Cientistas Brasileiras Enfrentam Desafios para o Sucesso


Olá leitor!

Segue abaixo uma notícia postada hoje (08/03) no site do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), destacando que as cientistas brasileiras enfrentam desafios para terem sucesso na carreira.

Duda Falcão

Cientistas Brasileiras Enfrentam
Desafios para Ter Sucesso na Carreira

08/03/2010 - 10:12

Como ocorre em vários setores da sociedade e em grande parte do mercado de trabalho no Brasil, as cientistas ainda enfrentam dificuldades para seguir com a carreira. Os obstáculos são diversos, mas não impedem a superação dos desafios e os exemplos de sucesso.

Tânia Pereira Dominici, astrônoma do Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), em Itajubá (MG), na adolescência já sabia o queria ser, uma cientista. Ela começou um programa de visitação em universidades até definir em que área entraria. Hoje, ela trabalha com astronomia observacional, instrumentação, suporte aos usuários e á comunidade astronômica e é gerente do observatório Pico dos Dias, que é o maior telescópio do Brasil.

Tânia diz das dificuldades da caminhada para o sucesso na ciência. Da participação pequena das mulheres. Em particular na astronomia as mulheres são pouco representadas. Para ela, é necessário colocar a carreira científica como uma opção para as mulheres. Em sua área, passou por algumas faculdades no exterior, até se consolidar no LNA.

A cientista acredita em políticas públicas para informar todos os aspectos de sua área de formação, pois no caso dela como astrônoma, tem que ter disponibilidade de morar no exterior até se estabilizar em algum instituto. Na astronomia levam-se pelo menos 10 anos para se fixar em algum laboratório.

Dados do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) mostram que apenas 34% das mulheres chegam ao topo da carreira científica. Os diagnósticos divulgados concluíram que os níveis mais altos da bolsa de Produtividade e Pesquisa, do CNPq, estão em sua maioria com pesquisadores do sexo masculino, enquanto nos níveis iniciais da carreira, o número de mulheres é bem mais expressivo, ou seja, as cientistas desistem de prosseguir com seus estudos.

Para Wrana Panizzi, vice-presidente do CNPq, a imagem do cientista ainda está vinculada ao sexo masculino. Para ela, um forte investimento em políticas públicas é um fator capaz de mudar a visão das mulheres e incentivá-las nas carreiras científicas.

O CNPq tem um programa chamado Mulher Ciência. Ele visa difundir a carreira científica das mulheres. Existe também um conjunto de ações para incentivá-las. Um exemplo que tira as mulheres do circuito científico é a maternidade, e nesse aspecto o CNPq tem uma ação que prorroga o prazo das bolsistas para que não haja desistência na conclusão das pesquisas afetando, conseqüentemente, o desenvolvimento da carreira.

Para Wrana é necessário ampliar a visibilidade das cientistas que trabalham para a evolução científica das mulheres brasileiras. Lutar pela legitimidade dos trabalhos desenvolvidos e se destacar no mundo científico.


Fonte: Site do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT)

Comentário: Apesar de o blog reconhecer que essas dificuldades enfrentadas pelas cientistas brasileiras precisam ser igualadas aos dos seus colegas masculinos, em nossa opinião as mesmas tem de ser estimuladas, pois os desafios gerados para suplantá-lás são o grande agente motivador do sucesso. As duas pesquisadoras apresentadas pela nota acima (Tânia Dominici e Wrana Panizzi (foto)) são grandes exemplos disso, pois apesar das dificuldades e muito provavelmente por causa delas, alcançaram o sucesso em suas carreiras. No entanto, para se atingir o sucesso, seja qual for à área, é necessário competência, perseverança e dinamismo, é preciso ser “Gente que Faz”. Já dizia sabiamente o compositor "Geraldo Vandré" no final dos anos 60 em sua música “Para Não Dizer Que Não Falei da Flores”, dizia ele no refrão: Vem Vamos Embora que Esperar Não é Saber, Quem Sabe, Faz a Hora, Não Espera Acontecer. Parabéns as pesquisadoras Tânia Domicini e Wrana Panizzi.

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