Ruído dos 'Satélites Starlink' da SpaceX Continuam Afetando os Radiotelescópios
Olá leitores e leitoras do BS!
Veja abaixo uma notícia publicada ontem (06/07) no site ‘Canaltech’, revelando
o Ruído gerado pelos Satélites Starlink, da SpaceX, continuam
afetando Radiotelescópios. Entenda melhor
essa história pela matéria a baixo.
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Ruído dos Satélites da SpaceX Está Afetando Radiotelescópios
Por Danielle Cassita
Editado por Patricia Gnipper
06 de Julho de 2023 às 15h49
Fonte: Astronomy & Astrophysics; Via: CPS
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte: ASTRON/ Danielle Futts
Os satélites Starlink, da SpaceX, continuam
afetando a astronomia. Enquanto pesquisadores usavam o telescópio Frequency
Array (LOFAR), eles detectaram também pequenas emissões de rádio em frequências
relativamente baixas. Depois, eles descobriram que elas vieram das dezenas de
satélites de internet que sobrevoaram o observatório naquele momento.
O LOFAR conta com mais de 40 antenas de rádio
distribuídas pela Holanda, Alemanha e outros países, capazes de detectar longos
comprimentos de onda. A má notícia é que, além de identificar a radiação vinda
de objetos distantes, o LOFAR detectou também “vazamentos” de radiofrequências,
vindos dos satélites
Starlink.
No novo estudo, os pesquisadores observaram que
detectaram ruídos de rádio indesejados vindos de quase 50 satélites. “Com o
LOFAR, detectamos a radiação entre 110 e 188 MHz de 47 dos 68 satélites
observados”, explicou Cees Bassa, coautor do estudo que descreve a descoberta.
“Esta amplitude de frequências inclui uma faixa protegida entre 150,05 e 153
MHz, reservada pela União Internacional de Telecomunicações especialmente para
a astronomia”, finalizou.
(Imagem: Reprodução/Caltech Optical Observatories/IPAC)
Além de afetar a observação de objetos distantes, os satélites Starlink parecem causar interferências acidentais. |
Os grandes observatórios
de rádio são construídos em locais cercados por zonas de silêncio, onde não
é permitido usar telefones celulares, TV ou rádio para evitar impactos nas
observações. Entretanto, este tipo de radiação vinda dos satélites não é
regulada, o que significa que a SpaceX não está infringindo nenhuma regra
oficial.
Federico Di Vruno, autor principal do estudo, observa que
o estudo é mais recente tentativa de compreender os impactos das constelações
de satélites na radioastronomia. “Outros workshops apresentaram teorias sobre
essa radiação, e nossas observações confirmam que ela pode ser medida”,
acrescentou.
Segundo simulações dos autores, o impacto desta radiação
“acidental” aumenta de acordo com o tamanho da constelação, já que ela se
acumula acompanhando a quantidade de satélites. “Isso nos deixa preocupados não
somente com as constelações existentes, mas
ainda mais com aquelas planejadas”, alertou o coautor Benjamin Winkel.
O artigo com os resultados do estudo foi publicado na
revista Astronomy & Astrophysics.
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