UnB Quer Abrir Curso de Engenharia Aeroespacial em 2012

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada hoje (05/01) no site da “Universidade de Brasília (UnB)” destacando que esta universidade quer abrir em 2012 um curso de “Engenharia Aeroespacial”.

Duda Falcão

Tecnologia

UnB Quer Abrir Curso de
Engenharia Aeroespacial em 2012

Nova graduação seria oferecida no campus do Gama.
Professores dizem que existe muita demanda por profissionais

Thais Antonio
Da Secretaria de Comunicação da UnB
05/01/2011


A Universidade de Brasília planeja lançar um curso de Engenharia Aeroespacial na UnB Gama em 2012. No Brasil, existem poucos desses cursos. Os do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) são mais voltados para aviões comuns. “O curso da UnB seria mais voltado para o domínio espacial”, diz o professor Alessandro Borges, diretor da UnB Gama. Os estudantes irão aprender sobre foguetes e propulsão, por exemplo.

Segundo professores que já trabalham na área, o mercado de veículos lançadores de satélites (VLS) é promissor, mas falta mão de obra qualificada para atuar nesse segmento. O jornal Folha de São Paulo informou na terça-feira que o Ministério da Ciência e Tecnologia recebeu da Força Aérea Brasileira (FAB) um pedido de R$ 500 milhões por ano a partir de 2016 para o desenvolvimento de satélites e R$ 160 milhões ao ano, já a partir de 2011, para foguetes.

“O recurso financeiro é importante, mas é preciso saber como faremos em relação aos recursos humanos”, diz José Leonardo Ferreira, coordenador do Laboratório de Plasmas. “Não sobra muito caminho a não ser que haja um programa de formação muito forte nas universidades”.

Para o professor Carlos Alberto Gurgel, é imprescindível que o país tenha tecnologia para acessar o espaço. “Daqui a no máximo dez anos o Brasil deve ser a 5ª. economia do mundo”, afirma. “Rússia, China, Índia, EUA estão entre as 10 maiores economias, possuem dimensões continentais e têm acesso ao espaço. Nesse sentido, o Brasil é um país sui generis”.

CUSTO-BENEFÍCIO - “O curso da UnB será montado em cima da grade das outras quatro engenharias oferecidas no campus”, explica o diretor da UnB Gama. “A Engenharia que mais casa com as que já temos é a Aeroespacial. A relação custo-benefício é muito boa”. Segundo Alessandro, com poucos novos professores será possível tornar real um curso de alta complexidade.

O projeto político-pedagógico do curso de graduação já está pronto e foi montado por uma comissão de professores da Faculdade de Tecnologia e do Instituto de Física que já atuam nessa linha de pesquisa. Se for aprovado pelo Decanato de Ensino de Graduação, deve começar a funcionar em dois semestres.

Carlos Alberto Gurgel, chefe do Departamento de Engenharia Mecânica, conta que a Universidade de Brasília tem planos para alimentar o mercado de engenheiros aeroespaciais não só na graduação. “O que nós estamos sugerindo nessa linha são duas coisas: além do curso no Campus do Gama, queremos criar uma pós-graduação como linha de pesquisa da Engenharia Mecânica”, explica.

“No futuro, quando houver muitos grupos de pesquisa e massa crítica suficiente, será possível propor um curso de Engenharia Aeroespacial Interdisciplinar na pós-graduação”. Essa modalidade deve esperar dois anos para entrar em funcionamento. “Já existem trabalhos de mestrado e doutorado nessa área na UnB”, afirma o professor. “A idéia é fortalecer, criando uma linha de pesquisa específica no programa da Engenharia Mecânica”.


Fonte: Site da Universidade de Brasília (UnB)

Comentário: Grande notícia para o “Programa Espacial Brasileiro”. Aliás, a Universidade de Brasília (UnB) já desenvolve tecnologia espacial através dos grupos do professor “José Leonardo Ferreira” (propulsão a plasma) e do professor “Carlos Alberto Gurgel” (propulsão híbrida), além de ter participado do projeto do microsatélite ITASAT-1 e está atualmente participando do grupo de instituições envolvidas com o inovador “Projeto ASTER”.

Comentários

  1. Ai Duda, não sei se foi falado, mas o Marcos Pontes falou pra gente no dia do lançamento do livro, que estava coordenando um curso de engenharia aeroespacial na USP/SÃO CARLOS, segundo ele, o Governo Americano havia até se comprometido em doar um avião que faz a simulação de gravidade zero a instituição. Mas, ele não deu nada como certo.

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  2. Olá Ricardo!

    O astronauta Marcos Pontes, se não me engano, já havia citado a possibilidade da criação deste curso em sua entrevista para o blog, e em outras entrevistas postadas aqui. No entanto, até onde sabemos essa história ainda não foi a frente. Quanto a possibilidade de doação pelo "Governo Americano" de um avião que simula gravidade zero, se acontecer será maravilhoso, mas não temos ainda qualquer informação sobre esse assunto.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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