O Satélite ITASAT Faz Revisão de Missão


Olá leitor!

Segue abaixo uma notícia publicada no informativo “O Suplemento” de n° 91 (Jan. e Fev. de 2010) da “Associação dos Engenheiros do ITA (AEITA)” informando que foi feita a revisão de missão do satélite ITASAT.

Duda Falcão

P&D

ITASAT Faz Revisão de Missão

Representantes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Agência Espacial Brasileira (AEB) e ITA reuniram- se no final de fevereiro para a Revisão de Definição de Missão (MDR) do projeto do satélite universitário ITASAT.

O projeto, que envolve estudantes de graduação e pós-graduação de várias universidades brasileiras e da Technical University of Berlin (TU Berlin), tem o objetivo de desenvolver a competência para a realização de experimentos tecnológicos com aplicação na área espacial. A iniciativa também tem a missão de aproximar o programa espacial das universidades, ao mesmo tempo em que contribui com a formação de novos profissionais, algo essencial tendo em vista a função estratégica das aplicações espaciais para o desenvolvimento do Brasil.

A função principal deste satélite universitário está relacionada ao Sistema Nacional de Coleta de Dados Ambientais. Para isso, levará a bordo um novo transponder, com tecnologia mais atualizada, para retransmissão de dados coletados e enviados pelas Plataformas de Coletas de Dados (PCDs). A função tecnológica está ligada à validação em vôo dos subsistemas e seus equipamentos de controle de atitude, computação, geração e distribuição de potência, estrutura mecânica e controle térmico, bem como avaliação das cargas úteis experimentais com aplicações na área espacial como determinação de atitude por meio de sensores MEMS (MicroElectroMechanical System) e experimento de controle térmico.

Com cerca de 80 kg, o ITASAT será um satélite de baixa altitude e órbita polar, o que significa estar a aproximadamente 600 quilômetros com inclinação de 98 graus. São características compatíveis às dos satélites de coleta de dados SCD-1 e SCD-2, desenvolvidos pelo INPE.

A coordenação geral do Projeto cabe à AEB, tendo o ITA como responsável pela execução do projeto e o INPE como provedor de consultoria técnica, de infraestrutura laboratorial e gestão financeira. Os gerentes técnicos são o Eng. Katuchi Techima (AEB), Eng. Wilson Yamaguti (T76) (INPE) e o Prof. David Fernandes (ITA).

Sob a coordenação do ITA participam professores e alunos de graduação e pós-graduação do Instituto, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), da Universidade Estadual de Londrina (UEL), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), FEG/UNESP, da Universidade de Brasília (UnB) e do INPE. Pela TU Berlin participam estudantes bolsistas do Programa UNIBRAL da CAPES/DAAD. Durante 2009 se envolveram com o projeto 32 alunos de graduação, 23 mestrandos e 5 doutorandos.

Está prevista para o final de março de 2010 a Revisão de Requisitos Preliminares (PRR - Preliminary Requirement Review), com a participação de revisores do INPE, da AEB e da TU Berlin.

Concepção Artística do
Satélite Científico ITASAT


Fonte: Informativo “O Suplemento” da AIETA - num. 91 pág. 05 - Jan. e Fev. de 2010

Comentário: Interessante notar leitor que esta notícia publicada pela AEITA em seu informativo tem o cuidado de não prever o lançamento deste satélite para o ano de 2012 e muito menos que o mesmo será feito pelo VLS-1, bem diferente da noticia publicada dias atrás no jornal “Valor Econômico” dando conta do contrário. O blog Espera que haja bom senso dos órgãos gestores do Programa Espacial Brasileiro para que não se cometa o erro de se lançar este satélite durante a realização do segundo vôo teste (tecnológico) VLS-1 XVT-02 (quando estará sendo realizado o teste em vôo do terceiro e quarto estágios do foguete), missão esta prevista para acontecer em 2012. O satélite ITASAT é de crucial importância para o surrado “Sistema Nacional de Coleta de Dados Ambientais (SNCDA)” que é atualmente composto pelos velhos satélite SCD-1 e 2 e pelo CBERS 2B e não se pode correr o risco de se perder este satélite num vôo tecnológico de alto risco. O mais sensato seria que o ITASAT fosse lançado por outro foguete (a sugestão do blog é que se utilize o acordo assinado com a Índia e faça o lançamento através de um foguete indiano, justamente como previsto para acontecer com o Nanosatc-BR da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) do Rio Grande do Sul) ou então aguardar o ano de 2014, quando então está previsto para ocorrer o quarto vôo de qualificação do VLS-1 (VLS-1 VO4), caso os dois vôo tecnológicos previstos para 2011 (teste do primeiro e segundo estágios em vôo) e 2012 tenham sido exitosos. Se for idéia da AEB e dos órgãos gestores do PEB lançar um conjunto completo (foguete/satélite) já no segundo vôo tecnológico em 2012, que se construa um SATEC (satélite tecnológico), muito mais barato e onde se poderia aproveitar a oportunidade para se testar novas tecnologias. O que não se pode fazer é correr o risco de se perder o ITASAT de extrema importância para o SNCDA.

Comentários