Estudantes Brasileiros Conhecem Projetos Desenvolvidos Pela AEB
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada ontem (21/07) no site da Agência
Espacial Brasileira (AEB), destacando que Estudantes Brasileiros conheceram
projetos desenvolvidos pela AEB durante a última Reunião da SBPC.
Duda Falcão
Estudantes Brasileiros Conhecem
Projetos Desenvolvidos Pela AEB
Coordenação de Comunicação Social – CCS
21 de julho de 2016
Fotos: Cleide Passos
Jovens do ensino médio e universitário que visitaram a
68ª SBPC tiveram a oportunidade de assistir à palestra do engenheiro
mecatrônico da Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI), Gabriel Figueiró, que
explicou a função do primeiro Centro Vocacional Tecnológico Espacial (CVT), a
ser inaugurado até o fim do ano, na cidade de Parnamirim, no Rio Grande do
Norte.
Em sua palestra Gabriel ressaltou a relevância do Centro
Espacial, o qual tem como principal objetivo despertar o interesse nos jovens
pelo setor espacial. “O CVT visa apoiar a capacitação tecnológica e identificar
vocações profissionais na temática espacial, contribuir para a melhoria do
ensino de ciência na região, além de fortalecer a capacitação da população regional,
buscando reduzir as desigualdades sociais, culturais e econômicas”, afirmou.
A maquete do projeto CVT, uma das atrações do evento,
exposta no estande da AEB, despertou a atenção dos que passavam pelo local. As
pessoas paravam para conhecer o projeto que futuramente vai atender jovens e
exercitar o ensino de ciências com aprendizagem com base em problemas típicos
de uma missão espacial.
Serpens – Gabriel também ministrou uma segunda
palestra na SBPC, na qual mostrou o desenvolvimento do satélite nacional de
pequeno porte Serpens, sigla para Sistema Espacial para Realização de Pesquisa
e Experimentos com Nanossatélites, projeto que teve sua participação e recebeu
todo o apoio da AEB.
“O Serpens é um dos principais projetos educacionais
apoiados pela AEB, e busca incentivar a atuação de jovens na área espacial. A
construção de pequenos satélites é um excelente laboratório educativo que
procura formar profissionais capacitados para trabalharem em institutos e
universidades do país, conforme estabelece o Plano Nacional de Atividades
Espaciais (PNAE) ”, disse o engenheiro.
Gabriel explicou a todos os jovens presentes na palestra,
o processo de desenvolvimento do satélite de pequeno porte coordenado pela
Universidade de Brasília (UnB), em consórcio formado por várias universidades
federais do Brasil e exterior. Ele destacou ainda todo o desenvolvimento do
pequeno satélite, experiência que amplia o conhecimento dos estudantes e
contribui com o desenvolvimento do Programa Espacial.
O engenheiro ressaltou aos estudantes o ponto positivo do
projeto, ou seja, a absorção de conhecimento e a troca de experiência com as
parcerias internacionais. “A oportunidade de trabalhar em conjunto com
universidades estrangeiras, como a universidade de Vigo, ao lado de engenheiros
experientes, foi fundamental para o sucesso da primeira missão”, destacou.
Trajetória do Nanossatélite Serpens - O
modelo de voo do CubeSat (em Inglês – cubo e satélite), foi integrado e testado
no Laboratório de Integração e Testes (LIT) do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE), em São José dos Campos, São Paulo, entre fevereiro e março de
2015.
Enviado em julho ao Japão, o satélite partiu em agosto
rumo à Estação Espacial Internacional (ISS na sigla em inglês). No dia 17 de
setembro, do ano passado, o Serpens entrou em órbita a partir da ISS pelo
módulo Kibo JEM (Japanese Experiment Module) operando o deployer CubeSat JSSOD.
Os últimos sinais do Serpens foram recebidos pela equipe
da Universidade de Vigo na Espanha, parceira internacional do projeto, que
também foi a última a decodificar os sinais do satélite, um dia antes da
reentrada na atmosfera. Em seis meses de operação, o nanossatélite forneceu
mais de 150 mil pacotes de telemetria, mais de 700 acessos de comunicação e fez
mais de três mil voltas ao redor da Terra.
Segundo afirmou Figueiró em sua fala, a próxima missão do
Serpens será coordenada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com
o auxílio das universidades participantes do consórcio. A alternância na
coordenação permite a participação de todas as universidades no desenvolvimento
do nanossatélite.
Fonte: Site da Agência Espacial Brasileira (AEB)
Comentário: Primeiramente devo reconhecer que o projeto do CVT Espacial é bastante significativo e vou ficar na torcida para que todo processo de sua implantação tenha sido conduzido com lisura e competência. Já quanto ao SERPENS, o que a matéria da AEB não relata foi os graves problemas vividos pelo projeto devido a sua desastrosa coordenação inicial, o que obrigou aos próprios alunos das universidades envolvidas assumirem o comando (gente o SERPENS vergonhosamente chegou a ser construído fora das especificações do sistema de lançamento da JAXA instalado na ISS, em outras palavras, ele não cabia no tubo lançador desta estação), e assim tiveram de começar tudo de novo. Graças a esta mudança, a dedicação herculana, o entusiasmo (a vontade de acertar desses jovens) o projeto que começou de forma desastrosa, acabou resultando num grande sucesso, coisa que eu confesso não acreditava que fosse possível. Eles realmente estão de parabéns. Ficaremos na torcida para que, sob a coordenação da UFSC, os erros cometidos não se repitam, evitando assim que a Agencia tenha de mentir para Sociedade, como mais uma vez fez nesta lamentável nota.
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