A Farra ao Infinito (das bolsas) na AEB!

Cara, leitora! Caro, leitor!


É notória a degradação moral que a nossa sociedade vem vivendo nas últimas décadas, principalmente no trato e no pudor com a coisa pública. Essa degradação vem se tornando algo tão corriqueiro que, quando tomamos conhecimentos de cada novo escândalo, vemos que os mesmo são cada vez mais graves e, por outro lado, salvo raras exceções, a sociedade não vem reagindo à altura, parecendo que estamos entrando em estado de torpor e de banalização dessa mazela institucionaliza, assim como, de certo modo, acabamos nos acostumando e banalizando o crescimento da violência na nossa sociedade.

E a medida que os cidadão "se recolhem e vão em frente", também "também escravizam sua mente", deixando de acreditar que tem o direito e o dever de cobrar a retidão de comportamento dos agentes públicos. Essa perda de confiança por sua vez retroalimenta o processo, encorajando os oportunistas a continuarem se "dando bem em tudo, certo?".

E depois dessa introdução desabafo, o que isso tem a ver com a Agência Espacial Brasileira (AEB)?

Respondo a você com a informação que obtivemos ao consultar o nome de um gestor da AEB que vem se destacando (negativamente) por estar envolvido com diversas situações, no mínimo nebulosas, em que se utilizando da função, promove para si todos os tipos de benesses (diretas e indiretas) custeadas pelo erário.

Efetivamente estamos falando de ilegalidade? Não há como dizer sem uma apuração específica dos Órgãos de Controle (acordem CGU e TCU!).

Mas, com certeza, todas as essas situações são, pelo menos, moral e eticamente questionáveis.

A última "boquinha" que o Sr. Aluísio Viveiros Camargo (Diretor de Planejamento, Orçamento e Administração da AEB) conseguiu foi ser "selecionado" Bolsista (Pesquisador Bolsista) com remuneração de R$ 7.500,00, em um Edital (EDITAL 023/2021 - BOLSISTA, veja aqui) promovido pela Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), instituição de fomento vinculada a Universidade de Brasília (UnB), publicado em 26 de fevereiro de 2021, cujo resultado (veja aqui) foi tornado público em.

Destaque da publicação do resultado final do processo seletivo para Pesquisador Bolsista Grupo 1.


Identificamos assim, possível conflito de interesses do Sr. Aluísio Viveiros Camargo (Diretor da DPOA) como PESQUISADOR BOLSISTA (com remuneração de R$ 7.500,00 por 25 meses) selecionado pela Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) para apoiar atividades de pesquisa e acadêmicas, vinculadas à unidade acadêmica que promove o mestrado contratado pela AEB junto a Universidade de Brasília (UnB).

Esse conflito de interesses se deve ao fato do próprio gestor ter tido ingerência direta na aprovação do referido mestrado que a AEB contatou, via TED com a UnB, inclusive sendo ele beneficiado com uma vaga como aluno.

Além disso, gostaríamos de entender como o gestor executava as suas funções de diretor, cursando o mestrado, fazendo o curso da ESG e ainda atuando como pesquisador bolsista na UnB.

Esses mesmos questionamentos se aplicam, em menor escala, ao Sr. Clodovil Fernandes Siqueira, Condenador de Orçamento e Finanças da AEB, o qual, além de responsável por área sensível da Instituição (que demanda muito tempo de trabalho durante todo o ano), era responsável pelo pagamento à UnB dos repasses de recursos para o Mestrado que cursava com recursos da Agência.

Seguem os currículos e os links das pesquisas de ambos no mestrado:
CV Aluísio Viveiros Camargo: http://lattes.cnpq.br/7107974119039408

Dissertação: Não encontrada.

Agora comparem com o CV do 1o e do 2o substitutos e vejam o quanto os dois currículos acima são inferiores ao dos preteridos na seleção:

CV 1o Substituto  Eduardo Luis Lafetá de Oliveira: http://lattes.cnpq.br/3599755798305386

CV 2o Substituto  Edgar Reyes Junior: http://lattes.cnpq.br/4600683588964302

Com explicar essa seleção a não ser pelo fato dos dois gestores da AEB serem os patrocinadores administrativos e financeiros do próprio programa de mestrado que promoveu tal processo indicativo, digo "seletivo"?

Independente se esses senhores receberam ou não R$ 7.500,00 reais / mês (R$ 187.500,00 / 25 meses) da bolsa, cumulativamente com os seus salários de dedicação exclusiva que exerciam, essa é mais uma situação lastimável para a AEB e, mais ainda, para a UnB!

Apesar dos referidos envolvidos estarem respondendo auditoria na CGU, infelizmente não temos a certeza se isso vai dar em algo, pois o Sr. Aloisio era comissionado e, mesmo com essa denúncia, continuo no cargo, viajando, fazendo cursos e recebendo diárias, mesmo respondendo a auditoria, sempre acobertado pelo Sr. Carlos Moura, seu chefe e "peixe".


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