PEB: Novo Ano, Novas Esperanças e Ações

Olá leitor!

Com a chegada de um novo governo no inicio de um novo ano nossas esperanças se renovam na expectativa de que este governo possa dar um rumo ao nosso programa espacial, apesar de até o momento nada indicar isto.

Existem ações neste sentido como a do Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica da Câmara Federal, da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE), da Associação Aeroespacial Brasileira (AAB), da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB) e naturalmente do DCTA/INPE, para que sejam adotadas pelo governo um conjunto de ações sugeridas por essas instituições.

"No entanto, até o dia de ontem, quando então assumiu o novo ministro da Ciência e Tecnologia, o senhor Aloizio Mercadante, nada de concreto foi sinalizado ou citado em relação ao PEB, além das promessas de praxe relacionadas com a pasta que cabe a um ministro em seu discurso de posse.

Nesta cerimônia de posse falou-se no programa nuclear, no pré-sal, na banda larga (que envolve tecnologia espacial), entre outros assuntos, mas não se falou no barco sem rumo conhecido como “Programa Espacial Brasileiro”."

OBS: Após ter acesso ao discurso de posse do ministro Aloizio Mercadante, pude observar que a minha informação de que o mesmo não havia citado o PEB não estava correta. Devido a isso resolvemos nos retratar sem apagar o que havíamos escrito nesta nota. Aproveitamos também para reproduzir abaixo o trecho do discurso do ministro onde o mesmo cita o Programa Espacial Brasileiro:

"Devo mencionar adicionalmente, e com relevo, duas grandes áreas estratégicas: a aeroespacial e a nuclear.

De fato, o Brasil não pode prescindir de um Programa Espacial fortalecido, que conte com recursos suficientes, nos níveis necessários para atender as importantes demandas por satélites e por aplicações espaciais, inerentes aos dias de hoje. Deve, inclusive, aproveitar comercialmente as vantagens geográficas da Base de Alcântara e promover o desenvolvimento industrial de toda uma cadeia vinculada às atividades do Programa. Também não podemos esquecer a relevância de termos um veículo lançador operante, pois com ele poderíamos dominar toda a cadeia da indústria aeroespacial. Nesse contexto, daremos redobrado apoio à Agência Espacial Brasileira (AEB)."

Caso o leitor queira ter acesso ao discurso do ministro na íntegra click aqui

Sinceramente não acreditamos que algo de concreto e efetivo venha a ser realizado pelo governo DILMA na direção sinalizada pelas instituições citadas acima, porém como diz o ditado, à esperança é a última que morre, e teremos de aguardar para ver como vai terminar essa histórica história novelesca.

Apesar dessas dificuldades as instituições envolvidas com o Programa Espacial Brasileiro (IAE/IEAv/INPE) seguem com seus projetos e abaixo o blog faz um relato das ações “previstas” para esse ano no Brasil e no exterior com a participação dessas instituições.

ÁREA DE FOGUETES

Projeto VLS:

Operação Uirapuru: Teste em banco de provas do motor-foguete S43 que compõem o primeiro e segundo estágios do VLS-1. Este teste deverá ocorrer ainda no primeiro trimestre desse ano na Usina Coronel Abner (UCA), e visa preparar este motor para o vôo tecnológico do VLS-1 XVT-01, “previsto” para ocorrer no primeiro semestre de 2012.

TMI: O Comando da Aeronáutica espera concluir a obra de construção da nova TMI (Torre Móvel de Integração) no Centro de Lançamento de Alcântara (MA) no primeiro trimestre de 2011, e realizar durante o resto do ano testes com o equipamento com a utilização de um mock-up (modelo em tamanho natural) do VLS.

Outras Ações: No inicio deste ano o IAE realizará os ensaios de separação do primeiro/segundo estágio do VLS-1 e ao longo do ano, outras ações que envolvem o aperfeiçoamento deste foguete serão realizadas visando o lançamento tecnológico de 2012.

Projeto VLS Alfa:

O que se sabe é que o ante-projeto deste primeiro foguete do programa Cruzeiro do Sul, foi entregue ao IAE pela empresa russa “Academician V.P.Makeyev State Rocket Centre” no segundo semestre do ano passado. Acreditamos que se não houver algum impedimento criado pelo governo, esse projeto deverá seguir seu rumo em 2011. No entanto, o mesmo depende principalmente do desenvolvimento do motor-foguete líquido L75, para compor o seu terceiro estágio.

Projeto VLM-1:

Esse projeto estava morto, mas por interesse do Centro Aeroespacial Alemão (DLR) foi ressuscitado no ano passado para atender o Programa SHEFEX, mais precisamente o vôo do experimento SHEFEX III, previsto para ocorrer em 2015. Segundo informações colhidas pelo blog, esse projeto deverá ser conduzido pelo IAE com a participação de empresas brasileiras desde o seu início, o que deverá acelerar o seu desenvolvimento. Não há informações ainda se o DLR alemão participará ou não com recursos financeiros neste projeto.

Projeto Cyclone-4:

Este projeto desastroso infelizmente deverá ser o grande beneficiado pelo governo durante todo o ano de 2011, torrando estimáveis recursos financeiros na construção de sua base de lançamento e se preparando para realizar seu vôo de qualificação no primeiro semestre de 2012. O que se sabe é que neste vôo de qualificação será lançado gratuitamente um nanosatélite japonês chamado “Nano JASMINE” pertencente à Universidade de Tóquio e ao Observatório Astronômico Nacional do Japão. A mal engenhada empresa Alcântara Cyclone Space (ACS) ofereceu ano passado espaço neste vôo a Agência Espacial Brasileira (AEB), caso a mesma tenha interesse de lançar alguma carga útil. Entretanto, não se sabe ainda se os satélites em desenvolvimento pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) que poderia ser lançados por esse foguete (Amazônia-1, ITASAT-1 e o Nanosatc-BR) estarão até lá prontos para esse fim.

Projeto VS-30/Orion:

Esse foguete que é composto pelo motor brasileiro “S-30” em seu primeiro estágio, e pelo motor americano “Improved Orion” em seu segundo estágio, está “previsto” para realizar dois vôos em 2011, e ambos fora do Brasil. O primeiro deles deverá ocorrer em outubro do Woomera Rocket Range, que fica no sul da Austrália, com o objetivo de levar o experimento hipersônico americano e australiano “HiFIRE 5” (Hypersonic International Flight Research and Experimentation 5) em um vôo suborbital. Já o segundo deverá ser lançado em dezembro do sítio de lançamento Svalbard, na Noruega, pertencente ao Andoya Rocket Range, com o experimento europeu ICI-3 abordo.

Projeto VSB-30:

Mais bem sucedido foguete brasileiro internacionalmente falando, o VSB-30 terá um ano muito movimentado caso todos os seus vôos se realizem. Da Suécia, mais precisamente do Centro Espacial de Esrange, serão lançados três foguetes, sendo o primeiro em março (Operação TEXUS 50) e o segundo e terceiro em novembro (Operações Maser 12 e TEXUS 48) respectivamente, todos eles relacionados com o “Programa Europeu de Microgravidade”. Já da Austrália, precisamente do Woomera Rocket Range, deverá ser lançado pelo menos mais um foguete VSB-30, este relacionado com o “Programa SCRAMSPACE” que visa em sua primeira fase lançar o experimento “SCRAMSPACE I”. Além disso, do Brasil, existe ainda uma pequena possibilidade de ser lançado outro VSB-30 para atender a segunda e última fase do 3º Anúncio de Oportunidade (AO) do “Programa Microgravidade” da Agência Espacial Brasileira (AEB). Entretanto, tudo dependerá de uma maior agilidade de nossa desorientada agencia espacial entre outros fatores que podem influenciar na não realização desta operação em 2011. Vale lembrar que a segunda fase do 3º AO estava prevista inicialmente para ser realizada por uma nave russa Soyuz, que levaria os experimentos brasileiros para serem testados abordo da Estação Espacial Internacional (ISS).

Projeto VS-40:

Versátil foguete brasileiro de médio porte que tem “previsão” de ser utilizado em vôo em duas oportunidades no ano de 2011. Na primeira delas, em março deste ano, este foguete será lançado do Woomera Rocket Range com o objetivo de levar o experimento alemão SHEFEX II em um vôo suborbital. Caso o vôo do VS-40 seja exitoso, portas internacionais estarão sendo abertas para a venda deste versátil e mal aproveitado foguete. Vale lembrar também que neste vôo um experimento brasileiro relacionado com o “Projeto SARA” estará abordo. Já no segundo vôo, que está “previsto” para o final do segundo semestre deste ano, esse foguete deverá ser lançado do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) com a “SARA Suborbital” abordo, cumprindo assim a primeira fase deste projeto.

Projeto Foguetes de Treinamento:

Tanto o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) como o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), deverão em 2011 continuar com os lançamentos de foguetes de treinamento tipo o FTB (Foguete de Treinamento Básico), o FTI (Foguete de Treinamento Intermediário), ambos fabricados pela empresa brasileira AVIBRÁS e do tipo “Improved Orion” que é um foguete de origem americana. Além disso, existe uma possibilidade ainda não confirmada de se realizar o primeiro vôo do FTA (Foguete de Treinamento Avançado) que é também desenvolvido pela AVIBRÁS. Vale lembrar que essa família de foguetes da AVIBRÁS já foi colocada a disposição pelo Comando da Aeronáutica para que universidades e centros de pesquisas brasileiros possam utilizá-los como meio de acesso ao espaço de seus experimentos.

Projeto Motores-Foguetes Líquidos:

Motor L5: Este motor encontra-se pronto e acreditamos que em fase de aperfeiçoamento visando ser utilizado pelo quarto estágio do VLS-1. Não existem informações se o mesmo já será utilizado no segundo vôo tecnológico do foguete (XVT-02), que está previsto para 2013, ou se só será utilizado a partir do quarto vôo de qualificação do VLS-1, este ainda previsto para 2014, segundo o IAE, e 2015, segundo a AEB.

Motor L15: Este motor segundo informações colhidas pelo blog encontra-se em fase final de desenvolvimento e deverá em breve ser testado em vôo através de um novo foguete chamado VS-15 que está sendo desenvolvido pelo IAE para esse fim. No entanto, não existe ainda uma previsão de quando esse vôo ocorrerá.

Motor L75: Importante passo para o desenvolvimento do foguete VLS Alfa, esse motor encontra-se em sua fase inicial de desenvolvimento. Testes relacionados com o mesmo já foram realizados em 2010, como atesta um dos artigos da nova edição de nº3 (Setembro a Dezembro) da revista JATM (Journal of Aerospace Technology and Mangement). O problema para 2011 passa pela falta de recursos financeiros e humanos adequados que possam acelerar este desenvolvimento.

ÁREA DE SATÉLITES

Satélite CBERS-3:

Fruto da parceira Brasil-China este quarto satélite do programa “China-Brazil Earth Resources Satellite” já se encontra em fase final de desenvolvimento e tem “previsão” de ser lançado no segundo semestre de 2011. Várias ações deste satélite foram realizadas em 2010 pelas instituições envolvidas com o projeto, mas apesar disto o blog não acredita que o mesmo seja lançado em 2011 e deverá ficar mesmo para ser lançado em 2012 através de uma lançador chinês.

Satélite Amazônia-1:

Este satélite é provavelmente o recordista mundial em “tempo de desenvolvimento” se levar em conta o período em que foi proposto pela primeira vez. Sua origem é da época da antiga “Missão Espacial Completa Brasileira (MECB)” lançada pelo governo em 1981, quando ainda o mesmo era conhecido com o nome de Satélite de Sensoriamento Remoto-1 (SSR-1). Diversas ações relacionadas com este satélite foram realizadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) no ano de 2010, e outras ainda serão realizadas em 2011. Entretanto, sua finalização está atrelada ao desenvolvimento do projeto da Plataforma Multi-Missão (PMM), outra novela que não se sabe quando terminará. A “previsão” do INPE é que este satélite venha ser lançado em 2012 por um lançador ainda não definido, mas que provavelmente deverá ser o tóxico Cyclone-4, já que a AEB precisará dar sustentabilidade financeira e política a essa mal engenhada empresa ACS. O problema é a PMM e por conta disto (a não ser que haja uma grande reviravolta) não acreditamos que este satélite seja lançado no ano que vem.

Satélite Científico Lattes-1:

Este satélite científico foi à solução encontrada pelo INPE para a realização de duas missões que anteriormente eram projetos de satélites, ou seja, EQUARS (Equatorial Atmosphere Research Satellite) e MIRAX (Monitor e Imageador de Raio-X). Algumas ações deste projeto forma realizadas pelo INPE em 2010, mas da mesma forma que o satélite Amazônia-1, esse satélite esta atrelado ao projeto da Plataforma Multi-Missão (PMM) o que dificulta sua realização no prazo previsto, fora o fato que devido a sua freqüência já se tornou natural no INPE, ou seja, a falta de recursos humanos e financeiros adequados. A previsão do instituto é que esse satélite venha ser lançado em 2014 e muito provavelmente pelo tóxico Cyclone-4.

Satélite MAPSAR:

Em 2009 foi finalizada a “Fase B” do projeto deste satélite, mas acontece que se comenta que os alemães desistiram e que o INPE está buscando alternativas com a Argentina, Itália e a China, mas não existe nada de concreto ainda. Vale lembrar que esse satélite radar também é baseado na Plataforma Multi-Missão (PMM), mas que poderá ter seu projeto modificado caso seja exigência do novo parceiro do projeto.

Satélite GPM:

Último a utilizar a PMM segundo o que está previsto pelo atual PNAE (Programa Nacional de Atividades Espaciais) este satélite meteorológico é a resposta do INPE para fazer parte do programa “Global Precipitation Measurement (GPM)” que é desenvolvido pela NASA e pela JAXA japonesa. Algumas ações deste projeto foram realizadas no ano de 2010 pelo INPE em particular com os franceses, que ao que tudo indica ajudarão no desenvolvimento de partes deste satélite. A previsão é que este satélite venha ser lançado em 2016.

Satélite ITASAT-1:

Esse é um projeto de um microsatélite universitário que está sendo desenvolvido pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) em parceria com a UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), com a UEL (Universidade Estadual de Londrina), com a UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas), com a EESC-USP (Escola de Engenharia de São Carlos - USP), com a UnB (Universidade de Brasília), com a FEG-UNESP (Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá - UNESP) e com a TU Berlin (Universidade Técnica de Berlin (ALE)). Esse projeto de microsatélite que conta com o apoio da Agência Espacial Brasileira (AEB) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) teve diversas ações realizadas no ano de 2010 e a expectativa é que o mesmo venha a ser lançado em 2012. Ainda não foi definido qual será o lançador, porém tudo indica que deverá ser o tóxico Cyclone-4, ainda que o uso do mesmo seja financeiramente inapropriado para o lançamento de satélites deste porte.

Satélite Nanosatc-BR:

Este cubesat (nanosatélite) está sendo desenvolvido pela gaúcha UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) com o apoio técnico do INPE. Algumas ações foram realizadas no ano de 2010 neste projeto visando o lançamento deste cubesat em 2011. A previsão é que o mesmo seja lançado por um foguete indiano, mas ainda não foi confirmada esta notícia.

OUTROS PROJETOS:

Projeto ASTER:

Este projeto trata do desenvolvimento da primeira sonda espacial brasileira de espaço profundo (baseada numa plataforma russa) por diversas instituições universitárias brasileiras e o INPE, visando visitar e pesquisar o asteróide triplo 2001-SN263. Esse projeto que até então parecia algo improvável de ser aprovado (devido a já conhecida falta de visão do governo), parece ter dado um bom salto no ano de 2010 atraindo a atenção de 13 instituições universitárias do país o que poderá ser um fator importante para a sua aprovação. O plano inicial é lançar a sonda em 2015 e chegar ao asteróide em 2018. Continuaremos torcendo para que o martelo seja finalmente batido favoravelmente em prol da realização desta missão em 2011.

Projeto SARA:

Este projeto consiste no desenvolvimento pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) de uma pequena cápsula espacial não tripulada para ser utilizada como plataforma de experimentos em ambiente de microgravidade por um período de até 10 dias. O seu desenvolvimento será desenrolado em quatro fases, sendo as duas primeiras suborbitais e as duas últimas orbitais. A “SARA Suborbital” da primeira fase do projeto encontra-se em fase final de desenvolvimento e a expectativa é que a mesma venha ser lançada no segundo semestre deste ano do Centro de Lançamento de Alcântara através de um foguete VS-40. O êxito dessa missão poderá chamar a atenção da sociedade que o “Programa Espacial Brasileiro” necessita.

Projeto 14-X:

Este projeto que é desenvolvido pelo Laboratório de Aerotermodinâmica e Hipersônica Prof. Henry T. Nagamatsu do pouco conhecido Instituto de Estudos Avançados (IEAv) do Comando da Aeronáutica, consiste no desenvolvimento de um demonstrador (veículo) hipersônico a ar aspirado que visa no futuro a colocação de nanos e microsatélites no espaço. Varias ações desse projeto foram realizadas no ano de 2010 pela o IEAv e a esperança é que outras ações sejam realizadas no mesmo ritmo em 2011. A expectativa é que esse veículo venha fazer um ensaio em vôo atmosférico em 2012 que é bastante inovador em nível de Brasil, já que há a possibilidade de se utilizar um foguete VSB-30 que seria lançado de um avião C-130 Hércules da FAB adaptado, ou então como segunda opção nada inovadora lançá-lo do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) num ensaio de vôo regular.

Projeto Demonstrador a Laser:

Este projeto é fruto de uma parceria entre o IEAv e o Laboratório de Pesquisas da Força Aérea dos EUA (AFRL) através do seu Laboratório de Aerotermodinâmica e Hipersônica Prof. Henry T. Nagamatsu visando o lançamento de nano e /ou micro-satelites e cargas úteis em órbitas terrestres baixas. Consiste no desenvolvimento de um “Demonstrador Tecnológico de Veículo Aeroespacial a Propulsão a Laser” para realizar um vôo atmosférico de até 10 km de altitude. Vários testes deste projeto foram realizados em 2010 no Túnel T3 do Laboratório de Aerotermodinâmica e Hipersônica do IEAv e a previsão é que este primeiro vôo atmosférico venha ser realizado em 2014.

Além desses, diversos outros projetos importantes foram discutidos e debatidos ou tiveram ações desenvolvidas no ano de 2010 no âmbito do PEB. Foram eles:

Plataforma Multi-Missão, Satélite Sabia-MAR, Satélites IBSA, Satélites SCDAv, Satélite Sentinela, Projeto SIA (Sistemas de Navegação Inercial para Aplicação Aeroespacial), novos materiais, nanotecnologia para aplicação espacial, foguete VS-15, propulsão a plasma, propulsão híbrida, entre outros.

Vale lembrar leitor que não só do PEB governamental vive as atividades espaciais do país. E neste contexto, devemos lembrar que ações de instituições como a do grupo paulista Edge Of Space, da empresa paulista Acrux Aerospace Technologies e do Núcleo Tecnológico do Agreste (NTA) poderão surpreender agradavelmente no ano de 2011 se confirmadas às notícias que nos chegam.

"AVANTE BRASIL"

Duda Falcão

Comentários

  1. Duda,

    Vamos torcer pelo bom senso da Dilma (acho que tem um perfil mais técnico e mais objetivo que o antecessor) para deslanchar de forma racional esse conjunto de projetos. Grande notícia também do VLS Beta, uma proposta aparentemente menos complicada tecnicamente do que o VLS.

    Abraço,

    José Gustavo.

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  2. Olá José Augusto!

    Torcer estamos torcendo sempre, já que não resta outra coisa a fazer. Acontece José Augusto que promessa política deixou de ser levada a sério por mim a muito tempo e você há de convir que tenho minhas razões. Além disso, a DILMA jamais sinalizou ter qualquer simpatia pelo PEB, muito pelo contrário e não podemos esquecer também que o mesmo não dá voto. Quanto ao VLS Beta, o mesmo é ainda uma possibilidade muito remota e utópica, principalmente com a existência da mal engenhada Alcântara Cyclone Space (ACS) que continuará ainda por muito tempo consumindo estimáveis recursos financeiros que poderiam ser aplicados pelo verdadeiro PEB.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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  3. Olá ,sobre o SARA quando o Brasil conseguir fazer um voo orbital como diz na materia por 10 dias nesse caso poderia se considera o primeiro satélite enviado por meios próprios ao espaço?
    o VS-40 se tornaria nosso primeiro lançador ?

    fique em duvida agora ,não sei se o SARA pode ser considerado um satélite , sei la....

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  4. Olá André!

    Tens razão será um satélite, mas só na versão orbital. No entanto, o foguete que lançará esta versão não será o VS-40 que é um foguete de sondagem suborbital. Muito provavelmente será usado o VLS-1, caso o mesmo seja finalizado. Vale lembrar que para qualquer carga útil entrar em órbita é necessário uma velocidade de escape de 28.000 km, só atingida pelos veículos lançadores de satélites, entende?

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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  5. Olá Eng. Danilo!

    Só vi seu comentário agora. Olha, eu também tenho fé no PEB, mas não no governo e como o programa é governamental a sociedade precisa entender a sua grande importância para o país, só assim o governo passará a tê-lo como uma das prioridades.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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  6. eu votei na Dilma mais agora estou com receio que estava erado pois ela ja canselou as compras dos caças ,esta querando negosia com os americanos sera que acha o americono comfiveis . Mais de qual quer forma si ele pisar na bola os caras pintadas vão voutar pois o Brasil é do povo brasileiro

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  7. Olá Laucky!

    Vamos aguardar para vê como essa história vai terminar. Afinal, está muito cedo para dizer alguma coisa. Os cortes no orçamento eram necessários mesmo para equilibrar as contas. Entretanto, tem de se vê quais são as prioridades para assim poder administrar melhor esses cortes.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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