MCTIC Deve Aproximar Ciência do Setor Industrial Para Elevar Competitividade do País
Olá leitor!
Segue agora uma nota postada hoje (12/07) no site do Ministério
da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) destacando que segundo
o Secretário Álvaro Prata, ministério deve aproximar ciência do setor
industrial para elevar competitividade do país.
Duda Falcão
NOTÍCIAS
MCTIC Deve Aproximar Ciência do Setor
Industrial Para
Elevar Competitividade do País
Nomeado secretário de Desenvolvimento Tecnológico e
Inovação da pasta,
o pesquisador Álvaro Prata afirma que o país deve
investir em ciência e
tecnologia para acelerar o desenvolvimento econômico do
Brasil.
Por Ascom do MCTIC
Publicação: 12/07/2016 | 10:56
Última modificação: 12/07/2016 | 11:26
Crédito: Ascom/MCTIC
Prata retorna à secretaria que comandou entre os anos de
2012 e 2014.
Ele também foi secretário-executivo do ministério entre 2014 e
2015.
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O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações (MCTIC) tem o papel de promover as áreas estratégicas e aproximar
o setor industrial do conhecimento científico para estimular o desenvolvimento
tecnológico e a inovação. A avaliação é do pesquisador Álvaro Prata,
nomeado secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação nesta terça-feira
(12). Segundo ele, a principal preocupação, neste momento, é retomar os
investimentos e garantir às empresas segurança para investir em pesquisa e
desenvolvimento.
"O setor industrial precisa ter essa
segurança, essa garantia de que poderá investir em inovação e de que esse
investimento vai ser bem recebido pelo Estado brasileiro. Nós temos aumentado o
número de empresas que fazem uso da Lei do Bem, mas o nosso objetivo é aumentar
mais ainda o contingente de empresas que inovam",
disse Prata, em entrevista ao Portal MCTIC.
Ele alerta, no entanto, que, antes de pensar em novos
programas e formatos, é preciso consolidar as boas ideias que estão em curso.
Engenheiro mecânico e professor titular da Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC), Álvaro Prata retorna à secretaria
que comandou entre 2012 e 2014. Ele também foi secretário-executivo do
ministério entre 2014 e 2015.
MCTIC: Como o senhor vê a incorporação do Ministério
das Comunicações ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação?
Álvaro Prata: Eu enxergo continuidade nas
ações e na importância do antigo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
A Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação será fortalecida com a
junção dos ministérios. Ela é o braço do ministério que promove o desenvolvimento
tecnológico, sobretudo aquele que leva à inovação, que interage com o setor
empresarial. Essa ponte entre o conhecimento científico e a tradução desse
conhecimento em recursos, benefícios, desenvolvimento social e econômico
encontram-se ao cargo desta secretaria. Temos uma série de programas que seguem
sendo implementados. A secretaria deve aumentar e se fortalecer incorporando
algumas atividades que estavam em outras áreas. O ministério é composto por
profissionais muito qualificados. Os programas são muito consistentes e bem
elaborados. Então, a perspectiva de que a gente possa fazer um bom trabalho é
muito grande.
MCTIC: Aumentar a inovação no Brasil ainda é um
desafio?
Álvaro Prata: Sim. É um desafio grande,
porque o Brasil não é competitivo do ponto de vista tecnológico. Em algumas
áreas, sim, mas não de uma maneira geral. Proporcionalmente à grandeza do país
e à economia, a ciência que o Brasil faz é de altíssimo nível, mas nós ainda
não conseguimos converter essa ciência em benefício tecnológico de uma maneira
ampliada. É claro que o país faz isso muito bem na agropecuária e em alguns
outros setores. Por exemplo, temos a Embraer e outras empresas muito
competitivas em nível internacional, e toda a nossa qualificação do ponto de
vista da exploração do petróleo em águas profundas. Mas o que queremos é que
isso seja ampliado, de maneira que possa promover o desenvolvimento econômico e
social.
MCTIC: O senhor comandou a secretaria por dois anos,
entre 2012 e 2014. Pode falar um pouco desse período e dos avanços dos últimos
anos?
Álvaro Prata: Penso que nós temos feito
aquilo que precisa ser feito para que possamos nos tornar um país competitivo.
Por ser um país muito grande, o Brasil precisa ter ramificações e
capilaridades nas iniciativas. Se compararmos o cenário de hoje com
20 anos atrás, vemos que avançamos muito. Observe que todos os estados, exceto
por um ou outro, têm uma fundação de amparo à pesquisa (FAPs) que é atuante e
tem recursos próprios para investir no desenvolvimento tecnológico e na
inovação. Nós temos várias instituições que promovem a inovação, como as nossas
incubadoras, os parques tecnológicos, que tem promovido de maneira muito
efetiva o desenvolvimento. Nossas indústrias inovam cada vez mais. Temos um
movimento muito forte em prol do empreendedorismo inovador, da criação de
startups, temos conseguido captar recursos para que os investidores invistam em
empresas de base tecnológica, e isso começara a dar resultados.
MCTIC: O que o MCTIC pode fazer para que empresas,
academia e governos inovem mais?
Álvaro Prata: O MCTIC tem vários braços, seja
através das suas unidades de pesquisa, empresas e organizações sociais. O SISNANO
[Sistema Nacional de Laboratórios em Nanotecnologia] é uma iniciativa
brasileira onde nós montamos uma rede de laboratórios que atua próxima ao setor
industrial causando impactos significativos do ponto de vista do
desenvolvimento tecnológico e da inovação. Esse é o papel do ministério:
promover áreas estratégicas e facilitar a aproximação entre o conhecimento
científico e o setor industrial para que haja desenvolvimento tecnológico e
inovação.
MCTIC: Qual é a principal preocupação neste momento?
Álvaro Prata: Retomar os investimentos. Temos
implantado vários programas e precisamos consolidá-los. Muitos dos nossos
programas ainda não atingiram sua maturidade. Recentemente, criamos os INCTs
[Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia] que funcionaram com 126
institutos. Chegou o momento de renovarmos os institutos e abrirmos para um
leque maior de instituições que possam se credenciar. Houve edital, fizemos
seleção que aumentou o número de instituições que se candidataram com novos
institutos, mas nesse momento não conseguimos implementar a segunda fase
desse programa exatamente pelas restrições orçamentárias que estamos vivendo.
Esse é um programa de muito sucesso que precisa ser consolidado. E temos muitos
outros, como a Embrapii, que tem impacto muito grande, credenciando novas
unidades, mas tem ainda um longo caminho para que possa fazer no setor
industrial aquilo que a Embrapa fez no setor agropecuário. É um programa muito
original pela maneira de atuar com as empresas para promover a inovação e
precisa ser fortalecido para que possamos fazer mais projetos tecnológicos e
impactar outros setores. Neste momento, antes de pensarmos em novos programas e
formatos, precisamos consolidar as boas ideias que estão em curso, e são
várias.
MCTIC: O que precisa para que as empresas invistam
mais em pesquisa e desenvolvimento?
Álvaro Prata: Um dos nossos objetivos é dar
mais segurança às empresas para que elas aumentem o investimento em pesquisa e
desenvolvimento e façam mais uso dos benefícios e programas criados pelo
governo federal. O setor industrial precisa ter essa segurança, essa
garantia de que poderá investir em inovação e de que esse investimento vai ser
bem reconhecido pelo Estado brasileiro. Nós temos aumentado o número de
empresas que fazem uso da Lei do Bem, mas o nosso objetivo é aumentar mais
ainda o contingente de empresas que inovam. Vivemos um momento de restrições
orçamentárias, mas é nesses momentos de maior dificuldade que o desenvolvimento
científico e o conhecimento tecnológico vêm em benefício do desenvolvimento
econômico. Nossa preocupação é fortalecer essas políticas da secretaria e
irrigar o sistema que contempla uma série de ações.
Fonte: Site do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação
e Comunicações (MCTIC)
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