Em Assembléia no Dia de Hoje (06/07), Credores Aprovam Plano de Recuperação Judicial da Avibras. Chegou a Hora VLPP?
Olá
leitores e leitoras do BS!
Pois é, foi
publicado na tarde de hoje (06/07)
no site ‘G1’ do ‘Globo.com’, informando que durante uma assembleia, na tarde
desta quinta-feira
(6), o 'Plano de Recuperação Judicial da Avibras' foi finalmente aprovado pelos Credores. Saibam mais pela matéria
abaixo.
Pois então entusiastas
do BS, a tal assembleia não ocorreu no dia 04/07 como havíamos informado, mas o que importa na verdade é que o ‘Plano Recuperação Judicial’ foi aprovado
e agora a expectativa de toda Comunidade Espacial Brasileira e das empresas
envolvidas no consorcio vencedor do Edital do Veículo Lançador de Pequeno Porte
(VLPP) da FINEP, é que o contrato possa ser assinado em breve. Vamos aguardar e
torcer pelo melhor.
Brazilian
Space
VALE DO PARAÍBA E REGIÃO
Credores Aprovam Plano de Recuperação Judicial da Avibras
Em março de 2022, a Avibras pediu recuperação judicial, alegando uma
dívida de R$ 600 milhões.
Por g1 Vale
do Paraíba e Região
06/07/2023
17h19
Atualizado
há 11 minutos
Foto:
Claudio Vieira/Sindicato dos Metalúrgicos
Credores
aprovaram durante uma assembleia, na tarde desta quinta-feira (6), o plano de
recuperação judicial da Avibras. A informação foi confirmada pela empresa e
pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos.
▶️ A recuperação judicial serve para evitar que uma empresa em
dificuldade financeira feche as portas. É um processo pelo qual a companhia
endividada consegue um prazo para continuar operando enquanto negocia com seus
credores, sob mediação da Justiça.
A crise na
empresa já dura mais de um ano. Em março de 2022, a Avibras pediu recuperação
judicial, alegando uma dívida de R$ 600 milhões.
De acordo
com o sindicato, além do voto do órgão que representa os trabalhadores, a
recuperação judicial teve voto favorável da maioria dos integrantes de outros
três grupos de credores: bancos, quirográficos e microempresas.
Agora, a
Avibras tem 30 dias para começar a cumprir o plano, a contar da data de
homologação pela Justiça. A previsão é de que a fábrica pague dívidas,
incluindo as trabalhistas, adquiridas antes do pedido de recuperação judicial
em até um ano e meio, a contar de fevereiro de 2023.
Pelo acordo
aprovado, os trabalhadores que optarem pelo recebimento das verbas
imediatamente terão direito a 82% do valor da dívida. Já quem quiser receber
100% do valor terá de aguardar até agosto de 2024.
Foto:
Reprodução/TV Vanguarda
O Que Diz a Avibras
Por meio de
nota, a Avibras disse que a aprovação do plano de recuperação judicial é “um
importante passo do processo de reestruturação econômico-financeira da empresa,
que inclui também outras iniciativas de recuperação”.
Ainda
segundo a empresa, a administração sabe que ainda tem muito trabalho pela
frente na execução do plano, mas que segue firme e confiante na construção de
uma nova jornada para a Avibras.
A Avibras
informou que o plano aprovado contém o fluxo de geração de recursos,
demonstrando a viabilidade econômica da empresa, a forma de pagamento aos
credores e os meios que serão utilizados para a reestruturação da companhia.
Em paralelo
ao processo de recuperação judicial, a empresa disse que segue focada no
esforço de vendas tanto no Brasil quanto no exterior e que está buscando
ampliar seu capital através de investimentos diretos de empresas estratégicas e
o governo acompanha de perto a evolução deste processo.
Por fim, a
Avibras disse que está confiante de que superará todos os desafios e retomará o
crescimento em breve.
Foto: André
Luís Rosa/ TV Vanguarda
Novas Negociações
Em maio
deste ano, em acordo para a produção de 72 foguetes comprados pelo Exército
Brasileiro, a Avibras se comprometeu a pagar três meses de salário, o que ainda
não aconteceu, segundo o sindicato.
Mesmo com a
aprovação do plano, o sindicato informou que enviará um pedido de reunião à
direção da Avibras, para discutir o layoff, a manutenção dos postos de trabalho
e os pagamentos.
O órgão
destacou que pela recuperação judicial, as dívidas trabalhistas têm prioridade
a qualquer crédito recebido pela empresa. A entidade também irá cobrar o
repasse do governo federal.
Foto:
Roosevelt Cássio/ Sindicato dos Metalúrgicos de SJC
Imagem de arquivo - Trabalhadores demitidos da Avibras fazem passeata por pagamento de verbas rescisórias. |
Demissões e Greve
Em 18 de
março de 2022, a empresa bélica Avibras demitiu cerca de 400 trabalhadores na
fábrica em Jacareí. Na época, o Sindicato dos Metalúrgicos informou que não
houve nenhum comunicado prévio ou tentativa de negociação sobre medidas para
evitar as demissões, como adoção de um layoff (suspensão de contratos), por
exemplo.
A fábrica
alegou que teve de adotar "ações de reestruturação organizacional da
empresa, mantendo as atividades essenciais para o cumprimento dos compromissos
contratuais assumidos junto aos seus clientes". Ao mesmo tempo em que fez
o corte, pediu à justiça a recuperação judicial alegando dívida de R$ 600
milhões.
A entidade
recorreu à Justiça do Trabalho e conseguiu reverter o corte porque o juiz
entendeu que não seria possível ter recuperação, se não havia força de trabalho
na empresa.
Com a
readmissão, a empresa colocou os funcionários em layoff. No acordo, quem ganha
até R$ 5,5 mil receberia 100% do salário líquido; quem ganha de R$ 5,5 mil a
8,5 mil ficaria com 90% do salário; quem ganhasse de R$ 8,5 mil a R$ 12,5 mil
teria 80% do salário e acima 12,5 mil, ficaria com 70% do salário.
No dia 9 de setembro os trabalhadores da
Avibras de Jacareí entraram em greve, reivindicando a garantia de
estabilidade para todos os funcionários, pagamento dos salários atrasados e
também para que a empresa adote um sistema de trabalho rotativo, no qual os
grupos se revezem entre o layoff e o trabalho na fábrica.
No dia 22
de setembro, a Avibras prolongou o layoff por mais
cinco meses para 420 funcionários em Jacareí.
Ótima notícia para a indústria de defesa brasileira.
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