Novo Estudo Aponta Que Planeta Mais Vermelho Já Observado, Cria Braços Espirais ao Redor de Sua Estrela
Olá leitores e leitoras do BS!
Pois então, segue abaixo uma matéria postada ontem (06/07), no site ‘Inovação Tecnológica’, destacando o Planeta Mais Vermelho já
observado até hoje cria Braços Espirais ao redor de sua estrela. Entendam
melhor essa história pela matéria a baixo.
Brazilian Space
ESPAÇO
Planeta Mais Vermelho Já Visto Cria Braços Espirais ao
Redor de Sua Estrela
Redação do Site Inovação Tecnológica
06/07/2023
[Imagem: L. Krapp/K. Kratter/University of Arizona]
O planeta gigante gerou braços espirais no disco protoplanetário, deixando o sistema planetário parecido com uma galáxia espiral. |
Espiral Planetária
Braços em espiral parecem não ser uma exclusividade das
galáxias. Astrônomos descobriram um disco protoplanetário no qual nuvens de gás
e poeira espalham-se ao redor da estrela jovem seguindo o mesmo padrão espiral.
Os discos protoplanetários, que são os locais de
nascimento de novos planetas, são de grande interesse porque oferecem
vislumbres de como o Sistema Solar pode ter sido em sua infância e de como os
planetas podem se formar em geral.
A estrela está localizada a cerca de 500 anos-luz da
Terra e tem apenas alguns milhões de anos - um embrião comparado ao nosso
próprio Sol, que tem 4,6 bilhões de anos. Por isso, o sistema ainda possui um
disco protoplanetário, uma vez que leva cerca de 10 milhões de anos para que os
detritos circulantes sejam ejetados do sistema, ingeridos pela estrela ou gerem
planetas, luas, asteroides e cometas.
O padrão espiral nos detritos está sendo gerado por um
planeta que já nasceu, um planeta tão grande em relação ao sistema como um todo
que sua gravidade conseguiu moldar todo o material que restou para a formação
de seus irmãos mais novos.
Planeta Mais Vermelho Já Descoberto
Essa espiral na verdade foi descoberta em 2013, mas até
agora só havia simulações teóricas associando-a com um planeta. A equipe
finalmente conseguiu encontrar o planeta usando o Telescópio
Binocular Gigante, que começou a operar em 2015 com o principal objetivo
justamente de encontrar exoplanetas.
[Imagem: Kevin Wagner et al. -
10.1038/s41550-023-02028-3]
O sistema planetário MWC 758 observado pelo interferômetro do Grande Telescópio Binocular em comprimentos de onda infravermelhos. |
"Nosso estudo apresenta uma evidência sólida de que
esses braços espirais são causados por planetas gigantes," disse Kevin
Wagner, da Universidade do Arizona, nos EUA. "E, com o novo telescópio
espacial James Webb, seremos capazes de testar e dar suporte a essa ideia
procurando por mais planetas como o MWC 758c."
Embora as estimativas indiquem que o exoplaneta tenha
pelo menos duas vezes a massa de Júpiter, ele era invisível aos outros
telescópios por causa de sua inesperada cor vermelha - é o planeta mais
vermelho já descoberto.
Comprimentos de onda mais longos são mais difíceis de
detectar do que comprimentos de onda mais curtos por causa do brilho térmico da
atmosfera da Terra e do próprio telescópio.
O Telescópio Binocular está entre os telescópios
infravermelhos mais sensíveis já construídos e, devido ao seu tamanho maior,
ele pode até superar o James Webb na detecção de planetas muito próximos de
suas estrelas, como o MWC 758c.
Bibliografia:
Artigo: Direct
images and spectroscopy of a giant protoplanet driving spiral arms in MWC 758
Autores: Kevin
Wagner, Jordan Stone, Andrew Skemer, Steve Ertel, Ruobing Dong, Dániel Apai,
Eckhart Spalding, Jarron Leisenring, Michael Sitko, Kaitlin Kratter, Travis
Barman, Mark Marley, Brittany Miles, Anthony Boccaletti, Korash Assani, Ammar
Bayyari, Taichi Uyama, Charles E. Woodward, Phil Hinz, Zackery Briesemeister,
Kellen Lawson, François Ménard, Eric Pantin, Ray W. Russell, Michael Skrutskie,
John Wisniewski
Revista:
Nature Astronomy
DOI:
10.1038/s41550-023-02028-3
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