Deputado Acha Que Modelo do PEB é Esquizofrênico


Olá leitor!

Segue abaixo uma notícia postada ontem (23/03) no site do “Jornal da Ciência” da SBPC destacando que segundo o deputado "Rodrigo Rollemberg" o Programa Espacial Brasileiro tem modelo organizacional “Esquizofrênico”.

Duda Falcão

Programa Espacial Brasileiro Tem Modelo
Organizacional "Esquizofrênico", Diz Deputado

Marcelo Medeiros,
do Jornal da Ciência
23/03/2010


Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), relator do Conselho de Altos Estudos para o Programa Espacial Brasileiro da Câmara dos Deputados, acredita que solução é transformar a iniciativa em política de Estado.

Em chat promovido pelo programa E-Democracia da Câmara na segunda-feira (22/3), o deputado Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), criticou o Programa Espacial Brasileiro, que, para ele, possui modelo organizacional "um tanto esquizofrênico". Rollemberg é relator de estudo que a Câmara prepara sobre o tema. O lançamento do trabalho está previsto para o fim de junho.

Para Rollemberg (PSB-DF), a pesquisa espacial brasileira não é vista com o "magnetismo" que a caracteriza em outros países. Ou seja, carece de investimentos, visão estratégica e de paixão pela ciência e pelo desenvolvimento de tecnologias.

Segundo o deputado, a característica é decorrência de um modelo que não possui coordenação política, planejamento e recursos. "É como se estivesse esvaziada de sua alma, longe do seu ímpeto, sem motivação. Está relegada a uma política de segunda grandeza, feita nos gabinetes burocráticos e com base em ritos e normas limitantes", afirmou na sala de bate-papo da Câmara.

Ainda de acordo com Rollemberg, o governo deveria encarar o programa espacial como política de Estado e não como política pública para que ela se tornasse mais duradoura e estruturante. O deputado afirma que o estudo da Câmara, inclusive, enfocará essa necessidade.

Uma das alternativas para se alcançar o objetivo seria levar a Agência Espacial Brasileira (AEB) para a esfera da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Atualmente a AEB está subordinada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).

Representantes de agências e institutos diretamente envolvidos com o programa espacial também participaram do debate. Segundo Thyrso Vilela, diretor de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento da AEB, o desafio do Brasil para desenvolver o setor é aumentar a quantidade de cientistas e engenheiros trabalhando em projetos estratégicos. Segundo ele, a mão de obra atuante no país é qualificada, mas pequena.

A análise é corroborada por Acioli Antônio de Olivo, pesquisador titular do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). "Nossa capacidade está no limite", diz o cientista, para quem seriam necessárias cerca de 500 contratações para que o instituto funcionasse a contento.

O bate-papo faz parte das preparações do estudo a ser lançado pela Câmara dos Deputados até o fim do primeiro semestre. O trabalho conta com a colaboração de cientistas e políticos envolvidos no programa espacial brasileiro e pretende, segundo Rollemberg, fazer um diagnóstico do atual quadro de políticas voltadas para o lançamento e desenvolvimento de foguetes e satélites no Brasil.

Serão analisados aspectos institucionais, orçamentários, econômicos, ambientais, de formação de recursos humanos e de segurança nacional. Haverá ainda artigos de especialistas.


Fonte: Site do Jornal da Ciência da SBPC

Comentário; Sinceramente torço que este estudo do Conselho de Altos Estudos da Câmara venha não só identificar todos os problemas do PEB, mais principalmente servir como um ponto de apoio para uma verdadeira e grande revolução em prol do programa, mas confesso que tenho cá a minhas dúvidas, pois apesar do grande esforço do deputado Rodrigo Rollemberg, a ignorância vigente da classe política e da sociedade como um todo podem tornar-se uma barreira intransponível. Vamos aguardar.

Comentários

  1. Creio que o estado deve assumir o programa espacial brasileiro, porém sem politicos, tipo como a embraer começou...colocou o partido no meio, já nao vai prestar, infelizmente

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  2. Pois é Benito,

    Você está certo, não se pode colocar políticos em cargos de gestão tecnológica. No entanto, o problema do PEB é bem mais complexo e envolve diversos entraves e este é apenas um deles.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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