz muita diferença num país como o Brasil que tem boa cobertura de radares meteorológicos. R: Bem dona Ivone, se não fizesse tanta diferença assim como à senhora diz o próprio INPE não demonstraria preocupação em buscar soluções como divulgado pela mídia e pelo próprio instituto.
4 - A órbita do GOES-12 é mais alta que o do GOES-10. R: Quanto a isso Dona Ivone eu não sou um técnico e, portanto não entendo que a senhora quis dizer com isso e conseqüente me reservo o direito de não opinar.
5 - Mesmo se houver problema com todos os satélites americanos, ainda existem os satélites da ESA (Eumetsat) em outra órbita. R: E já existe um acordo com europeus para isso dona Ivone? Se não existe se levaria um tempo para que esse acordo fosse estabelecido, o que fatalmente deixaria o país por um tempo descoberto demonstrando uma vez mais a falta de planejamento adequado.
6 - Se houver problema com o GOES-12, existe o satélite de back-up (Noaa-17). R: Se havia essa opção Dona Ivone, porque a mesma não foi utilizada desde o inicio ou mesmo planejada para ser usada quando do encerramento da vida útil do GOES 10? Parece-me que a resposta é óbvia.
7 - Os únicos países que operam satélite meteorológico são os Estados Unidos, Japão, China, Rússia e a Europa em um tudo (ESA). R: Bom Dona Ivone, se a senhora notar todos países (com exceção do Japão e esse por razões obvias) que a senhora citou são países grandes e os países da Europa que formam um continente. Todos eles padecem de climas extremos e conseqüentemente necessitam de uma melhor monitoramento meteorológico. No entanto, o nosso país também é grande (continental), tem realmente um clima mais ameno, mas mesmo assim precisa ser monitorado e a senhora há de convir que se tivéssemos nosso próprio satélite não estaríamos aqui discutindo com opiniões distintas, né verdade?
Síntese: Não perdemos cobertura de satélite e não haverá (e não houve) prejuízo à previsão do tempo, hoje fundamentalmente realizada com modelos matemáticos. R: Quanto a sua síntese Dona Ivone, perdoe-me discordar novamente, mais houve sim certo prejuízo e o mesmo foi reconhecido pelo próprio Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/CPTEC), inclusive cobrando do governo maiores investimentos para o desenvolvimento de um satélite meteorológico brasileiro.
No mais agradeço pela sua intervenção
Atenciosamente,
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)