O Brasil Dobra Seu Acesso ao Observatório Gemini
Olá leitor!
Segue abaixo um artigo publicado no informativo “LNA em Dia” (núm. 11 de 23/02/2010) do Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA) destacando que o Brasil dobrou seu acesso observacional no Observatório Gemini.
Duda Falcão
O Brasil Dobra Seu Acesso
ao Observatório Gemini
Albert Bruch (*)
A participação brasileira no Observatório Gemini teve muito sucesso, tanto no que se refere a quantidade (numero de publicações) quanto a qualidade (numero de citações) da produção cientifica dos astrônomos brasileiros com base em dados obtidos nos telescópios do Gemini.
Mesmo assim, a pequena fração de tempo disponível (2,32%, descontando-se ainda tempo proporcional para o Gemini staff, Director's Discrecionary Time e tempo para engenharia e manutenção) impõe limitações sérias ao escopo dos programas observacionais realizados pelo Brasil. O tamanho das missões ficou limitado em poucas horas, o que torna inviável programas que precisam de observações de mais do que apenas um numero muito pequeno de alvos. Alem disso, a comunidade brasileira não pode aproveitar dos convênios do Gemini com os Observatórios Keck e Subaru para uma troca de tempo nos respectivos telescópios, uma vez que essa troca sempre dar-se-ia por noites inteiras.
Considerando as limitações mencionadas, existe uma alta demanda para o Brasil aumentar seu acesso aos telescópios do Gemini que culminou em, pelo menos, três manifestações concretas por parte da comunidade brasileira e seus representantes:
1. Em um evento especifico para discutir assuntos da participação brasileira no consorcio Gemini, realizado no contexto da XXXIV Reunião Anual da Sociedade Astronômica Brasileira, em 11 de setembro de 2008, os participantes apoiaram, em sua grande maioria, uma iniciativa para aumentar a participação brasileira no Gemini e encarregaram o LNA de tomar as medidas cabíveis para esse fim.
2. O Instituto Nacional de C&T de Astrofísica – INCT-A reúne cerca de um terço de toda a comunidade astronômica brasileira, inclusive quase todos os pesquisadores 1A do CNPq. Na sua reunião de 26 de maio de 2009, o Conselho Cientifico do INCT-A votou unanimemente uma resolução a favor de dobrar a cota brasileira no Gemini.
3.O Conselho Técnico-Científico – CTC do LNA, em reunião de 18 de junho de 2009, tratou do assunto da participação brasileira no Gemini e também votou unanimemente uma resolução com o mesmo teor.
Mesmo assim, a pequena fração de tempo disponível (2,32%, descontando-se ainda tempo proporcional para o Gemini staff, Director's Discrecionary Time e tempo para engenharia e manutenção) impõe limitações sérias ao escopo dos programas observacionais realizados pelo Brasil. O tamanho das missões ficou limitado em poucas horas, o que torna inviável programas que precisam de observações de mais do que apenas um numero muito pequeno de alvos. Alem disso, a comunidade brasileira não pode aproveitar dos convênios do Gemini com os Observatórios Keck e Subaru para uma troca de tempo nos respectivos telescópios, uma vez que essa troca sempre dar-se-ia por noites inteiras.
Considerando as limitações mencionadas, existe uma alta demanda para o Brasil aumentar seu acesso aos telescópios do Gemini que culminou em, pelo menos, três manifestações concretas por parte da comunidade brasileira e seus representantes:
1. Em um evento especifico para discutir assuntos da participação brasileira no consorcio Gemini, realizado no contexto da XXXIV Reunião Anual da Sociedade Astronômica Brasileira, em 11 de setembro de 2008, os participantes apoiaram, em sua grande maioria, uma iniciativa para aumentar a participação brasileira no Gemini e encarregaram o LNA de tomar as medidas cabíveis para esse fim.
2. O Instituto Nacional de C&T de Astrofísica – INCT-A reúne cerca de um terço de toda a comunidade astronômica brasileira, inclusive quase todos os pesquisadores 1A do CNPq. Na sua reunião de 26 de maio de 2009, o Conselho Cientifico do INCT-A votou unanimemente uma resolução a favor de dobrar a cota brasileira no Gemini.
3.O Conselho Técnico-Científico – CTC do LNA, em reunião de 18 de junho de 2009, tratou do assunto da participação brasileira no Gemini e também votou unanimemente uma resolução com o mesmo teor.
Figura 1 - O telescópio Gemini
Ao mesmo tempo o Reino Unido, parceiro do Gemini, sinalizou sua intenção para diminuir seu engajamento no Observatório e ofereceu aos outros parceiros uma parte do seu tempo observacional. Portanto, surgiu a oportunidade real, senão para ampliar a cota formal do Brasil ao Gemini, mas para adquirir tempo adicional, garantindo um maior acesso da comunidade aos telescópios.
Munido com as estatísticas sobre o sucesso da participação brasileira no Gemini, com as manifestações da comunidade sobre seu desejo de ampliar seu acesso, e com a oferta do Reino Unido para cessar parte do seu tempo, o LNA se dirigiu ao MCT para sondar sua disposição para entrar em acordo com o Science and Technology Facility Council – STFC (órgão responsável no Reino Unido em gerenciar sua participação no Gemini) sobre a aquisição de tempo de telescópio. Os argumentos apresentados levaram o MCT a concordar, dando, desta forma, luz verde para o LNA entrar em negociações concretas com o STFC.
Essas conversas resultaram em um acordo entre a União e o STFC que foi assinado pelo Ministro de Estado da Ciência e Tecnologia, Sergio Machado Rezende, no dia 4 de fevereiro, e que será gerenciado pelo LNA. O contrato surtirá efeitos a partir do semestre 2010B e prevê que o SFTC ceda para o Brasil 70 horas do seu tempo de telescópio, atribuído pelo Gemini (i.e., tempo bruto, sujeito a descontos para o tempo do Gemini Staff, Director's Discrecionary Time e tempo de engenharia e manutenção), em cada semestre ate o semestre 2012B. Em principio, esse tempo fica igualmente distribuído entre os telescópios Gemini Norte e Sul. Entretanto, o acordo tem a flexibilidade de permitir uma distribuição diferente e também de alterar o numero total de horas disponibilizadas para o Brasil, caso seja conveniente.
Desta forma, o LNA pode oferecer aos astrônomos brasileiros no futuro mais do que o dobro do tempo no Gemini do que nos anos anteriores. A Comissão Nacional de Programas do Gemini irá revogar qualquer limitação referente ao tempo máximo para missões no Gemini impostos anteriormente. Alem disso, propostas para aproveitar os acordos de troca de tempo entre o Gemini e os Observatorios Keck e Subaru sao encorajadas. A chamada para propostas para o semestre 2010B será emitida no inicio de marco. Pensem em projetos, e pensem grande!
O LNA se orgulha de ter tido mais uma vez sucesso em ampliar o acesso da sua comunidade de usuários a telescópios competitivos!
Munido com as estatísticas sobre o sucesso da participação brasileira no Gemini, com as manifestações da comunidade sobre seu desejo de ampliar seu acesso, e com a oferta do Reino Unido para cessar parte do seu tempo, o LNA se dirigiu ao MCT para sondar sua disposição para entrar em acordo com o Science and Technology Facility Council – STFC (órgão responsável no Reino Unido em gerenciar sua participação no Gemini) sobre a aquisição de tempo de telescópio. Os argumentos apresentados levaram o MCT a concordar, dando, desta forma, luz verde para o LNA entrar em negociações concretas com o STFC.
Essas conversas resultaram em um acordo entre a União e o STFC que foi assinado pelo Ministro de Estado da Ciência e Tecnologia, Sergio Machado Rezende, no dia 4 de fevereiro, e que será gerenciado pelo LNA. O contrato surtirá efeitos a partir do semestre 2010B e prevê que o SFTC ceda para o Brasil 70 horas do seu tempo de telescópio, atribuído pelo Gemini (i.e., tempo bruto, sujeito a descontos para o tempo do Gemini Staff, Director's Discrecionary Time e tempo de engenharia e manutenção), em cada semestre ate o semestre 2012B. Em principio, esse tempo fica igualmente distribuído entre os telescópios Gemini Norte e Sul. Entretanto, o acordo tem a flexibilidade de permitir uma distribuição diferente e também de alterar o numero total de horas disponibilizadas para o Brasil, caso seja conveniente.
Desta forma, o LNA pode oferecer aos astrônomos brasileiros no futuro mais do que o dobro do tempo no Gemini do que nos anos anteriores. A Comissão Nacional de Programas do Gemini irá revogar qualquer limitação referente ao tempo máximo para missões no Gemini impostos anteriormente. Alem disso, propostas para aproveitar os acordos de troca de tempo entre o Gemini e os Observatorios Keck e Subaru sao encorajadas. A chamada para propostas para o semestre 2010B será emitida no inicio de marco. Pensem em projetos, e pensem grande!
O LNA se orgulha de ter tido mais uma vez sucesso em ampliar o acesso da sua comunidade de usuários a telescópios competitivos!
Figura 2 - O aumento do acesso ao Observatorio Gemini
permitira maior proveito da comunidade brasileira nos
convenios com os Observatorios Keck e Subaru
* Albert Bruch é Diretor do LNA
Fonte: Informativo “LNA em Dia” do LNA - num. 11 - págs. 03 e 04 - 23/02/2010
Comentário: Como são extraordinários os profissionais da astronomia no Brasil, bem diferente dos pseudos administradores que militam nos bastidores do Programa Espacial Brasileiro. Esses profissionais da astronomia correm atrás, lutam, batalham, matam um boi por dia e fazem as coisas acontecerem, já a galera do PEB ficam a chorar através de artigos da vida publicados nos melhores jornais do país as suas incompetências. Não é por acaso que a astronomia brasileira vem se desenvolvendo a passos largos nos últimos anos e já o PEB... Já dizia Geraldo Vandré sabiamente no final dos anos 60: “Vem Vamos Embora que Esperar não é Saber, Quem Sabe, Faz a Hora, não Espera Acontecer”. Parabéns aos astrônomos brasileiros pela competência demonstrada em todos os níveis.
Fonte: Informativo “LNA em Dia” do LNA - num. 11 - págs. 03 e 04 - 23/02/2010
Comentário: Como são extraordinários os profissionais da astronomia no Brasil, bem diferente dos pseudos administradores que militam nos bastidores do Programa Espacial Brasileiro. Esses profissionais da astronomia correm atrás, lutam, batalham, matam um boi por dia e fazem as coisas acontecerem, já a galera do PEB ficam a chorar através de artigos da vida publicados nos melhores jornais do país as suas incompetências. Não é por acaso que a astronomia brasileira vem se desenvolvendo a passos largos nos últimos anos e já o PEB... Já dizia Geraldo Vandré sabiamente no final dos anos 60: “Vem Vamos Embora que Esperar não é Saber, Quem Sabe, Faz a Hora, não Espera Acontecer”. Parabéns aos astrônomos brasileiros pela competência demonstrada em todos os níveis.
Não consigo entender, os americanos trouxeram da alemanha nazista apos a segunda guerra mundial, os fisocos e cientistas alemães bem como os russos, e desenvolveram sua industria espacial..o brasil à 40 anos tem sua barreira do inferno,cta..etc.Porem se somarmos todo dinheiro investido desde essa epoca, ano à apos ano..com certeza, teria sido o suficiente para colocarmos pelo menos um foguete ao espaço, é uma vergonha de todos nos, não só dos governantes, somos todos responsaveis
ResponderExcluirOlá Benito,
ResponderExcluirNa realidade amigo o PEB completará 50 anos em 2011, ou seja, é o quarto (Rússia, EUA e França nesta ordem) mais antigo do mundo. Mas permita-me discordar de você, pois a culpa é exclusiva do governo. O Programa Espacial Brasileiro nasceu em 1961 da visão de militares da Força Aérea Brasileira que sonhavam inicialmente em produzir mísseis de longo alcance no país para uso militar. Durante os anos subseqüentes o mesmo foi tomando forma e se desenvolveu até por volta de 1985 com razoável apoio dos governos militares. A partir daí com uma pequena exceção no governo do presidente Sarney os recursos do programa espacial foram diminuindo até chegar ao patamar de R$ 30 milhões (para você ter um idéia só o orçamento aprovado este ano para programa do VLS-1 é de R$ 32 milhões) no primeiro governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. A partir do acidente com o VLS em 2003 em Alcântara, ocorrido ainda primeiro governo do presidente LULA, estes recursos vem aumentando chegando a R$ 415 milhões no ano passado e diminuído este ano para R$ 393 milhões.
Acontece Benito que os problemas do PEB não se resumem tão somente a falta de recursos adequados durante este período de 50 anos de existência. Somam-se ai a incompetência gerencial, ingerência política, apadrinhamento político, regras de licitação incompatíveis com o setor, falta de foco, falta de recursos humanos, falta de apoio político e tantos outros problemas que daria para escrever um jornal.
Já quanto à culpa da população brasileira, perdoe-me discordar uma vez mais amigo, já que não se pode atribuir a culpa a pessoas que não tem a mínima idéia dos benefícios gerados por um programa espacial e muito menos o que seja isto, devido à ignorância de grande parte de nossa sociedade.
Forte abraço
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
No sentido obvio subliminar de que votamos no que é possivel votar(ou seja nos candidatos possíveis)
ResponderExcluirMUITO OBRIGADO PELA ATENÇÃO!
Não há o que agradecer Benito,
ResponderExcluirNa realidade o agradecimento é meu pela sua participação que sempre será bem vinda. Esteja a vontade de expor suas opiniões quando assim você acha conveniente, tá ok amigo?
Forte abraço
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)