SECOM Apresenta: O Projeto 'Banco de Testes com Simulação de Altitude (BTSA)'
Olá
leitores e leitoras do BS!
Pois então, em mais um episódio do ‘SECOM
Apresenta’, foi postado dia (20/07) no site oficial do ‘Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)’, uma nota apresentando
o ‘Banco de Testes Com Simulação de
Altitude (BTSA)’ deste instituto. Vale a pena conferir.
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SECOM Apresenta: Projeto Banco de Testes com Simulação de Altitude
(BTSA)
Publicado
em 20/07/2023 - 10h05
Via: Site
do INPE - https://www.gov.br
Neste
episódio, o tecnologista Douglas Miranda Rodrigues, da Coordenação de Pesquisa
Aplicada e Desenvolvimento Tecnológico, deste Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais, unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação,
apresentará o Banco de Testes com Simulação de Altitude (BTSA).
O objetivo
do BTSA é testar e qualificar propulsores espaciais de pequeno porte,
utilizados principalmente para satélites, mas também para controle de veículos
lançadores.
O tecnologista
explica: Nós testamos os propulsores que utilizam Hidrazina, Monometil
Hidrazina e Tetróxido de Nitrogênio, ou seja, trabalhamos tanto com os
combustíveis que são Hidrazina e Monometil Hidrazina, quanto também com os
oxidantes, que é o caso do Tetróxido de Nitrogênio.
A ideia é
colocar os propulsores num ambiente de vácuo, representado nas câmaras de vácuo
e simular qual será o comportamento desse propulsor, em um ambiente de vácuo de
mais ou menos 10-4 atm de pressão. Ou seja, simulando uma altitude
aproximada de 130 km do solo. O propulsor é instalado e é realizada toda uma
instrumentação para acompanhar o desempenho desse propulsor, de maneira que são
medidos desde itens como temperatura, empuxo, pressão na câmara e outros vários
dados, geralmente sempre presentes e outros às vezes adicionados, conforme o
requisito do solicitante do teste.
Douglas se
orgulha do BTSA ser o único laboratório desse tipo na América Latina: “hoje se
alguém quiser testar um propulsor até 200 Newtons na região da América Latina,
a primeira e mais razoável escolha é fazer esses testes aqui.” Ele continua:
“existem outros bancos de testes? Sim, nós temos inclusive outros bancos de
teste também, por exemplo, Banco de Teste em Condições Atmosféricas (BTCA), mas
para o teste mais fino, o teste de qualificação, é preciso uma instalação mais
robusta e construída para isso, que é o caso do BTSA, e nós atendemos não só o
Brasil, mas também a região toda e nada impede que um cliente externo também
queira testar aqui”.
O propulsor
é basicamente o motor do satélite, existe o controle de atitude que é
resumidamente tanto controlar a altitude do satélite quanto o giro do satélite,
em outras palavras, no caso dos satélites de imageamento, que precisam de
ajustes na posição por algum motivo, é preciso ter o propulsor iniciando o
movimento e devido à falta de resistência encontrada no espaço, diferente de
quando andamos de carro na Terra, é preciso fazer também uma propulsão reversa
para frear, para cada acionamento existe um segundo acionamento, compartilha
Douglas.
Todo esse
funcionamento é realizado pelos propulsores associados aos demais sistemas do
satélite, como a eletrônica embarcada, mas o propulsor é vital para executar os
comandos para o satélite, e se ele não for qualificado corretamente de maneira
primeiramente independente (antes de ser integrado ao satélite), ele pode
afetar tanto uma fase mais avançada do teste, quanto afetar a própria missão.
Lembrando que, testamos desde apenas modelos de engenharia até propulsores, que
depois de qualificados são montados nos satélites (modelos de voo).
O banco de
testes foi inaugurado em meados de 1999, com a presença do vice-presidente
Marco Maciel. Foi inovador porque não existia outro sistema parecido no Brasil
até então. “Foi um passo muito grande no sentido de desenvolvimento
tecnológico, em termos de propulsores”. O BTSA conseguiu dar ao INPE a
independência nos testes, e já não era mais preciso ir para fora do país para
realizar os testes, e nem se gastar tanto para realizar essa qualificação.
Desde o
início do BTSA, o Instituto preza pelo seu funcionamento de maneira a mantê-lo
operante, atualizado ao longo do tempo, exigindo um nível de pesquisa e
desenvolvimento avançado para entregar o desempenho necessário.
Douglas Miranda Rodrigues possui
graduação em Engenharia de Produção Mecânica pela Universidade Federal de
Itajubá, MBA em Gerência Empresarial pela Universidade de Taubaté,
Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Escola Politécnica
da USP e Mestrado em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual Paulista
Júlio de Mesquita Filho - UNESP. Cursando o Doutorado em Engenharia Mecânica
pela UNESP. Atua como Tecnologista Pleno na Coordenação de Pesquisa Aplicada e
Desenvolvimento Tecnológico (COPDT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
- INPE. Engenheiro da Qualidade certificado pela American Society for Quality -
ASQ, da qual também é Membro Sênior. Representante brasileiro no
desenvolvimento de normalização na área espacial (normas ISO), especificamente
no campo "Space Systems and Operations - Materials, Processes and Human
Space Flight", sendo também Coordenador da Comissão de Estudos
correspondente na ABNT (CB08/SC010/CE60). Tem experiência nas áreas de
Engenharia de Produção, Engenharia de Segurança e Engenharia da Qualidade.
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