Presidente da AEB Fala Sobre a Evolução do Programa Espacial na SBPC
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada ontem (11/07) no site da Agência
Espacial Brasileira (AEB), destacando que o presidente da agencia, o Sr. José
Raimundo Braga Coelho, sobre a evolução do Programa Espacial na SBPC.
Duda Falcão
Presidente da AEB Fala Sobre a
Evolução do Programa Espacial
na SBPC
Coordenação de Comunicação Social (CCS)
11/07/2016
As primeiras iniciativas para criar o Programa Espacial
Brasileiro e a evolução dele ao longo dos anos foi o tema da palestra proferida
pelo professor José Raimundo Coelho, na manhã de quarta-feira (06.07), na 68ª
Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Porto
Seguro (BA).
Segundo ele, a iniciativa aconteceu quando os franceses
discutiram com os brasileiros a possibilidade de criar a Missão Espacial
Brasileira (MECB) com a Agência Espacial Francesa (CNES). “Nos anos 70 com a
criação, no âmbito das Forças Armadas (EMFA), da Comissão Brasileira de
Atividades Espaciais (COBAE), foi lançada a ideia de organizar o Programa
Espacial Brasileiro. O PEB seria integrado e tinha como meta estabelecer a
autonomia da área, colocando satélites brasileiros em órbita, com foguetes
nacionais, a partir de um Centro de Lançamento próprio”, afirmou José Raimundo
aos espectadores
Em 1988, o Brasil e a China decidem desenvolver a família
do Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS), dando início a
integração por oportunidade, mas também por necessidade, valendo-se de
parcerias estratégicas, com base nos benefícios mútuos e no desenvolvimento conjunto.
Ações, como essa, foram também bastante utilizadas no
início das atividades espaciais no Brasil, nos anos 60, a partir de iniciativas
de parcerias internacionais envolvendo foguetes de sondagem para lançamentos de
experimentos suborbitais, permanecendo até hoje, e estabelecendo um alto padrão
de inserção global do Brasil, neste segmento.
Os dois exemplos ressaltados pelo professor mostraram que
as parcerias internacionais, quando bem construídas, podem ser utilizadas como
um importante instrumento para o alcance da autonomia, pré-requisito
fundamental que norteia o Programa Espacial Brasileiro, também enfatizados em
sua fala.
Desafios – O professor explicou ainda os três
desafios que se superados poderão contribuir para reverter a carência de resultados
do programa espacial. O primeiro deles é reconhecer o reduzido orçamento da
área, quando comparado a nações com economia semelhante à brasileira. “É
preciso entender que os programas são exigentes, mas os benefícios deles
auferidos compensam os investimentos”, explicou José Raimundo.
O segundo desafio é reconhecer que, os esforços do
aperfeiçoamento do marco legal que rege as atividades de pesquisas e
desenvolvimento, as instituições públicas executoras dos projetos continuam
sufocadas pela burocracia, incertezas jurídicas, temor dos administradores
frente aos órgãos de controle, e principalmente, pelo declínio nos quadros de
servidores técnicos e administrativos. Se o modelo das organizações não for
mudado, há pouca esperança em reverter a realidade atual.
O terceiro é reconhecer que programas de estado,
como os espaciais, sempre exigirão a presença e competência do mesmo,
para formular os requisitos dos sistemas e missões, e contratar sua execução. A
opção, exercida no passado, de fazer sob o seu completo e integral controle,
vem se mostrando cada vez menos eficaz. É fundamental que o Brasil entenda que
não há alternativa fora da plena atribuição à indústria nacional da
responsabilidade pela execução dos projetos em sua fase industrial. Ao estado
não cabe mais fazer, mas deixar fazer.
Ações - No estágio em que nos encontramos
hoje, com relação à conquista dos meios de acesso ao espaço, consideramos que o
VLS tenha sido um projeto de validação de tecnologias e capacitação de recursos
humanos. A maior prioridade na área de Lançadores destina-se hoje ao Veículo
Lançador de Microssatélites (VLM). Trata-se de um projeto em parceria com a
Agência Espacial Alemã (DLR) e participação efetiva da indústria espacial
nacional, em um processo de resultados absolutamente convergentes.
Ao longo do desenvolvimento do VLM-1 já conseguimos
contabilizar alguns avanços importantes, tais como, o desenvolvimento
estrutural do envelope do motor S-50, do novo propelente para o carregamento do
motor, assim como na eletrônica de bordo. A nova agenda prevê a realização de
seu primeiro voo com cargas úteis espaciais ou microssatélites, a partir do
CLA, em 2018/2019.
Para garantir a eficiência necessária ao PEB,
direcionamos ações para o desenvolvimento de competências com a participação
efetiva de especialistas em projetos estruturantes e mobilizadores de diversos
níveis de complexidade. Em 2015 estruturamos uma plataforma E2T, Espaço,
Educação e Tecnologia com destaque aos seguintes
resultados: capacitação de 176 especialistas em diversas missões e
de 712 professores em temas da área espacial; lançamento de três
nanossatélites entre 2014 e 2015; Previsão
de lançamentos em 2016 do ITASAT e do UbatubaSat;
A AEB também implementou 225 bolsas, no âmbito do Ciência
sem Fronteiras, na área espacial, 5 direcionadas a Laboratórios da NASA
e 6 para cursos de pós-graduação na Universidade de Beihang, na
China; e por último a implementação do primeiro Centro Vocacional Tecnológico
Espacial, a ser inaugurado ainda este ano no CLBI, em Natal (RN). E para
finalizar estamos, neste momento, terminando a fase de provimento dos primeiros
44 servidores a integrarem o quadro permanente de recursos humanos da AEB.
José Raimundo respondeu a perguntas de um professor de
Manaus, bastante inteirado da área espacial que lhe perguntou sobre o envio de
sondas para exploração do espaço profundo pela China. O professor explicou que
a Agência não trabalha com essa questão, mas apoia esses grupos de pesquisa.
Ele falou também da existência de um trabalho entre Brasil e China relacionado
à clima, e do programa espacial chinês que hoje desenvolve todos os componentes
para construção de um satélite.
“O Brasil é um país diverso em recursos naturais. Temos
água em abundância e a criatividade do povo brasileiro é imensa. Temos que
aproveitar tudo isso e desenvolver tecnologias críticas e repassar ao governo.
Temos um acordo com os russos e já estamos discutindo a realização de pesquisas
com asteroides. Vamos aproveitar tudo isso para melhorar o nosso Programa
Espacial”, concluiu.
O professor destacou ainda o trabalho que a Agência
Espacial desenvolve com parceiros, como o Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE), na área de desenvolvimento de tecnologias; Departamento de
Ciência e Tecnologia da Aeronáutica (DCTA); Instituto de Aeronáutica e Espaço
(IAE), Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI/RN) e Centro de
Lançamento de Alcântara no Maranhão, parceiros fundamentais para o
desenvolvimento e evolução da área espacial brasileira.
Fonte: Site da Agência Espacial Brasileira (AEB)
Comentário: Evolução Sr. Braga Coelho??? De que diabos o
senhor esta falando??? Tenha santa paciência. O senhor continua o mesmo em
todos os sentidos, só que agora com cara de pau aponta problemas do PEB que o senhor
não fazia na época em que sua patroa de merda estava no poder. Leitor, não se pode nem
mais fazer um elogio. Lamentável!
Comentários
Postar um comentário